Powered By Blogger

15/08/2012

Richard O'Barry - Exemplo de pessoa que faz a diferença. Te admiro demais.


Nós podemos fazer isso mudar. Você pode.


Assista o filme The Cove e entenda porque esse filme ganhou como melhor documentário em 2009:

5 coisas que vc pode fazer agora p/ajudar na campanha salve os golfinhos japão

fonte: http://www.takepart.com/cove


O segredo está fora.Espalhe a Palavra.

A HISTÓRIA

The Cove expõe o abate de mais de 20.000 golfinhos e botos da costa do Japão a cada ano, e como sua carne, contendo níveis tóxicos de mercúrio, é vendida como alimento no Japão e outras partes da Ásia, muitas vezes rotulados como carne de baleia. A maioria do mundo não está ciente de que isso está acontecendo.

A SOLUÇÃO

O foco da Campanha de Ação Social para The Cove é criar consciência mundial desta prática anual, bem como os perigos de comer frutos do mar contaminados com mercúrio, e para pressionar os detentores do poder para pôr fim ao massacre.

OS RESULTADOS

Ele está trabalhando. O filme tem vindo a fazer ondas, uma vez que estreou no ano passado. Elogios da crítica e prêmios de audiência em todo o mundo chamaram a atenção internacional sobre Taiji e as unidades anuais de golfinhos ao largo da costa do Japão. Sob intensa pressão, Taiji chamada para uma proibição temporária de matar golfinhos em 2009. O filme, originalmente rejeitado no Festival de Cinema de Tóquio, foi finalmente mostrado devido ao clamor público, e já apareceu nos cinemas no Japão. Residentes em Taiji estão sendo testados para o envenenamento por mercúrio, e pela primeira vez a mídia japonesa está cobrindo o assunto.
Mas o esforço precisa continuar. Em 1 de setembro, a seis meses a temporada de caça de golfinhos aberto novamente, e os pescadores em Taiji plano para levar para a enseada, apesar da pressão internacional.Especialistas dizem que a conscientização, educação e persistência são necessários para, eventualmente, mudar a maré.
1,4 mm pessoas assinaram a petição para acabar com a matança, mas este é apenas o começo. A caçada continua. Descubra o que você pode fazer para ajudar.

SAIBA MAIS SOBRE GOLFINHOS EM CATIVEIRO

Leia o nosso guia sobre mamíferos marinhos em cativeiro , assista ao vídeo abaixo e descubra hotspots de caça e ver o que você pode fazer para ajudar.

JUNTE-SE A RICHARD O"BARRY PARA O INÍCIO PROTESTOS CONTRA A TEMPORADA DE CAÇA NO TAIJI JAPÃO


FONTE: http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=/search%3Fq%3DTakePart.com/TheCove%26hl%3Dpt-BR%26biw%3D1517%26bih%3D701%26prmd%3Dimvns&rurl=translate.google.com.br&sl=en&twu=1&u=http://savejapandolphins.org/blog/post/join-ric-for-start-of-taiji-hunt&usg=ALkJrhhRzTr03NpKku17rD5q0vyYWZrOrg

JUNTE-SE RIC PARA O INÍCIO DO TAIJI CAÇA

23 julho de 2012 por Ric O'Barry, Earth Island Institute
Por Ric O'Barry 
Diretor 
Projeto Golfinho 
Earth Island Institute

Eu vou estar retornando a Taiji em 01 de setembro, com apoiantes internacionais para o primeiro dia da temporada de caça ao novo golfinho.
Convido você a se juntar a mim e outros membros de nossa Projeto Golfinho / Salvar Japão Equipe Dolphins para esta missão pacífica.Ajude-nos a manter a caça de golfinhos no olho do público, para que haja um futuro para golfinhos no Japão que está livre de sua captura, o abate ea exploração. Também vamos continuar a expor os perigos da carne contaminado com mercúrio consumindo golfinho, que ninguém no mundo deveria estar comendo. 
Nossa viagem de 6 dias inclui chegada em Osaka (um dia), passear em Osaka (um dia), ônibus até Taiji com paradas de interesse (um dia), uma cerimônia e outros eventos na Cove em 01 de setembro (um dia ), um dia de passeio no local além de discussões sobre as questões (um dia), o retorno de ônibus para Osaka (um dia), voar para casa. 
Todos os participantes são responsáveis ​​por suas próprias despesas, incluindo passagens aéreas viagens de ida e volta para Osaka, hotéis, refeições e acessórios. Estaremos oferecendo serviço de ônibus de Osaka para Taiji e para trás, e nós podemos ajudar com reservas de hotel. 
Todos os indivíduos menores de 18 anos de idade devem estar acompanhados pelos pais ou responsável. 
Japão é a cura de um dos desastres mais devastadores de nossa época. Nós encorajamos sensibilidade extra e respeito durante este período particularmente difícil para a nação.
Nosso trabalho em Taiji permanece estritamente não-confrontacional e legal. Nós não vamos tolerar nenhum tipo de hostilidade contra os japoneses, ações que poderiam ser vistos como anti-japonês ou qualquer interferência ou invasão no Cove por qualquer um dos nossos apoiantes. Por exemplo, nós cooperamos com a polícia local e obedecer todas as leis, por isso não queremos prejudicar esse relacionamento, nem pôr em perigo a nossa Campanha no Japão.
Como você sabe, houve sérios danos aos japoneses usinas nucleares perto de Fukushima. Este acidente incluiu as descargas de radiação no ar e água. Enquanto Taiji é uma distância considerável de Fukushima e, assim, parece a salvo de tais efeitos, até agora, existem questões sem resposta sobre o que a contaminação de radiação medida é um problema. Por exemplo, você não será capaz de dizer onde seu alimento vem ou se é absolutamente seguro para comer (a menos que você trazer o seu próprio). Esta é uma realidade em todo o Japão agora. Acreditamos que o perigo é pequeno, mas você precisa considerar sua própria saúde e segurança, se você planeja viajar com a gente.
Há sempre uma pequena chance vamos ter de cancelar os nossos planos devido a circunstâncias além de nosso controle, então nós o incentivamos a ser flexível em seus planos de viagem. É altamente recomendável que você fixar o seguro cancelamento de viagem quando efectuar a sua reserva de linha aérea.
Para maiores informações, entre em contato com Mary Jo arroz o mais cedo possível em mjrice@earthisland.org. Ela pode enviar mais informações se você estiver interessado em um assento no ônibus para Taiji. 
Se você não pode viajar para o Japão, por favor, considerar juntar-se ou organizar um evento no Japão Dia dos golfinhos na sua área: 
O mapa de eventos em todo o mundo: 


Nossa Japão Dia dos golfinhos Faz página: 
http://www.causes.com/causes/623069-celebrate-japan-dolphins-day 
Obrigado por encontrar uma forma de defender os golfinhos no Japão Dia dos golfinhos. É animador ver como suporte está crescendo em todo o mundo para acabar com essa morte brutal e sem sentido.

Fotos por Mark J. Palmer, Earth Island Institute. 

13/08/2012

V Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental da Região Sul (V CPEASul)


próximo evento já em vista...dia 25 a 28/09/2012
V Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental da Região Sul (V CPEASul)

http://cpeasul.blogspot.com.br/p/programacao.html


Histórico

A primeira edição do Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental da Região Sul – CPEASul foi realizada em setembro de 2003 na Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, na cidade de Itajaí, Santa Catarina, no II Simpósio Sul Brasileiro de Educação Ambiental (II SSBEA). Promovida pelos PPGE da UNIVALI e PPG Mestrado e Doutorado em Educação Ambiental da Universidade Federal de Rio Grande, envolveu 250 participantes. Os 11 artigos dos convidados foram debatidos em 5 eixos temáticos e publicados no livro “Pesquisa em Educação Ambiental: pensamentos e reflexões de pesquisadores em Educação Ambiental” (TAGLIEBER & GUERRA, 2004).


O II CPEASul foi realizado de 4 a 7 de outubro de 2004 na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI – Campus de Erechim, durante o III Simpósio Gaúcho de Educação Ambiental (III SIGEA). Os trabalhos convidados e das conferências e mesas-redondas do III SIGEA foram publicados no livro “Educação Ambiental e compromisso social: pensamentos e ações” (ZAKRZEVSKI & BARCELOS, 2004).


O III CPEASul foi realizado de 3 a 5 de novembro de 2008 na Universidade Luterana do Brasil - ULBRA em Canoas, RS, integrado à programação  do XV Simpósio Sulbrasileiro de Ensino de Ciências – SSBEC. Foram 103 participantes, dentre os quais pesquisadores e estudantes da Pós-Graduação de 15 universidades - sendo duas da região Norte (UERR e UNIVIRR de Roraima) e uma da região Nordeste (UFPb), 4 Centros Universitários, 2 escolas Agrotécnicas, o SENAC, além de professores do ensino fundamental da região metropolitana de Porto Alegre. Os artigos foram publicados na Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental da FURG (v. especial, dezembro de 2008), sob a coordenação de Antonio Fernando S. Guerra (UNIVALI), Isabel Cristina de Moura Carvalho (ULBRA) e Humberto Calloni (FURG).


Já a última edição do CPEASul, a IV, ocorreu no campus de Balneário Camboriú, Santa Catarina, promovido pela Universidade do Vale do Itajaí - Univali, no período de 23 a 25 de setembro do ano 2010 e contou com a temática: “Diálogos sobre sustentabilidade: desafios aos educadores frente às mudanças climáticas” e ainda fez parte das comemorações dos 10 anos do Programa de Mestrado Acadêmico em Educação – PPGE, da Univali. Vale destacar o público de mais de 500 pessoas de diferentes cidades da região.


As mesas dos Grupos de Trabalho foram organizadas em co-participação com os seguintes Programas de Pós-Graduação de Instituições de Ensino Superior dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul que atuam no campo educacional e ambiental: Universidade Federal de Rio Grande (FURG); Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS); Universidade do Oeste Catarinense (UNOESC - Joaçaba); Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul); Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal da Fronteira Sul (UFS); Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); Universidade Estadual de Maringá (UEM); Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos); Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI; Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI, dentre outras dos três Estados do Sul.


O evento contou com o apoio da FAPESC e os seguintes apoios: Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental, por meio da Coordenação Geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação – CGEA – MEC, Diretoria de Educação Ambiental – DEA – MMA; GT de Educação Ambiental da ANPED; WWF Brasil; Rede Sul Brasileira de Educação Ambiental – REASul; Projeto Sala Verde; Fundação Ambiental Área Costeira de Itapema (FAACI), Fundação de Meio Ambiente de Itajaí (FAMAI); Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Balneário Camboriú; Projeto Piava; Itaipú Binacional; Rede Linha Ecológica e Rede Paranaense de Educação Ambiental.




Encontro e Diálogos com a Educação Ambiental - EDEA surgiu da iniciativa dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental – PPGEA/FURG, que sentiram a necessidade de refletir sobre o quefazer do educador ambiental.


A relação entre teoria e prática da pesquisa em EA e a reflexão acerca do papel do educador diante dos acontecimentos ambientais, foram temas da primeira edição do evento, que ocorreu de 15 a 31 de outubro de 2008, reunindo docentes e discentes do PPGEA, o Núcleo de Estudos e Monitoramento Ambiental (NEMA) e representantes do Ministério do Meio Ambiente. O encontro possibilitou a discussão sobre o processo de constituição dos educadores e pesquisadores ambientais, incitando a reflexão sobre a sintonia entre as demandas da crise ambiental e os fundamentos do Programa.


Em 2010 foi realizado o II EDEA com a proposta de repensar resultados teóricos e práticos do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental, a fim de aprimorar a qualidade da formação de discentes e docentes. Os resultados do I e II EDEA foram de significativa importância para a continuidade da construção qualitativa do PPGEA, visto que tanto a comunidade docente quanto a coordenação do Programa, posicionaram-se disponíveis para as reestruturações que permitissem a confluência de compreensões e ações com a complexidade demandada pela crise ambiental vigente.


Na sua última edição, o EDEA ocorreu de 11 a 14 de maio de 2011, no CIDEC-SUL, do Campus Carreiros da FURG. A temática do evento, Semeando Ideias, Colhendo Diálogos foi um convite ao diálogo continuado, que transcenda o espaço universidade para ser colhido no dia-a-dia das relações ambientais. O evento contou com a participação de mais de 400 ouvintes, com apresentações orais de 68 trabalhos e 70 pôsteres, resultando em um livro já publicado e em um livro de anais com mais de 800 páginas, material disponível online.


Como proposta central, destaca-se a discussão dos saberes-fazeres, dos fundamentos da Educação Ambiental e, ao mesmo tempo, do métier, da práxis, da/o educador/a ambiental em constituição. Por isto, a edição de 2011 foi estruturada de forma bastante abrangente. Ao longo destes intensos turnos de atividades, foram aglutinadas inúmeras perspectivas de trabalho e construção do conhecimento que abordam a categoria meio ambiente, desde grupos de geração de trabalho e renda à apresentações musicais. Pode-se dizer que a proposta foi bastante ousada e procurou oportunizar o diálogo entre as diferentes manifestações culturais que contemplem a interação entre os sujeitos e o meio natural, a partir da compreensão do meio ambiente enquanto matriz, buscando o alargamento do espectro de ação do Programa para a construção de uma sociedade sustentável.

Crianças arrecadam 233 toneladas de material reciclável em quatro meses


Em uma semana, crianças arrecadaram 13 toneladas de material reciclável. Depois de quatro meses, elas arrecadaram 233 toneladas.
A coleta foi feita por cerca de doze mil crianças de Bragança Paulista (SP), Votorantim (SP) e São José dos Pinhais (PR), que participam do projeto Olimpíadas de Reciclagem Esquadrão Verde.
A iniciativa é uma gincana educacional que rende, além de educação e conscientização ambiental, pontos na amistosa disputa entre escolas. Podem ainda resultar em melhorias reais nas instituições participantes.
Em cada uma das cidades, participam quatro escolas públicas. A que arrecadar mais ganhará R$ 20 mil para as reformas internas da instituição. Disputas esportivas também fazem parte do circuito olímpico.
O material destinado à reciclagem é entregue a cooperativas. Elas se ocupam de transformar o lixo em objetos do cotidiano e até em quadra poliesportiva feita com recicláveis.
A atividade é realizada pela marca de refrescos em pó Tang e tem o objetivo de estimular o hábito de separar o lixo e fazer a reciclagem.
Fonte: Folha.com
Em uma semana, crianças arrecadaram 13 toneladas de material reciclável. Depois de quatro meses, elas arrecadaram 233 toneladas.  A coleta foi feita por cerca de doze mil crianças de Bragança Paulista (SP), Votorantim (SP) e São José dos Pinhais (PR), que participam do projeto Olimpíadas de Reciclagem Esquadrão Verde.  A iniciativa é uma gincana educacional que rende, além de educação e conscientização ambiental, pontos na amistosa disputa entre escolas. Podem ainda resultar em melhorias reais nas instituições participantes.  Em cada uma das cidades, participam quatro escolas públicas. A que arrecadar mais ganhará R$ 20 mil para as reformas internas da instituição. Disputas esportivas também fazem parte do circuito olímpico.  O material destinado à reciclagem é entregue a cooperativas. Elas se ocupam de transformar o lixo em objetos do cotidiano e até em quadra poliesportiva feita com recicláveis.  A atividade é realizada pela marca de refrescos em pó Tang e tem o objetivo de estimular o hábito de separar o lixo e fazer a reciclagem.
Logo do projeto que incentiva a coleta de lixo

Do fogo às lâmpadas sustentáveis, museu mostra a evolução da luz


Basta um clique para acender a luz.
É difícil imaginar a dificuldade que se tinha antigamente para iluminar um lugar. E, para muita gente, é difícil imaginar viver hoje sem luz.
Na pré-história, o homem dependia do fogo para enxergar à noite. Até descobrir como fazer o fogo foi outra longa jornada.
Para entender a evolução da luz e uso dela pelo homem, o Museu da Lâmpada reconta toda essa história.
Divulgação
Museu da Lâmpada
Museu da Lâmpada
Painéis nas paredes contêm desenhos que retratam a relação do homem com a luz na pré-história.
Numa grande sala, o público pode ver modelos originais e réplicas fiéis de lâmpadas das décadas de 1920 e 1930. A mais antiga em exposição é de 1900.
Divulgação
Museu da Lâmpada
Museu da Lâmpada
Os visitantes descobrem também as características das lâmpadas incandescentes, fluorescentes, halógenas e a vapor até chegar a atual LED, conhecida por consumir menos energia e durar mais.
A sustentabilidade também é tema do museu, que explica os problemas de não descartar corretamente as lâmpadas fluorescentes.
O teto todo iluminado com fibra ótica dá efeito de céu estrelado.
Divulgação
Museu da Lâmpada
Museu da Lâmpada
As visitas acontecem de segunda a sexta e é preciso agendar o passeio pelo telefone ou o site.
O ingresso para entrar é 1kg de alimento não perecível, que será doado a instituições de caridade.
Divulgação
Museu da Lâmpada
Museu da Lâmpada
ANOTE NA AGENDA
Museu da Lâmpada
QUANDO: de segunda a sexta, das 9h às 18h (é necessário agendar a visita pelo telefone ou o site)
ONDE: Museu da Lâmpada (av. João Pedro Cardoso, 574; tel. 0/XX/11/2898-9300)
QUANTO: 1kg de alimento não perecível
Fonte: Folha.com
FanPage AmbientalSustentávelCurta nossa página do facebook
Do fogo às lâmpadas sustentáveis, museu mostra a evolução da luz
Do fogo às lâmpadas sustentáveis, museu mostra a evolução da luz

Me diz quantas árvores tens, que direis quão rico és


Nem sempre é fácil identificar a desigualdade de renda. Diversos fatores motivam a distribuição desigual de recursos entre uma população, a exemplo de escolaridade, gênero e raça. Mas o Google Maps fornece uma boa estratégia para descobrir a desigualdade de renda: basta olhar as árvores.
Sim, isso mesmo. As linhas definitivas da desigualdade de renda podem ser visualizadas por satélite apenas com base no número de árvores que o local abriga. É simples: no Rio de Janeiro, por exemplo, a vista do alto da Rocinha é um amontoado de concreto, enquanto na Zona Sul pode respirar o ar puro propiciado pelo verde novamente.
rocinha.jpg
…Enquanto na favela da Rocinha, só se vê concreto
A correlação entre a quantidade de árvores e a renda em áreas urbanas foi feito pela primeira vez em um estudo de março de 2008. Segundo os pesquisadores, que avaliaram 210 cidades norte-americanas com população superior a 100 mil pessoas, quando aumenta a população de renda média em uma determinada área, a demanda por árvores também aumenta.
Portanto, os bairros mais ricos têm, frequentemente, cobertura arbórea mais densa do que as áreas mais pobres, fazendo com que a árvore vire uma mercadoria de luxo.
Acaso?
Em sua pós-graduação, o jornalista Tim De Chant foi além da teoria da pesquisa e resolveu comprovar a tese através das imagens do Google. Ele encontrou exemplos em cidade no mundo todo: desde o Rio, passando Houston, Chicago e Pequim. Para ele, a relação ente cobertura arbórea e a renda não é meramente ao acaso.
As árvores estariam concentradas nas regiões urbanas mais ricas porque proporcionariam inúmeros benefícios, como a sombra, que reduz os custos de refrigeração no verão. Além disso, as árvores filtram a poluição particulada, diminuindo a incidência de asma e cortando despesas de saúde. Elas também podem reduzir o estresse e tornar as pessoas mais produtivas no trabalho.
Fonte: EcoD
FanPage AmbientalSustentávelCurta nossa página do facebook
Me diz quantas árvores tens, que direis quão rico és
Me diz quantas árvores tens, que direis quão rico és

E do casulo fez-se a seda… E da seda fez-se o jeans… sustentável…


Há 25 anos, o então professor de sericicultura (que estuda o bicho da seda), Fábio Serpa Rocha, teve uma ideia que modificaria sua vida: reaproveitar os casulos descartados pela grande indústria, que precisa fazer seda em escala. A partir de então, contratou mão de obra que pudesse ajudá-lo a fazer a seda como antigamente: manualmente, no tear. Deu certo. A empresa dele, “O Casulo Feliz”, produz hoje um jeans sustentável cujo tecido é composto por 50% de seda, 25% de pet e 25% de algodão.
Sediada no Maringá, no Paraná, a fábrica atualmente conta com 70 funcionários, exporta para os Estados Unidos e Europa, além de contar com grandes marcas como clientes, a exemplo de Empório Beraldin, Vivienne Westwood, Osklen, Animale e Cantão. ”Hoje, sou um empresário sustentável, porque trabalho com fibras naturais, tingimento vegetal, coloquei junto a responsabilidade social e a viabilidade econômica”, afirmou o zootecnista ao blog Razão Social, de O Globo.
Segundo Glicínia Seterenaski, designer e diretora da empresa, como o pet esquenta muito no corpo por ser um poliéster, o algodão foi agregado para neutralizar a temperatura do pet e dar mais conforto ao consumidor. “Devido a esse processo, o jeans de seda se torna um produto ambientalmente sustentável. A fibra do pet e do algodão costumam ser dispensadas pela indústria, assim como o casulo que usamos tradicionalmente em nossa produção. É um processo revolucionário tecnologicamente, que dispensa lavanderia e amaciamento.”
 tecendo.jpg
Foto: W. Gravaluz
A empresa exporta para os Estados Unidos e Europa.
“Por não utilizarmos lavanderia e amaciamento, contribuímos ainda mais com o meio ambiente ao não dispensar produtos químicos na natureza e economizar, pelo menos, 80 de litros de água por peça lavada”, ressaltou Glicínia. O jeans de seda é leve, macio, confortável e tem uma característica única: o visual com tons de prata acentuado. Importantes grifes do Brasil e do exterior já demonstraram interesse em adquirir o tecido para usar em suas coleções.
Os casulos rejeitados são levados para a fabricação de seda por meio artesanal. Os funcionários utilizam, manualmente, máquinas de tecelagem, água de poço artesanal, água de captação da chuva, tinturas de folhas (mangas, espinafre, erva-mate), cascas (cerragem de eucalipto, pinhos) e raízes ( cebola, açafrão), sementes (urucum, índigo).
Fonte: EcoD
FanPage AmbientalSustentávelCurta nossa página do facebook
Palha da seda fabricada em O Casulo Feliz pelo tecelão Alexandre Heberte - materiais reaproveitados. Foto: Divulgação
Palha da seda fabricada em O Casulo Feliz pelo tecelão Alexandre Heberte – materiais reaproveitados. Foto: Divulgação

Tablet PC é desenvolvido para reduzir impactos ambientais


Batizado de “iameco”, uma alusão à frase “I am Eco” – “Eu sou Ecológico”, em português, um tablet PC foi produzido emoldurado com madeira e projetado para reduzir impactos ambientais causados por aparelhos semelhantes. O equipamento foi desenvolvido pela MicroPro em parceria com o Fraunhofer Institute for Reliability and Microintegration (IZM), da Alemanha. A invenção já ganhou o selo de sustentabilidade da União Europeia, o EU Ecolabel, segundo informações do Terra.
O cientista Alexander Schlösser, do instituto IZM, destacou que o aparelho foi idealizado para ter baixo consumo de energia. “Começa em sua produção e vai até a fase de reciclagem”, ressaltou Schlösser.
Dissipadores de calor, no lugar do sistema convencional de ventilação, possibilitam que o processador superaqueça. Além disso, o processo converte o calor eliminado em mais energia para o tablet. A tela do aparelho também merece destaque por ser iluminada com LED, o que aumenta em 10% a eficiência energética.
O iameco tem emissão de carbono até 70% menor do que um PC desktop durante sua vida útil e 98% de seus componentes podem ser reciclados imediatamente.
Segundo os criadores do aparelho, posteriormente, a modularidade do dispositivo será ampliada para que possa ser reaproveitada na hora de trocar de máquina. Dessa forma não terá necessidade de trocar o equipamento inteiro. Atualmente, a equipe está desenvolvendo um notebook ecológico, também envolvido em uma estrutura de madeira.
Fonte: EcoD
FanPage AmbientalSustentávelCurta nossa página do facebook
O tablet foi desenvolvido para ter baixo consumo. Foto: Divulgação
O tablet foi desenvolvido para ter baixo consumo. Foto: Divulgação

Caixa de Pandora se abre no Congresso


A aprovação, no último dia 08, da emenda ao Código Florestal que retira a proteção de rios intermitentescausou espanto em ambientalistas e até em setores do próprio governo, que, acuado, se aticulou para conseguir suspender a sessão marcada para a manhã dessa quinta-feira, prevista para continuar a votação dos destaques. Especialistas, entretanto, não poupam críticas à atitude da presidente Dilma Rousseff durante o processo, e responsabiliza seu governo por ter deixado o embate chegar a esse ponto.
Segundo comentário de hoje de Sérgio Abranches na Rádio CBN, 90% das emendas apresentadas à Medida Provisória da presidente Dilma são absurdas.  “Nenhuma delas tem fundamentação técnica. Mas tudo isso deriva de um erro político grave do governo, que deixou o projeto de mudança do Código Florestal prosperar, contra a opinião da comunidade científica inteira, contra a opinião de órgãos técnicos do governo, como a Agência Nacional de Águas (ANA). Um projeto contrário à política ambiental do governo, e que fere a Constituição.”
Abranches afirma que a presidente optou por não se mobilizar ou mobilizar sua base aliada para bloquear um projeto “absolutamente inaceitável”. Assim sendo, ele prosperou e foi aprovado. Segundo ele, provavelmente a estratégia do governo agora será a de fazer com que a Medida Provisória perca seu prazo.
Para o cientista político, a emenda aprovada ontem, não tem nenhuma base técnica. “Qualquer rio pode se tornar intermitente diante da erosão, do desmatamento e da mudança climática. Ela desprotege nesse momento metade dos rios brasileiros, mas tecnicamente deprotege todos os rios brasileiros. Parte desses rios alimentam vários dos rios chamados perenes (que não reduzem inteiramente seu fluxo durante a seca). É uma medida muito ruim, que evidentemente tem que ser bloqueada. Mas é esperado coisa muito pior. Aquilo ali é uma Caixa de Pandora, dali só sai monstro”, disse ele.
Tão inaceitável quanto, para Abranches, é a atitude do governo. Ele afirma que foram tomadas persistentemente decisões contraditórias. “O governo assume compromissos públicos internacionais com a sustentabilidade, mas nao faz valer seus compromissos internamente. Parece que existem dois governos. Um, que tenta fazer uma coisa direito, ambiental, sustentável. E outro que tenta desfazer a sustentabilidade, a política ambiental. O governo tem que tomar uma atitude, tomar um rumo. E o único rumo possível nesse estágio do século XXI é a favor da sustentabilidade.”
E sustentabilidade quer dizer também desmatamento zero. É um pouco tarde para o governo perceber o tamanho do estrago feito no Código Florestal, por isso agora ficam pelos cantos chorando as pitangas, os maracujás, os jacarandás perdidos. Mas ainda resta solução. A lei de iniciativa popular para zerar a devastação florestal no Brasil é uma resposta àqueles que não concordam com a posição omissa da presidente, conivente com a bancada do agronegócio, e querem um Brasil verde.
Fonte: Greenpeace
FanPage AmbientalSustentávelCurta nossa página do facebook
Emenda aprovada pode deproteger todos os rios brasileiros, uma vez que qualquer rio pode se tornar intermitente diante da erosão, do desmatamento e da mudança climática. (© Daniel Beltrá / Greenpeace)
Emenda aprovada pode deproteger todos os rios brasileiros, uma vez que qualquer rio pode se tornar intermitente diante da erosão, do desmatamento e da mudança climática. (© Daniel Beltrá / Greenpeace)

07/08/2012

V CPEASul Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental da Região Sul

IV Encontro e Diálogos com a Educação Ambiental

http://cpeasul.blogspot.com.br/


Apresentação


Com esta edição conjunta do V Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental da Região Sul (V CPEASul) e do IV Encontro e Diálogos com a Educação Ambiental (IV EDEA), na cidade de Rio Grande/RS, pretendemos contribuir para a integração e desenvolvimento de diferentes saberes e práticas de pesquisadores que compõem a Educação Ambiental enquanto campo do conhecimento. Nesta edição do evento objetivamos congregar pesquisadores atuantes em instituições do Sul e de outras regiões do Brasil, bem como pesquisadores provenientes de países próximos às nossas fronteiras políticas meridionais, tais como o Uruguai, a Argentina e o Chile. O evento integrado V CPEASul / IV EDEA constitui-se na perspectiva de consolidarmos o campo da Educação Ambiental como mobilizador para a construção de uma sociedade justa e sustentável, por meio da proposição de integrar diferentes olhares e vozes que compõem o polifônico coro da educação ambiental na busca de estratégias para o enfrentamento da crise socioambiental contemporânea.

CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS DE TRABALHO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A constituição de diferentes Grupos de Trabalho (GTs) visa a análise, a discussão e a proposição documentada acerca de problemáticas específicas da Educação Ambiental no Brasil e no mundo, a partir da constituição de espaços integradores de diferentes pesquisadores e pesquisadoras por área de interesse. Esta atividade será desenvolvida em torno de cinco eixos. São eles:
   
1) Fundamentos Filosóficos e Epistemológicos da EA.
O conceito de epistemologia aqui referido sugere que a Educação Ambiental é uma ciência e, como tal, deve ser investigada também sob o ponto de vista científico, ou seja, em seu processo de gênese, de formação e de organização. Isso inclui a preocupação com os seguintes elementos: a investigação e validação do seu desenvolvimento a partir de uma teoria geral do conhecimento (de natureza filosófica), ou seja, empirismo, racionalismo, etc.
Em última análise, a abordagem acerca dos fundamentos filosóficos e epistemológicos da EA consiste em estabelecer se o conhecimento produzido e/ou em processo de produção será reduzido a um puro registro, pelo sujeito, dos dados já anteriormente organizados independente dele com o mundo exterior, ou se o sujeito poderá intervir ativamente no conhecimento dos diferentes objetos de investigação da EA.

2) Problemáticas Emergentes em EA
As discussões em torno da EA têm sido ampliadas para novas questões e temáticas, tais como corpo, saúde, religião, redes sociais, energia e mobilidade urbana, relação cultura-natureza, relação humanos/não humanos, processos socioespaciais, dentre outros. Os mesmos envolvem a situação existencial de diversos grupos humanos, conflitos cartográficos, minorias étnicas ou raciais, grupos de interesse urbano, universo de práticas e representações. Na medida em que ocorrem processos que nos colocam em novas instâncias teórico-espistemológicas a partir da configuração de novos problemas, este  GT propõe refletir acerca do contexto atual e da possibilidade dos mais diversos diálogos entre a questão ambiental e as práticas educativas, destacando o caráter polifônico desta articulação, na configuração de novas perspectivas acadêmicas e de processos sociais, bem como formas de produção, transmissão  e distribuição de saberes.

3) Modelos de Desenvolvimento, Impactos Ambientais e Sociais e EA.
Este GT do CPEASUL busca debater os modelos de desenvolvimento incluindo o paradigma da sustentabilidade, enquanto modelo de planejamento alternativo ou ideologia mitologizada. O respectivo GT também procura refletir criticamente sobre os impactos ambientais e sociais gerados por estas escolhas de desenvolvimento, especialmente no capitalismo, com suas múltiplas dimensões e implicações socioambientais. Para enfim, propiciar um debate acerca da influência e importância da Educação Ambiental nos caminhos para atribuir ao paradigma do desenvolvimento ou seu mito, um tratamento adequado no que tange a compreensão da Educação Ambiental como um dos elos da transformação societária rumo à justiça social e ambiental.

4)A constituição de educadores e educadoras ambientais.
Como se constituem os educadores e educadoras ambientais?  Quais suas práticas e trajetórias? Quais suas visões de mundo? Este eixo propõe uma reflexão sobre a formação inicial e continuada de educadores e educadoras ambientais, abordando as questões políticas, éticas, históricas, entre outras, implicadas no processo. Serão considerados os múltiplos espaços e tempos, as culturas, as trajetórias e os saberes envolvidos nesse processo. Intenciona, ainda, discutir sobre o papel desses atores/autores como protagonistas de espaços educadores sustentáveis, no contexto da educação brasileira.

5)Movimentos Sociais e EA.
As relações sociais e a re-produção da sociedade estão perpassados por conflitos decorrentes da apropriação desigual por parte dos diferentes grupos e classes da riqueza produzida, dos territórios e dos espaços de "poder" sob/sobre uma determinada materialidade, na qual a natureza/meio ambiente é parte fundamental. Diríamos ainda que a própria percepção ou a compreensão destas relações e do que está no centro dos conflitos fazem parte do debate social, político, teórico e acadêmico. Sendo assim, neste eixo buscaremos aprofundar esta discussão visando socializar estudos, pesquisas, teorias bem como casos concretos sobre a relação dos movimentos sociais com a educação ambiental e vice-versa.

Programação


- Programação sujeita a alterações;
- Ao longo dos três dias, atividades culturais em simultâneo;
- Sábado: saída de campo para a Ilha dos Marinheiros
(mediante inscrição junto ao credenciamento).

Clique na imagem para ampliar:




Ambiental Sustentável


Com o objetivo de aperfeiçoar cada vez mais nossa comunicação, divulgando as melhores notícias sobre meio ambiente e questões sustentáveis, por meio de uma seleção cotidiana que nos permite agrupar as notícias em um único lugar, o blog Ambiental Sustentável começa a fazer parte da rede social Facebook, através de umaFanPage na qual são postadas as melhores notícias do dia, possibilitando uma maior interação entre o nossoblog e esta comunidade virtual.
Além do link das notícias no blog, a FanPage nos permite compartilhar curiosidades, dicas, receitas e muito mais; toda a interatividade e proximidade que o meio virtual nos permite ter. Assim, convidamos a todos os nossos amigos, colaboradores e seguidores, a fazerem parte desta comunidade, curtindo e compartilhando nossa página e nossos posts.
FanPage AmbientalSustentávelCurta nossa página do facebook
https://www.facebook.com/ambientalsustentavel
https://www.facebook.com/ambientalsustentavel

O consumismo: uma doença?


No coração da selva do Petén, no que atualmente é a Guatemala, no cume do Templo IV, joia arquitetônica legada pelos maias do Período Clássico, duas jovens turistas norte-americanas – com roupa Calvin Klein, com sapatos Nike, óculos escuros Rayban, telefones celulares Nokia, câmeras fotográficas digitais Sony, videofilmadoras JVC e cartão de crédito Visa, hospedadas no hotel Westing Camino Real e tendo viajado com milhas de “viajante frequente” por meio de American Air Lines, hiperconsumidoras de Coca-Cola, Mc Donald’s e de cosméticos Revlon – comentavam, ao escutar os gritos de macacos nas copas das árvores próximas: “Pobrezinhos, gritam de tristeza, porque não têm por perto um ‘super’ onde possam fazer compras”…
Consumir, consumir, hiperconsumir, consumir mesmo que não seja necessário; gastar dinheiro; ir ao shopping… Tudo isso passou a ser a consigna do mundo moderno. Alguns – os habitantes dos países ricos do Norte e as camadas acomodadas dos do Sul – conseguem sem problemas. Outros, os menos afortunados – a grande maioria do planeta – não. Porém, da mesma forma, são compelidos a seguir os passos ditados pela tendência dominante: quem não consome está out, é um imbecil, sobra, não é viável. Mesmo correndo o risco de se endividarem, todos têm que consumir. Como ousar contradizer as sacrossantas regras do mercado?
Poderíamos pensar que o exemplo das jovens acima apresentado é uma ficção literária – uma má ficção, por certo. Porém, não: é uma tragicômica verdade. O capitalismo industrial do Século 20 teve como resultado as chamadas sociedades de consumo onde, asseguradas as necessidades primárias, o acesso a banalidades supérfluas passou a ser o núcleo central de toda a economia. Desde a década de 1950, primeiro nos Estados Unidos, em seguida na Europa e no Japão, a prestação de serviços superou a produção de bens materiais. Supostamente, os bens suntuários ou destinados não somente a garantir a subsistência física (recreação, compras não unitárias, mas por quantidades, mercadorias desnecessárias, porém impostas pela propaganda, etc.) encabeçam a produção geral. Por que essa febre consumista?
Todos sabemos que a pobreza implica carência, falta; se alguém tem muito é porque outro tem muito pouco, ou não tem. Em uma sociedade mais justa, chamada socialismo, “ninguém morrerá de fome porque ninguém morrerá de indigestão”, disse Eduardo Galeano. Não é necessário um doutorado em economia política para chegar a entender essa verdade. Porém, contrariamente ao que se poderia considerar como uma tendência solidária espontânea entre os seres humanos, quem mais consome anseia, mais do que tudo, continuar consumindo. A atitude das sociedades que têm seguido a lógica do hiperconsumo não é de detê-lo, repartir tudo o que se produz com equidade para favorecer aos despossuídos, deter o saqueio impiedoso dos recursos naturais. Não, ao contrário, o consumismo traz mais consumismo. Um cachorro de uma casa de classe média do Norte come uma média anual de carne vermelha maior do que um habitante do Terceiro Mundo.
Enquanto muita gente morre de fome e não tem acesso a serviços básicos no Sul (água potável, alfabetização mínima, vacinação…), sem a menor preocupação e quase com frivolidade são gastas quantidades incríveis em, por exemplo, cosméticos (US$ 8 bilhões anuais nos Estados Unidos), ou sorvetes (US$ 11 bilhões anuais na Europa), ou comida para mascotes (US$ 20 bilhões anuais em todo o primeiro mundo). Então, os seres humanos somos uns estúpidos e superficiais individualistas, desperdiçadores irresponsáveis, compradores vazios compulsivos? Responder afirmativamente seria parcial, incompleto. Sem dúvida, todos podemos entrar nessa louca febre consumista; a questão é ver porque esta é instigada, ou ainda mais: fazer algo para que esta não continue sendo instigada. Isto leva a reformular a ordem econômico-social global vigente. Essa loucura não pode continuar!
Mas, é certo que nas prósperas sociedades de consumo do Norte surgem vozes chamando a uma ponderada responsabilidade social (consumos racionais, energias alternativas, reciclagem dos desperdícios, ajuda ao subdesenvolvido Sul…), mas não devemos esquecer que essas tendências são marginais, ou, pelo menos, não têm a capacidade de incidir realmente sobre o todo.
Recordemos, por exemplo, o movimento hippie, dos anos 60 do século passado: apesar de representar um honesto movimento anticonsumo e um questionamento aos desequilíbrios e injustiças sociais, o sistema finalmente acabou devorando-o. Dito seja de passo: as drogas ou o rock and roll, suas insígnias das décadas dos 1960 e 1970, acabaram sendo outras tantas mercadorias de consumo massivo, geradoras de grandes lucros (não para os hippies, precisamente!).
Uma vez fomentado o consumismo, tudo indica que é muito fácil – muito tentador, sem dúvida – ficar seduzido por suas redes. Por exemplo: os polímeros (as distintas formas de plástico) constituem uma invenção recente na história; no Sul chegam em meados do Século 20; porém, hoje, nenhum habitante de nenhum empobrecido país poderia viver sem eles; e, de fato, em proporção, são consumidos mais nos países empobrecidos do que no mundo desenvolvido, onde começa a haver uma busca por material reciclado. Por diversos motivos (para estar na moda que lhe impuseram?), é mais provável que um pobre do Terceiro Mundo compre uma cesta de plástico do que de cipó. O consumismo, uma vez em marcha, impõe uma lógica própria da qual é difícil desvencilhar-se. É “aditivo”…
Do mesmo modo, e sempre nessa dinâmica, vejamos o que acontece com o automóvel. Atualmente, é mais do que sabido que os motores de combustão interna – ou seja, os que rendem tributo à monumental indústria do petróleo – são os principais agentes causadores do efeito estufa; sabe-se que produzem um morto a cada dois minutos em escala planetária devido aos acidentes de trânsito, inconvenientes que poderiam ser resolvidos ou pelo menos minimizados com o uso maciço de meios de transporte público, mais seguros em termos de segurança individual e ecológica (um só motor pode transportar cem pessoas, por exemplo); porém, até que não se acabe a última gota de petróleo não haverá veículos impulsionados por energias limpas (água ou sol, por exemplo).
Um motor queimando combustíveis fósseis por pessoa não é sustentável a longo prazo em termos ambientais; porém, curiosamente, para os primeiros 25 anos do século em curso, as grandes corporações de fabricantes de automóveis estimam vender um bilhão de unidades nos países do Sul, e os habitantes dessas regiões do globo, sabendo de tudo o que se escreveu acima e conhecedores dos disparates irracionais que significa mover-se em cidades atoladas de veículos, estão festejando o boom dessas máquinas fascinantes.
Nessa lógica, quem pode, mesmo endividando-se durante anos, faz o impossível para obter seu “zero quilômetro”. Tudo isso nos leva a duas conclusões: por um lado, parece que todos os seres humanos somos muito manipuláveis, fáceis de convencer (os publicitários sabem disso perfeitamente). A semiótica ou a psicologia social de cunho norte-americano, centrada no manejo mercadológico das massas, dizem o mesmo. Se não fosse assim, George W. Bush, um alcoólatra recuperado, pouco douto nas lides políticas, não poderia ter sido presidente de seu país por duas gestões (graças a um vídeo sensacionalista em sua segunda campanha presidencial, por exemplo, que explorou os medos irracionais do eleitorado); ou o cabo de exército alemão Adolf Hitler não poderia ter feito o “educado” povo alemão acreditar ser uma raça superior e levá-lo a um holocausto de proporções dantescas.
Porém, por outro, como segunda conclusão – e isso é, sem dúvida, o nó górdio do assunto – as relações econômico-sociais que desenvolveram com o capitalismo não oferecem saída para essa cilada da dinâmica humana. O grande capital não pode deixar de crescer; porém, não pensando no bem comum: cresce, da mesma forma que um tumor maligno, de forma descontrolada, desordenada, sem sentido. Para que a grande empresa tem que continuar se expandindo? Porque sua lógica interna a força a isso; não pode deter-se, mesmo que isso não sirva para nada em termos sociais. Por que os milionários donos de suas ações têm que continuar sendo cada vez mais milionários? Porque a dinâmica econômica do capital o força; porém, não porque esse crescimento sirva à população. E esse crescimento, justamente – como tecido cancerígeno – se faz a expensas do organismo completo, do todo social, nesse caso; fazendo-se consumir, consumir o desnecessário; depredando recursos naturais e tornando-nos cada vez mais bobos; manipulando nossas emoções com as técnicas de comércio, para que continuemos comprando. “Pobrezinhos, gritam de tristeza, porque não têm por perto um ‘super’ onde possam fazer compras”…
Ditando modas, fixando padrões de consumo, obrigando a mudar desnecessariamente os produtos com ciclos cada vez mais curtos (obsolescência programada), fazendo sentir como um “selvagem primitivo” a quem não segue esses níveis de compra contínua, com refinadas – e patéticas – técnicas de comercialização (propaganda enganosa, manipulação midiática que não dá sossego, crédito pré-aprovado…), o grande capital, dominador cada vez mais absoluto do cenário econômico-político-cultural do planeta, impõe o consumo com mais ferocidade que as forças armadas que o defendem lançam bombas sobre territórios rebeldes que resistem a seguir esse roteiro.
Por certo que, dadas certas circunstâncias, o “consumismo” desenfreado poderia ser considerado como uma conduta patológica. De fato, na Classificação Internacional das Enfermidades (CIE), da Organização Mundial da Saúde, bem como no Manual de Transtornos Mentais, da Associação de Psiquiatras dos Estados Unidos (DSM), versão IV, aparece como uma possível forma das compulsões. E, a partir dessa matriz médico-psiquiatrizante, a “compra compulsiva” pode chegar a ser descrita como uma categoria diagnóstica determinada. “Preocupação frequente com as compras ou o impulso de comprar, que se experimenta como irresistível, invasivo e/ou sem sentido. Compras mais frequentes do que uma pessoa se pode permitir e de objetos que não são necessários, ou sessões de compras durante mais tempo do que se pretendia.”
Sem negar que isso exista como variável psicopatológica (“calcula-se que a compra compulsiva atinge entre 1,1% e 5,9% da população geral e é mais comum entre as mulheres do que entre os homens”), o consumismo voraz que o sistema nos impõe é mais do que uma conduta compulsivo-aditiva individual. Em todo caso, nos fala de uma “enfermidade” intrínseca ao próprio sistema. Se as jovens do exemplo que dei no começo desse artigo são tão “estúpidas”, frívolas e superficiais, são apenas o sintoma de um transtorno que se move atrás delas. Transtorno que, certamente, não se resolve com nenhum produto farmacêutico, com um novo medicamento milagroso, com outra mercadoria a mais para consumir, por melhor apresentada e por mais publicidade que tenha. Ao contrário, se resolve mudando o curso da história.
Fonte: Adital
FanPage AmbientalSustentávelCurta nossa página do facebook
O consumismo: uma doença?
O consumismo: uma doença?