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31/01/2012

DICA DE DOCUMENTÁRIO INTERESSANTE

A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada

http://www.youtube.com/watch?v=pDPsWANkS-g

Até 50 mil pessoas podem exercer atividades em condições análogas à escravidão

O coordenador da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, vinculado ao Ministério Público do Trabalho, frei Xavier Plassat, estima que, no país, haja de 20 a 50 mil pessoas exercendo atividades em condições análogas à escravidão.
“Na verdade, libertar escravos não basta para acabar com o problema, mas o Brasil está mostrando uma boa capacidade em atacar a questão, por meio de um grupo móvel de fiscalização bem eficiente. Mas [infelizmente, o governo] não consegue apurar todas as denúncias porque o território é muito grande”, disse Xavier durante debate no programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, na última sexta-feira (27), véspera do Dia de Combate ao Trabalho Escravo.
Xavier acrescentou ainda que entre as agravantes do problema estão a pobreza e a miséria. No Brasil, muitas famílias vivem nessa situação, lembrou o frei. Sem condições ideais de trabalho, as pessoas se submetem à exploração.
“[Essas pessoas] tiveram apenas os direitos básicos assegurados. Na hora de pegar um serviço, pegam qualquer um. Para essas pessoas isso é melhor que nada. [Mas] acabam sendo levadas para uma situação de impunidade, ganância e miséria. Temos aí um conjunto que precisa ser atacado, se não a gente não resolve o problema”, disse Xavier.
O coordenador nacional da Frente Parlamentar Mista de Erradicação do Trabalho Escravo, o deputado Domingos Dutra (PT- MA), defendeu a aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, determinando que a área onde for flagrado trabalho escravo seja desapropriada para fins de reforma agrária.
A proposta está arquivada na Câmara, mas o debate pode ser retomado. “Eu acho essa medida muito importante. A nossa luta este ano é desfazer esse gancho infeliz que assegura a emenda [referindo-se ao arquivamento da proposta] e levar para o plenário da Câmara”, disse o parlamentar.
Para Jonas Moreno, procurador do Trabalho, é necessário que o Parlamento se mobilize e tenha interesse redobrado no combate ao trabalho escravo para reduzir as denúncias no país. Paralelamente, ele recomenda que o governo também amplie os quadros de funcionários, principalmente o de fiscais.
“O governo precisa lançar concursos. O quadro de funcionários está defasado, da parte do MP [Ministério Público] está razoavelmente estruturado com várias procuradorias implantadas em território brasileiro. Nós recebemos muitas reclamações por parte do sindicato dos auditores sobre o quadro defasado de fiscal e também porque muitos auditores aposentaram”, disse Moreno.
(Agência Brasil)
Até 50 mil pessoas podem exercer atividades em condições análogas à escravidão
Até 50 mil pessoas podem exercer atividades em condições análogas à escravidão

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Necessidade de lucros em curto prazo desestimulam sustentabilidade em empresas

ma pesquisa patrocinada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) entrevistou 642 executivos, ambientalistas e acadêmicos e descobriu que 88% deles culpam a pressão por resultados financeiros imediatos como a maior barreira para os esforços de sustentabilidade das empresas.
A falta de regulamentações apropriadas e o desconhecimento dos potenciais benefícios de práticas verdes também foram apontadas como obstáculos por 75% dos entrevistados. Já a pequena demanda dos consumidores por produtos e serviços de baixo carbono é vista como um problema por 56%.
“Esta pesquisa mostra que os governos devem fazer sua parte, buscando criar padrões e políticas para promover o uso sustentável dos recursos naturais. A Rio +20 em junho será uma boa oportunidade para isso”, afirmou Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA.
Os resultados da pesquisa serão apresentados em um relatório do PNUMA sobre a economia verde que deve ser publicado ainda em 2012.
(Instituto CarbonoBrasil)
Necessidade de lucros em curto prazo desestimulam sustentabilidade em empresas
Necessidade de lucros em curto prazo desestimulam sustentabilidade em empresas

A conspiração da lâmpada elétrica e a obsolescência programada

Mesmo que você nunca tenha ouvido falar dela, certamente já foi vítima e, posso garantir, já sabia de sua existência mesmo sem talvez nunca ter ouvido seu nome. Estou falando da obsolescência programada, uma prática industrial que intencionalmente reduz a vida útil de um bem de consumo para forçar sua substituição por outro produto similar novo o mais rápido possível. Gostei muito do título da reportagem de Tatiana de Mello Dias, do Estadão, para definir o termo: “Programado para morrer”.
Em sua matéria, Tatiana levanta os pontos abordados no documentário The Light Bulb Conspiracy (A conspiração da lâmpada elétrica, em tradução livre), da diretora Cosima Dannoritzer. O filme conta a história de como a indústria tem trabalhado por quase 100 anos para promover o aumento do consumo e o crescimento econômico produzindo produtos de qualidade inferior.
Tudo começa com as lâmpadas elétricas, as primeiras vítimas da obsolescência programada. Na década de 1920, um cartel de fabricantes de luzes  decidiu que elas não deveriam durar mais do que mil horas. Naquela época, boa parte das lâmpadas duravam até 2,5 mil horas.
Outros dois casos são emblemáticos no documentário. Um levanta a questão das impressoras a jato de tinta. Elas teriam um sistema especialmente desenvolvido para travar o equipamento depois de um certo número de páginas impressas, sem a possibilidade de reparo, claro (pelo menos oficialmente). O outro trata do primeiro iPod da Apple, cuja bateria foi minuciosamente desenhada para durar pouco, também sem a possibilidade de substituição.
O ruim disso tudo são os desperdícios de recursos naturais e o lixo criado de forma desnecessária, que em muitos casos são enviados para os países pobres como se fossem produtos de segunda mão. Uma lei internacional proíbe que lixo eletrônico seja levado de um país para outro.
O bom é que o movimento para acabar com isso tem ganhado força. No caso da impressora, por exemplo, criou-se um programa que zera a contagem de impressões, fazendo com que a máquina continue funcionando normalmente. Já a Apple sofreu retaliação de clientes e processos judiciais, vendo-se obrigada a trocar as baterias fracas e a estender a garantia dos tocadores de música.
Fonte: Instituto Carbono Brasil

30/01/2012

Vale vence o Public Eye Awards, prêmio de pior empresa do mundo

Após 21 dias de acirrada disputa, a mineradora brasileira Vale foi eleita, nesta quinta, 26, a pior corporação do mundo no Public Eye Awards, conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial. Criado em 2000, o Public Eye é concedido anualmente à empresa vencedora, escolhida por voto popular em função de problemas ambientais, sociais e trabalhistas, durante o Fórum Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos.
Este ano, a Vale concorreu com as empresas Barclays, Freeport, Samsung, Syngenta e Tepco. Nos últimos dias da votação, a Vale e a japonesa Tepco, responsável pelo desastre nuclear de Fukushima, se revesaram no primeiro lugar da disputa, vencida com 25.041 votos pela mineradora brasileira.
De acordo com as entidades que indicaram a Vale para o Public Eye Award 2012 – a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale (International Network of People Affected by Vale), representada pela organização brasileira Rede Justiça nos Trilhos, e as ONGs Amazon Watch e International Rivers, parceiras do Movimento Xingu Vivo para Sempre, que luta contra a usina de Belo Monte -, o fato de a Vale ser uma multinacional presente em 38 países e com impactos espalhados pelo mundo, ampliou o número de votantes. Já para os organizadores do prêmio, Greenpeace Suíça e Declaração de Berna, a entrada da empresa, em meados de 2010, no Consórcio Norte Energia SA, empreendimento responsável pela construção de Belo Monte, foi um fator determinante para a sua inclusão na lista das seis finalistas do Public Eye deste ano.
A vitória da Vale foi comemorada no Brasil por dezenas de organizações que atuam em regiões afetadas pela Vale. “Para as milhares de pessoas, no Brasil e no mundo, que sofrem com os desmandos desta multinacional, que foram desalojadas, perderam casas e terras, que tiveram amigos e parentes mortos nos trilhos da ferrovia Carajás, que sofreram perseguição política, que foram ameaçadas por capangas e pistoleiros, que ficaram doentes, tiveram filhos e filhas explorados/as, foram demitidas, sofrem com péssimas condições de trabalho e remuneração, e tantos outros impactos, conceder à Vale o titulo de pior corporação do mundo é muito mais que vencer um premio. É a chance de expor aos olhos do planeta seus sofrimentos, e trazer centenas de novos atores e forças para a luta pelos seus direitos e contra os desmandos cometidos pela empresa”, afirmaram as entidades que encabeçaram a campanha contra a mineradora. Em um hotsite criado para divulgar a candidatura da Vale, forma listados alguns dos principais problemas de empreendimentos da empresa no Brasil e no exterior.
Coletiva No Brasil, as entidade Rede Justiça nos Trilhos, Núcleo Amigos da Terra Brasil, International Rivers e MST farão uma coletiva de imprensa sobre o premio nesta sexta, 27, ás 12:00 h, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre.
Já em Davos, Suíça, também ao meio dia (horário local), os organizadores do Public Eye, Declaração de Berna e Greenpeace Suíça, farão a entrega do premio durante uma coletiva no Fórum Econômico Mundial, que contará com a presença do economista americano e vencedor do Premio Nobel, Joseph Stiglitz.
Fonte: Instituto Carbono Brasil

Instalações eólicas nos EUA crescem 31% em 2011

O relatório do quarto trimestre da Associação de Energia Eólica dos Estados Unidos (AWEA) traz boas notícias para a indústria renovável norte-americana: a instalação eólica no país cresceu 31% em 2011 com relação a 2010. Mas o órgão alerta: se subsídios continuarem sendo cortados, o setor pode entrar em queda, colocando em risco milhares de empregos e a criação de uma matriz energética mais diversificada e limpa.
De acordo com a AWEA, o total de capacidade eólica instalada nos EUA em 2011 foi de 6,8GW, contra os 5,2GW instalados no ano anterior, e já está presente em 30 estados do país. Com isso, o total de capacidade eólica nos EUA chega a 46,91GW, o suficiente para alimentar cerca de 12 milhões de lares norte-americanos.
O estado que liderou as instalações no último ano foi a Califórnia, com 921,3MW construídos, seguida por Illinois, com 692,5MW, Iowa, com 646,7MW, Minnesota, com 541,9MW e Oklahoma, com 525MW.
O estado que mais teve crescimento nas instalações eólicas foi Ohio, com um aumento de 929%. Além disso, Dakota do Sul e Iowa figuraram como os estados que têm a maior porcentagem de energia eólica em suas matrizes energéticas, com 20% de participação.
Com relação às empresas que mais forneceram turbinas para instalação, a General Electric Co. (GE) foi a campeã, com 2GW. Em segundo lugar ficou a Vestas Wind Systems A/S (VWS), com 1,7 GW, e em terceiro, a Siemens AG (SIE), com 938,8 MW.
E o documento prevê um bom 2012 para o setor eólico: segundo a AWEA, estão em construção 8,3 GW em 31 estados norte-americanos, incluindo os primeiros projetos em Nevada, Connecticut e Porto Rico, que é um Estado Livre Associado dos EUA. Em 2011, a indústria eólica foi a segunda que mais recebeu investimentos privados, ficando atrás apenas do setor solar.
“Isso mostra do que a energia eólica é capaz: construir novos projetos, alimentar as economias locais e criar empregos. Em tempos econômicos difíceis, estamos criando empregos e fornecendo eletricidade limpa e acessível”, argumentou Denise Bode, diretora executiva da AWEA.
Mas esse crescimento pode estar por um fio, afirma a associação. Isso porque, até o final do ano, há a possibilidade de o Congresso norte-americano cortar o Crédito de Imposto de Produção (PTC), um incentivo fiscal à indústria renovável, ameaçando eliminar empregos no setor a partir de 2013.
“Perderemos todos esses benefícios para o consumidor, um setor industrial novo e crescente se o Congresso permitir que o PTC expire. Empresas precisam de certeza. É por isso que é urgente que o Congresso estenda o PTC agora, antes do final do primeiro trimestre, ou arrisca-se perder um novo setor industrial para os estrangeiros”, alertou Denise.
Segundo um relatório recente da Navigant Consulting, se o PTC realmente expirar até o final de 2012, os empregos na indústria solar serão reduzidos à metade, o que significaria a perda de 37 mil postos de trabalho. Além disso, os investimentos privados no setor cairiam mais de 60%. Em compensação, se o subsídio for mantido, seriam criados cerca de 100 mil empregos em quatro anos, e 500 mil até 2030.
“Incentivos tradicionais de impostos estão funcionando. Essa grande atividade está sendo impulsionada pelo PTC – que levantou uma média de mais de US$ 16 bilhões por ano em investimentos privados ao longo dos últimos anos e manteve dezenas de milhares de empregos na indústria”, observou Denise.
Porém, alguns opositores ao PTC, sobretudo Republicanos, alegam que os incentivos ao setor são muito altos em relação aos benefícios obtidos. Além disso, eles afirmam que a indústria eólica recebe ajuda suficiente do governo e que deve se tornar competitiva em relação a outras formas de energia.
A AWEA rebateu as críticas, negando que o setor dependerá permanentemente de subsídios governamentais, e declarando que por enquanto a indústria eólica precisa de incentivos para continuar a receber investimentos, se tornar mais competitiva e conseguir abastecer a demanda do mercado doméstico. “Precisamos terminar esse trabalho. Permitam-nos terminar o crescimento da cadeia de suprimentos nos EUA”, comentou Denise.
No entanto, ainda há chances de que o PTC não seja eliminado. Um projeto de lei dos deputados Dave Reichert (Republicano) e Earl Blumenauer (Democrata) prevê uma extensão de quatro anos ao PTC para a energia eólica. O projeto tem a adesão de 56 copatrocinadores, incluindo 13 Republicanos.
Além disso, uma coalizão de mais de 370 membros, incluindo a Associação Nacional dos Fabricantes, o Instituto Edison, a Associação dos Governadores do Oeste, o Sindicato dos Metalúrgicos e muitos membros da comunidade ambiental mostrou recentemente seu apoio ao projeto.
Fonte: Instituto Carbono Brasil

Pesquisa lista 100 firmas mais sustentáveis do mundo

Gabriela Campêlo
30 de janeiro de 2012Publicado em: Curiosidades, Notícias, Pegada Ecológica, Pesquisa
Na corrida para incluir a sustentabilidade entre as questões mais importantes do mundo corporativo, o Brasil está aos poucos alcançando uma boa posição entre as nações industrializadas. Pelo menos é o que indica o relatório Corporate Knights 2012 das 100 Corporações Mais Sustentáveis do Mundo. No documento, a brasileira Natura figura como segunda colocada, e outras duas empresas do país foram incluídas, indicando que o Brasil pode estar no caminho certo para a sustentabilidade empresarial.
O relatório, que já está em sua 8ª edição e é sempre apresentado no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, é desenvolvido pela Corporate Knights, firma canadense de mídia e de finanças dedicada à promoção de práticas corporativas responsáveis e ao desenvolvimento da sustentabilidade social e ambiental.
Para criar a classificação, a Corporate Knights trabalha com os rankings de outras três organizações – Global Currents, Inflection Point Capital Management e Phoenix Global Advisors –, que selecionam cerca de 400 empresas de uma lista de quase quatro mil.
A partir dessas 400, o grupo de pesquisa da Corporate Knights seleciona as 100 mais sustentáveis através de 11 critérios ambientais, sociais e de governança. Se esses critérios não são divulgados pelas empresas, elas são penalizadas e perdem pontos, o que pode acarretar em uma queda na classificação.
Embora admita que essa abordagem tem falhas, a Corporate Knights alega que ela ajuda a diagnosticar “maus comportamentos” em diversas áreas, e é capaz de mensurar o progresso em vários aspectos.
“Essa abordagem não é perfeita. Ela não compreende a contaminação de ecossistemas, grilagem de terras na África, táticas de lobby clandestinas ou mau tratamento de civis em outros países (ainda não, pelo menos). Mas podemos sempre lançar uma luz nas empresas que estão se comportando mal em diferentes áreas. O que a abordagem faz é estabelecer algumas regras básicas objetivas e transparentes para medir o progresso”, diz o relatório.
“Não há modelo perfeito para medir a sustentabilidade da mesma forma que nenhum modelo financeiro pode antecipar perfeitamente os movimentos nos preços das ações. No entanto, sentimos que nosso modelo é o mais sofisticado, objetivo e com abordagem de dados mais direcionada”, justificou Doug Morrow, vice-presidente de pesquisa da Corporate Knights.
“Se você pode pontuar objetivamente as companhias por critérios significativos e esses pontos puderem ser usados para influenciar forças de mercado, será possível desviar capital de firmas ineficientes e irresponsáveis para as mais produtivas e responsáveis”, acrescentou ainda Toby Heaps, presidente da Corporate Knights.
O primeiro lugar geral na lista ficou com a dinamarquesa Novo Nordisk, companhia de medicamentos que é líder mundial no tratamento de diabetes. Segundo o documento, o que levou a Novo Nordisk para o topo da lista foi a combinação entre a filosofia empresarial, o estímulo para reduzir a pegada de carbono e a venda de remédios com desconto para países pobres.
“O principal fundamento da Novo Nordisk é a linha tripla, porque é isso que está protegendo nossa licença para operar. Isso obriga todos na companhia não apenas a ver que nos tornamos um bom negócio – essa é a linha financeira – mas que fizemos isso de uma forma que é social e ambientalmente responsável”, comentou Lars Rebien Sorensen, presidente e CEO da firma.
A brasileira Natura foi a segunda colocada. Mas a empresa de cosméticos não foi a única do país a figurar na lista. O 61º lugar ficou com o banco Bradesco, e o 81º, com a Petrobras.
“Dentro de seu grupo industrial, a Natura se tornou a melhor em produtividade de energia, comparada ao ano anterior, quando era apenas a terceira melhor entre seu grupo industrial. Ela também se tornou a segunda melhor em produtividade de resíduos na avaliação deste ano, e estava entre as principais em 2011”, explicou Morrow.
Em relação aos países que mais apresentam firmas sustentáveis, o Reino Unido ficou em primeiro lugar, com 16 companhias. Em seguida, vieram o Japão, com 11 empresas, a França e os Estados Unidos, com oito cada um, e a Austrália, com sete. Entre as nações emergentes, o Brasil teve três firmas incluídas na lista, a Índia, a África do Sul e a Coreia do Sul, uma empresa cada , e a China, nenhuma.
Para Heaps, além dos investimentos maiores e em maior quantidade, a sustentabilidade nos países industrializados também é estimulada por regulamentações e pela maior transparência política e econômica dessas nações.
“A companhias europeias têm a melhor transparência globalmente, e as do Reino Unido mantiveram alguma distância da queda do euro que tem atormentado o continente, então os números de produtividade delas se mantiveram melhor do que os das empresas similares do continente.”
Apesar disso, o relatório indica que nos países emergentes, bem como no mundo todo, a sustentabilidade empresarial também está se desenvolvendo. “É possível que as companhias de alguns países estejam superando outras, mas a comunidade corporativa como um todo está fazendo mais do que há cinco anos. Os níveis de desempenho estão aumentando globalmente”, declarou Aron Cramer, CEO da BSR.
Nesse contexto, o documento alerta ainda que o papel das 100 empresas do ranking é importante, pois estimula o mesmo comportamento por outras companhias. “Em um ano em que Wall Street foi ocupada e o capitalismo se tornou uma palavra ruim, as 100 companhias globais servem como embaixadoras para um tipo de capitalismo melhor e mais limpo, que acaba por ser mais rentável”, concluiu Heaps.
Fonte: Instituto Carbono Brasil
Relatório da Corporate Knights coloca dinamarquesa Novo Nordisk em primeiro lugar e brasileira Natura fica na segunda colocação; Reino Unido aparece como nação com maior número de empresas sustentáveis no ranking, com 16

Instalação de painéis fotovoltaicos dispara na Ásia

A região da Ásia-Pacífico registrou um aumento de 165% nas instalações de painéis fotovoltaicos em 2011, chegando a marca de 6GW. A China foi o principal motor do crescimento, sendo responsável por 48% do total instalado no ano, de acordo com os números levantados pela Solarbuzz, uma consultoria especializada no mercado solar.
A China apresenta o incrível número de 500% de crescimento na sua capacidade fotovoltaica instalada em 2011 com relação a 2010, totalizando 2,9GW. O país deve ultrapassar a Alemanha em 2012 como o líder mundial em novos projetos solares.
O Japão aparece em segundo lugar na região da Ásia-Pacífico, com um aumento de 30% nas instalações em 2011 e um total de 1,2GW. A tendência é uma aceleração ainda maior para os próximos anos, visto que a geração nuclear está perdendo cada vez mais espaço devido ao vazamento da usina de Fukushima.
A Índia vem surpreendendo graças à Missão Nacional Solar, programa que pretende alcançar os 20GW em geração solar até 2020. O crescimento no último trimestre do setor foi de 125% e espera-se que 1GW seja conectado à rede em 2012.
O único país que registrou redução na instalação solar foi a Austrália, com uma queda de 10%. A causa para a diminuição dos investimentos teria sido a eliminação de políticas de incentivo governamentais. Para 2012, a redução deve ser de 30% na instalação.
A Solarbuzz acredita que a região da Ásia-Pacífico apresentará um crescimento de 40% na instalação de painéis fotovoltaicos em 2012.
Fonte: Instituto Carbono Brasil

Empresa desenvolve pipa que gera energia

Um projeto desenvolvido pela empresa Makani Power promete gerar energia limpa a partir de uma espécie de pipa. A Airborne Wind Turbines (AWT) é uma turbina eólica com asas rígidas que voa em trajetória circular a até 600 metros de altura, além de gerar energia com o vento.
Com velocidades de até 240 km/h, a turbina é navegada por controladores e toda a energia produzida é enviada para o solo através de um fio condutor. De acordo com a fabricante, a AWT funciona com o mesmo princípio das turbinas eólicas: o vento move as lâminas da turbina, que são conectadas a um gerador que produz energia.
A vantagem do sistema é a ausência de materiais, como mastro, hub e nacelle, o que, de acordo com a Makani, o torna mais eficiente. “A AWT pode atingir os ventos mais fortes e consistentes em altitudes mais elevadas, permitindo a implantação em 85% dos Estados Unidos, um aumento de cinco vezes em relação às turbinas convencionais”, afirmam.
Eles ainda prometem uma tecnologia 90% mais leve do que as atuais turbinas eólicas, mais barata para construir e instalar e com maior desempenho em ventos fracos. O projeto ainda está em fase de testes e deverá chegar ao mercado em 2015.
Publicado originalmente no EcoD
Fonte: Instituto Carbono Brasil

Necessidade de lucros em curto prazo desestimulam sustentabilidade em empresas

ma pesquisa patrocinada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) entrevistou 642 executivos, ambientalistas e acadêmicos e descobriu que 88% deles culpam a pressão por resultados financeiros imediatos como a maior barreira para os esforços de sustentabilidade das empresas.
A falta de regulamentações apropriadas e o desconhecimento dos potenciais benefícios de práticas verdes também foram apontadas como obstáculos por 75% dos entrevistados. Já a pequena demanda dos consumidores por produtos e serviços de baixo carbono é vista como um problema por 56%.
“Esta pesquisa mostra que os governos devem fazer sua parte, buscando criar padrões e políticas para promover o uso sustentável dos recursos naturais. A Rio +20 em junho será uma boa oportunidade para isso”, afirmou Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA.
Os resultados da pesquisa serão apresentados em um relatório do PNUMA sobre a economia verde que deve ser publicado ainda em 2012.
(Instituto CarbonoBrasil)
Necessidade de lucros em curto prazo desestimulam sustentabilidade em empresas
Necessidade de lucros em curto prazo desestimulam sustentabilidade em empresas
 

Até 50 mil pessoas podem exercer atividades em condições análogas à escravidão

O coordenador da Campanha Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, vinculado ao Ministério Público do Trabalho, frei Xavier Plassat, estima que, no país, haja de 20 a 50 mil pessoas exercendo atividades em condições análogas à escravidão.
“Na verdade, libertar escravos não basta para acabar com o problema, mas o Brasil está mostrando uma boa capacidade em atacar a questão, por meio de um grupo móvel de fiscalização bem eficiente. Mas [infelizmente, o governo] não consegue apurar todas as denúncias porque o território é muito grande”, disse Xavier durante debate no programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, na última sexta-feira (27), véspera do Dia de Combate ao Trabalho Escravo.
Xavier acrescentou ainda que entre as agravantes do problema estão a pobreza e a miséria. No Brasil, muitas famílias vivem nessa situação, lembrou o frei. Sem condições ideais de trabalho, as pessoas se submetem à exploração.
“[Essas pessoas] tiveram apenas os direitos básicos assegurados. Na hora de pegar um serviço, pegam qualquer um. Para essas pessoas isso é melhor que nada. [Mas] acabam sendo levadas para uma situação de impunidade, ganância e miséria. Temos aí um conjunto que precisa ser atacado, se não a gente não resolve o problema”, disse Xavier.
O coordenador nacional da Frente Parlamentar Mista de Erradicação do Trabalho Escravo, o deputado Domingos Dutra (PT- MA), defendeu a aprovação imediata da Proposta de Emenda Constitucional 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, determinando que a área onde for flagrado trabalho escravo seja desapropriada para fins de reforma agrária.
A proposta está arquivada na Câmara, mas o debate pode ser retomado. “Eu acho essa medida muito importante. A nossa luta este ano é desfazer esse gancho infeliz que assegura a emenda [referindo-se ao arquivamento da proposta] e levar para o plenário da Câmara”, disse o parlamentar.
Para Jonas Moreno, procurador do Trabalho, é necessário que o Parlamento se mobilize e tenha interesse redobrado no combate ao trabalho escravo para reduzir as denúncias no país. Paralelamente, ele recomenda que o governo também amplie os quadros de funcionários, principalmente o de fiscais.
“O governo precisa lançar concursos. O quadro de funcionários está defasado, da parte do MP [Ministério Público] está razoavelmente estruturado com várias procuradorias implantadas em território brasileiro. Nós recebemos muitas reclamações por parte do sindicato dos auditores sobre o quadro defasado de fiscal e também porque muitos auditores aposentaram”, disse Moreno.
(Agência Brasil)
Até 50 mil pessoas podem exercer atividades em condições análogas à escravidão
Até 50 mil pessoas podem exercer atividades em condições análogas à escravidão

Fórum Social Temático termina em Porto Alegre com propostas alternativas à Rio+20

e olho na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorre em junho, no Rio de Janeiro, o Fórum Social Temático (FST) terminou no sábado último (29) em Porto Alegre com uma agenda de propostas alternativas à negociação formal que será conduzida pelos governos na conferência.
Com o tema Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental, o FST foi a primeira etapa da Cúpula dos Povos, reunião que deverá acontecer paralelamente à Rio+20, como contraponto às negociações formais, em um espaço de manifestação da sociedade civil organizada.
A principal crítica levantada durante os debates do FST foi, justamente, em relação ao conceito de economia verde, tema central da conferência. As organizações argumentam que o modelo vai apenas repetir a lógica do capitalismo, com a “mercantilização da natureza” e a manutenção das desigualdades. O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, chegou a dizer que a Rio+20 será apenas “um teatro governamental”.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que aproveitou o FST para tentar articular as posições do governo com as da sociedade civil para a Rio+20, rebateu as críticas e disse que confia na força da sociedade civil brasileira e mundial para que o evento no Rio tenha êxito.
A Rio+20 também foi lembrada no discurso da presidenta Dilma Rousseff, que esteve no FST na quinta-feira (26) para um diálogo com representantes da sociedade civil. Dilma defendeu a criação de metas de desenvolvimento sustentável na conferência e articulação direta entre medidas ambientais e de combate à pobreza.
Apesar de bem-recebida pelos movimentos sociais na primeira participação dela em um evento do Fórum Social Mundial como chefe de Estado, Dilma não escapou das críticas. Ativistas cobraram propostas alternativas à economia verde e de mais diálogo da presidenta com os movimentos sociais.
As questões ambientais e a Rio+20 dividiram espaço com debates de temas tradicionais do Fórum Social Mundial, como a crítica ao neoliberalismo, a defesa de causas sindicais e o fortalecimento da educação. O direito à memória foi tema de um dos eventos mais concorridos da semana, em que o sociólogo e jornalista Ignacio Ramonet defendeu a instalação de comissões da verdade e o direito coletivo de acesso a memórias de ditaduras para que as violações de direitos humanos nesse períodos não sejam esquecidos nem repetidos.
No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, o tema também virou assunto no FST, com um evento que lembrou os oito anos do assassinato de três fiscais do trabalho, no episódio conhecido como Chacina de Unaí. Procuradores cobraram respostas do Poder Judiciário, que ainda não levou a julgamento os nove indiciados pelos crimes, entre eles, o prefeito da cidade mineira de Unaí, Antério Mânica, e o irmão dele, Norberto Mãnica, acusados de serem os mandantes.
A ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse que a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 438/2001, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, será a prioridade legislativa da secretaria este ano.
Além do FST, em Porto Alegre, mais 25 eventos devem compor a agenda do Fórum Social Mundial em 2012, entre eles o Fórum Social Palestina Livre, marcado para o fim de novembro, também na capital gaúcha.
(Agência Brasil)
Fórum Social Temático termina em Porto Alegre com propostas alternativas à Rio+20
Fórum Social Temático termina em Porto Alegre com propostas alternativas à Rio+20

28/01/2012

Amazônia maranhense requer atenção para continuar existindo

Amazônia maranhense é dona de rica biodiversidade, ocupa 26% do bioma amazônico, encontra-se em 62 municípios do Maranhão e representa, em termos de bioma, 34% do território do Estado. No entanto, ela corre o sério risco de desaparecer. Há anos vem sofrendo com desmatamentos, retirada ilegal de madeira, mineração, produção de carvão, caça excessiva e criação de gado. Além disso, recebe pouca atenção do poder público estadual e federal e sua importância é ignorada por grande parte dos maranhenses.
Localizada em uma área de transição entre o Nordeste e a região amazônica, em seus 81.208,40 km² já foram encontrados 109 espécies de peixes, 124 de mamíferos e 503 de aves. É lar do gavião real e de espécies ameaçadas como os primatas Cairara Ka’apor (Cebus kaapori) e Cuxiú-preto (Chiropotes satanas). Possui, em média, 570 árvores por hectare de pelo menos 100 espécies. De acordo com o estudo “Amazônia Maranhense: diversidade e conservação” lançado em 2011 como resultado de uma parceria entre o Programa de Pesquisa em Biodiversidade Amazônia Oriental (PPBio), Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Meio Ambiente (MMA), trata-se de “uma das porções mais expressivas em termos de riqueza de espécies e endemismos”.
O tamanho da Amazônia brasileira
Na contramão da importância de sua biodiversidade, o Maranhão encontra-se entre os Estados que mais desmataram a floresta. Conforme informações do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), até 2010 71,05% do Estado havia sido desmatado. De 1984 a 2000 a taxa de desmatamento da área de floresta ombrófila na região teve média de 1,62% ao ano. Hoje, resta à Amazônia maranhense menos de 25% de sua vegetação original.
Para agravar ainda mais a situação, entre todos os Estados da Amazônia Legal o Maranhão é o que possui o menor grau de ocupação do espaço com áreas protegidas. Diante deste cenário, as Terras Indígenas Alto Turiaçú (530.525ha), Awá (118.000ha) e Carú (172.667ha), bem como a Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi (278.000 ha) estão conectadas entre si e juntas representam, conforme o estudo que conta com a participação do Museu Goeldi, “o melhor e mais homogêneo espaço do bioma amazônico no Maranhão”. Em outras palavras, mesmo que sofram com pressões em diversas frentes, é nesta região que reside, também, a esperança de conservar o que ainda resta de Amazônia maranhense.
Ciência e “pré-Amazônia”
De acordo com Marlúcia Bonifácio Martins, do Goeldi, “no Maranhão não existe a cultura de integração entre instituições de pesquisa”. “Além disso, não temos recursos suficientes para a produção científica. Precisamos de uma política que leve em consideração a importância dos recursos naturais”, complementa Francisca Helena Muniz, professora da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA).
Quanto menor a quantidade de informações sobre a Amazônia maranhense, mais difícil fica argumentar em prol de sua conservação. No ano passado o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou o documento “Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal 2003”. Em se tratando deste estudo, uma reportagem do jornal O Globo publicada em dezembro de 2011 afirma que “o Maranhão foi o último Estado a ter seus dados detalhados”. A pesquisa científica da região, em termos gerais, é mais voltada às áreas de Cerrado do que às de Amazônia. Não à toa, pouco se sabe sobre o estado de conservação da maioria dos anfíbios e répteis da porção amazônica.
A falta de importância dada a esta região é histórica e começa na década de 80, quando a área de floresta no Maranhão começou a ser chamada de “pré-Amazônia”. “Este termo foi criado para passar a ideia de algo que tenha vindo antes da Amazônia com o objetivo de ‘legalizar’ o desmatamento da floresta como se ela não fosse floresta. Foi tão difundido que hoje é utilizado por pesquisadores mesmo que não tenha nenhum cunho científico”, explica Francisca. “A sociedade maranhense não está ciente de que no Maranhão existe floresta amazônica. O termo ‘pré-Amazônia´ é utilizado em livros escolares e induz a uma diferenciação que não existe”, complementa Marlúcia.
Pesquisadores que atuaram na publicação do Goeldi acreditam que a criação deste termo tenha sido uma tentativa de se esquivar do limite de 80% das propriedades rurais amazônicas a serem mantidas como Reserva Legal, enquanto que para áreas de Cerrado este limite cai para 50%. Outra tentativa de aumentar o desmatamento da floresta no Maranhão veio em 2009, quando ruralistas se uniram em uma campanha para a retirada do Estado da Amazônia Legal.
Conservação
Eloísa Neves Mendonça, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), explica que o órgão tem “buscado aproximação com instituições para a conscientização de ONGs, sociedade civil, associações produtivas, assentamentos e produtores rurais para ações de conscientização à respeito da importância da região”. O primeiro passo é a realização de palestras. O segundo caminhará para programas de educação ambiental. O ICMbio espera, com isso, diminuir ações predatórias dentro da Rebio, considerada a porção mais importante de floresta amazônica remanescente no Maranhão e cuja área já teria sido pelo menos 25% desmatada.
A ação é mais do que necessária. Afirma o estudo do Goeldi, acertadamente: “mesmo com todas as dificuldades, a percepção da sociedade maranhense, brasileira e internacional sobre os problemas ambientais que ameaçam a Amazônia e a importância de sua conservação certamente poderão salvar a última fronteira amazônica do Maranhão”. Quanto mais informação for gerada e difundida a respeito da região, maiores as chances de sua conservação.
Fonte: O Eco
Esta imagem é parte da publicação "Amazônia Maranhense: diversidade e conservação". Bioma no Maranhão recebe pouca atenção do poder público, da ciência e da população maranhense. Crédito: Divulgação/Goeldi
Esta imagem é parte da publicação "Amazônia Maranhense: diversidade e conservação". Bioma no Maranhão recebe pouca atenção do poder público, da ciência e da população maranhense. Crédito: Divulgação/Goeldi

Ambientalistas apresentam propostas para cidades mais sustentáveis

m meio a discussão por soluções globais de enfrentamento dos problemas ambientais, de olho na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, ambientalistas defenderam ontem (25) durante o Fórum Social Temático 2012 (FST) um olhar local sobre os desafios da sustentabilidade, colocando as cidades no centro da debate.
“Não podemos ver as cidades como um mero amontoado de problemas. São também um espaço facilitador para a resolução desses problemas”, disse a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva. Em sessão concorrida, que lotou o auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Marina estava ao lado de velhos conhecidos da esquerda brasileira, entre eles os teólogos Leonardo Boff e Frei Betto e o ativista e pai do Fórum Social Mundial, Oded Grajew.
O socioambientalista e ex-consultor do Ministério do Meio Ambiente Tasso Azevedo disse que se as cidades concentram problemas, elas também agrupam soluções. “Não é mais tempo de pensar nos grandes objetivos, a gente deve pensar em nível mais local. O que falta hoje é definir em que lugar queremos chegar como coletivo”, disse
Durante o debate, o programa Cidades Sustentáveis, ligado a organizações como o Movimento Nossa São Paulo e o Instituto Ethos, lançou uma plataforma com sugestões em níveis internacional, nacional e local para melhorar a qualidade de vida nas cidades e incluir o centros urbanos na busca de soluções para problemas ambientais globais.
Entre as propostas apresentadas pelo grupo, estão políticas de financiamento para os Poderes locais para investimentos em projetos de sustentabilidade, o fortalecimento da representatividade de autoridades locais nas instâncias multilaterais e a criação de sistemas internacionais de intercâmbio, para que as cidades possam trocar experiências sobre iniciativas sustentáveis.
Medidas locais, como o incentivo do uso de bicicletas como meio de transporte, a ampliação do acesso água potável e o estabelecimentos de metas de gestão também estão entre as propostas que serão apresentadas a governos. Além de serem levadas a governos, as iniciativas farão parte de uma agenda de compromissos que será apresentada a candidatos nas próximas eleições municipais.
A campanha “Eu voto sustentável” sugere que eleitores cobrem dos candidatos a adoção de compromissos para cidades mais sustentáveis. “Desde já precisamos estar alertas ao processo eleitoral. Façam uma pauta de compromissos dos candidatos e perguntem se eles se comprometem com os pontos da pauta. Vamos exigir compromissos por escrito”, disse o teólogo Frei Betto.
(Agência Brasil)
Ambientalistas apresentam propostas para cidades mais sustentáveis
Ambientalistas apresentam propostas para cidades mais sustentáveis

Saúde que cabe no bolso


O que você faz com a casca de inhame, melancia, banana? Na maioria das vezes essas e outras partes dos alimentos não são aproveitadas e vão diretamente para o lixo. Na inventiva cozinha do projeto Favela Orgânica todas as cascas, talos, folhas entre outras partes que compõem as verduras, legumes e frutas são aproveitadas de forma integral. A ideia surgiu em março de 2011 quando Regina Tchelly, coordenadora e idealizadora do Favela Orgânica, começou a participar de um projeto que tinha acabado de chegar na Babilônia/Chapéu Mangueira, a Agência de Redes para Juventude, coordenado por Marcus Faustini e patrocinado pela Petrobrás, que atua em seis comunidade com UPP.
Regina é cozinheira e moradora do Morro da Babilônia, no Leme, há oito anos. Sua motivação para esse projeto surgiu a partir do desperdício que via nas casas em que trabalhava. “Sempre quis ser uma cozinheira diferente. Meu desejo, desde sempre, foi de compartilhar e trocar informações e receitas criativas e, que esse conhecimento não ficasse apenas em uma casa, ou em um restaurante, mas que essa troca de experiência circulasse entre as pessoas que se interessam por culinária”, contou Tchelly, que adora inventar novas receitas, como o yakisoba de casca de melancia, croquetes de casca de inhame e torta de talo de taioba.
O Favela Orgânica trabalha com o ciclo do alimento, aproveitando-os integralmente. Aquilo que é normalmente jogado fora aqui é aproveitado. As sobras viram compostos que vão para o adubo e do adubo volta para o alimento. Uma forma sustentável e econômica de manter uma boa alimentação. O projeto oferece gratuitamente oficinas na comunidade e tem como seu público-alvo as mulheres e mães da comunidade. Divido em três frentes: gastronomia; permacultura; consumo e desperdício; o Favela Orgânica vem contribuindo e modificando a realidade alimentar das famílias da Babilônia/Chapéu Mangueira.
Desde setembro de 2011 todas as terças e quintas a partir das 19h as aulas ministradas por Regina acontecem na Associação de Moradores, na Escolinha da tia Percilha, na Babilônia. Shirley de Almeida faz a oficina de gastronomia e acredita que com essa experiência tem se alimentado muito melhor. “Minha vida está mais saudável, minha filha Nayara tem se alimentado melhor. A gente aproveita mais o alimento desperdiçando menos”. Outra ação do projeto é a horta que será construída na praça onde fica a Associação de Moradores e na creche Babylônia. O blog com as receitas também está em processo de finalização.
Os benefícios da boa alimentação
A maior parte dos fatores de risco de morte e adoecimento tem relação com a alimentação. O baixo consumo de frutas, verduras e legumes estão associados a várias doenças como câncer, doenças cardiovasculares e obesidade. Fora a boa alimentação, o tabagismo e o sedentarismo, que está muitas vezes ligado a uma alimentação não adequada, estão associados a fatores de risco.
Fazer uso de temperos naturais, comidas leves e menos produtos industrializados melhora essa relação de risco. A nutricionista Jorginete Damião do Instituto de Nutrição Annes Dias alerta para os benefícios de uma boa alimentação. “Uma alimentação saudável além de prevenir doenças ajuda a melhorar a expectativa de vida. Se a gente investir na promoção da alimentação saudável a gente pode esta revertendo esse quadro de doenças crônicas da população como diabetes, hipertensão”, pontua a nutricionista.
Em geral a gente tem uma cultura de desperdício muito grande que pode chegar a 30%. Ou seja, 30% do que compramos é facilmente jogado fora. Quando o Favela Orgânica propõem usar as cascas, talos e folhas na alimentação, o projeto acaba ganhando uma dimensão econômica. “Por isso não é que as cascas são mais nutritivas, às vezes as cascas têm nutrientes diferentes, mais fibras, ou nutrientes tão bons quanto os dos alimentos. A questão é que por hábito a gente acaba jogando fora e não aproveitando esses nutrientes. A lógica é aproveitar o alimento como um todo” conclui Jorginete Damião, que acredita que para a economia doméstica esses 30% desperdiçados faz a diferença não apenas no bolso, mas também na alimentação saudável.
*silvana@observatoriodefavelas.org.br
(Observatório de Favelas)
Equipe do Favela Orgânica: novas receitas, novos sabores.
Equipe do Favela Orgânica: novas receitas, novos sabores.

Site reúne banco de dados com indicadores sociais e educacionais brasileiros

Está disponível na internet o site Brasil Hoje. A plataforma reúne indicadores sociais e educacionais brasileiros de diversos institutos de pesquisas nacionais. O mecanismo permite comparar os dados de várias cidades por meio de séries históricas, monitorar a evolução de diferentes indicadores, além de possibilitar que o usuário crie relatórios sobre o que pesquisou.
A proposta do site, fruto da parceria entre Fundação Itaú Social, UNICEF e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação,Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), é subsidiar o processo de gestão de políticas públicas.
*Publicado originalmente na Fundação Itaú Social
(Andi)
Site reúne banco de dados com indicadores sociais e educacionais brasileiros
Site reúne banco de dados com indicadores sociais e educacionais brasileiros

27/01/2012

Vendas fracas do óleo diesel menos poluente preocupam o setor

Às vésperas de completar o primeiro mês de obrigatoriedade de oferta do óleo diesel S50, com menor teor de enxofre em sua composição (no caso, 50 partes por milhão), a demanda, ainda tímida, pelo produto, principalmente entre veículos pesados, preocupa o setor. A medida faz parte do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), criado em 2009.
Entre as razões elencadas para a baixa procura pelo novo diesel, a mais citada é o prazo dado aos fabricantes de veículos pesados para entregar, até março, os veículos vendidos e faturados em 2011, cujos motores podem funcionar com qualquer dos três tipos de óleo diesel a disposição no país. Como o diesel S50 é o tipo mais caro – custa, em média, R$ 0,10 a mais do que os tipos S500 e S1800 – ainda não consegue estimular a adesão dos consumidores, mesmo sendo menos poluente.
O S50 só é obrigatório para motores pesados fabricados a partir deste ano. A nova frota menos poluente, estimada em quase 170 mil novos veículos pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), só deve começar a rodar no segundo trimestre do ano.
Para a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a maior preocupação é com os quase 3 mil postos revendedores, selecionados pelo órgão regulador para oferecer o diesel S50. Esses postos já compraram o novo combustível, mas o diesel só pode ficar estocado de 30 a 60 dias, dependendo das condições de limpeza e filtragem dos tanques.
“Demanda baixa implica giro baixo do produto e o produto não pode passar do prazo de comercialização, [pois corre o risco de] se deteriorar. A ANP vai monitorar para que a qualidade não se deteriore, mas isso é uma ação dos revendedores. O mercado de preço é livre, mas não podemos permitir que um combustível de má qualidade seja comercializado”, explicou Dirceu Amorelli, superintendente de Abastecimento da ANP.
Amorelli adiantou que vai reunir balanços da rede revendedora e tentar obter informações sobre venda de veículos pesados, mesmo que a agência se comprometa a guardar sigilo desses dados. “Preciso saber como está a saída de veículos pesados para calibrar a resolução e a questão logística do [diesel] S50. Se a gente verificar que o novo veiculo pesado só vai começar a rodar a partir de dezembro, vamos ter que pensar em outro tipo de medida”, explicou.
Para o superintendente da área, o cenário ainda não permite uma avaliação sobre o andamento do programa, mas a baixa demanda, por um lado, está possibilitando pequenos ajustes na inserção do diesel S50. Uma das mudanças é a atualização de informações sobre postos revendedores que pode resultar na eliminação de alguns empreendimentos e, para garantir a cobertura nacional do produto, possíveis inclusões de novos postos de abastecimento.
Se, por um lado, o setor aguarda a chegada da nova frota de veículos pesados, por outro, a ANP garante que, entre veículos leves movidos a diesel, como utilitários esportivos e camionetes, está aumentando o consumo do S50. “Os SUVs [veículos utilitários esportivos, na sigla em ingês] têm demanda crescente do S50. E, nas frotas cativas, nos grandes centros, o diesel já está presente. Isso já é um volume significativo, em torno de 6% [do volume total de diesel vendido no país]. A expectativa é que, até o fim do ano, o volume de demanda do S50 dobre e represente 12% do mercado e, no futuro, seja 100%”, projetou Amorelli.
Dirceu Amorelli, que mantém reuniões com representantes da rede revendedora para orientar e esclarecer dúvidas sobre a implementação do plano de uso do S50, garante que as resistências iniciais do setor, que temia os custos de adaptação para ofertar o novo combustível, foram superadas quando a medida passou a valer.
“Alguns revendedores ficaram com alguns tipos de dúvidas. A gente tem que ver um pouco o lado do revendedor, que tem uma margem apertada”, avaliou o superintendente da ANP, reconhecendo que a mudança resultou em elevação de custos para toda a cadeia. “Tanto os polos produtores quanto as bases e revendas tiveram que fazer algum tipo de investimento para receber o S50, que é um diesel mais delicado. Mas, é um custo ambiental que, hoje, todas as empresas estão tendo que assumir.”
Os investimentos feitos para adequação ao diesel S50 servirão com base para a implementação da próxima etapa do plano, que prevê a entrada do óleo diesel S10, com teor ainda menor de enxofre, a partir de 2013. “Quando começamos o plano de abastecimento, estavam previstas a obrigatoriedade do S50, em 2012, e do S10, em 2013. Existe a previsão de investimentos em toda a rede, do polo produtor até o revendedor. No caso do revendedor, a mudança não seria significativa. Estamos acompanhando, nas bases distribuidoras e nos polos produtores, as mudanças necessárias que são mais rigorosas no caso do S10, mas a base dos investimentos já foram feitas no S50”, disse Amorelli.
Fonte: Agência Brasil

Saúde que cabe no bolso


O que você faz com a casca de inhame, melancia, banana? Na maioria das vezes essas e outras partes dos alimentos não são aproveitadas e vão diretamente para o lixo. Na inventiva cozinha do projeto Favela Orgânica todas as cascas, talos, folhas entre outras partes que compõem as verduras, legumes e frutas são aproveitadas de forma integral. A ideia surgiu em março de 2011 quando Regina Tchelly, coordenadora e idealizadora do Favela Orgânica, começou a participar de um projeto que tinha acabado de chegar na Babilônia/Chapéu Mangueira, a Agência de Redes para Juventude, coordenado por Marcus Faustini e patrocinado pela Petrobrás, que atua em seis comunidade com UPP.
Regina é cozinheira e moradora do Morro da Babilônia, no Leme, há oito anos. Sua motivação para esse projeto surgiu a partir do desperdício que via nas casas em que trabalhava. “Sempre quis ser uma cozinheira diferente. Meu desejo, desde sempre, foi de compartilhar e trocar informações e receitas criativas e, que esse conhecimento não ficasse apenas em uma casa, ou em um restaurante, mas que essa troca de experiência circulasse entre as pessoas que se interessam por culinária”, contou Tchelly, que adora inventar novas receitas, como o yakisoba de casca de melancia, croquetes de casca de inhame e torta de talo de taioba.
O Favela Orgânica trabalha com o ciclo do alimento, aproveitando-os integralmente. Aquilo que é normalmente jogado fora aqui é aproveitado. As sobras viram compostos que vão para o adubo e do adubo volta para o alimento. Uma forma sustentável e econômica de manter uma boa alimentação. O projeto oferece gratuitamente oficinas na comunidade e tem como seu público-alvo as mulheres e mães da comunidade. Divido em três frentes: gastronomia; permacultura; consumo e desperdício; o Favela Orgânica vem contribuindo e modificando a realidade alimentar das famílias da Babilônia/Chapéu Mangueira.
Desde setembro de 2011 todas as terças e quintas a partir das 19h as aulas ministradas por Regina acontecem na Associação de Moradores, na Escolinha da tia Percilha, na Babilônia. Shirley de Almeida faz a oficina de gastronomia e acredita que com essa experiência tem se alimentado muito melhor. “Minha vida está mais saudável, minha filha Nayara tem se alimentado melhor. A gente aproveita mais o alimento desperdiçando menos”. Outra ação do projeto é a horta que será construída na praça onde fica a Associação de Moradores e na creche Babylônia. O blog com as receitas também está em processo de finalização.
Os benefícios da boa alimentação
A maior parte dos fatores de risco de morte e adoecimento tem relação com a alimentação. O baixo consumo de frutas, verduras e legumes estão associados a várias doenças como câncer, doenças cardiovasculares e obesidade. Fora a boa alimentação, o tabagismo e o sedentarismo, que está muitas vezes ligado a uma alimentação não adequada, estão associados a fatores de risco.
Fazer uso de temperos naturais, comidas leves e menos produtos industrializados melhora essa relação de risco. A nutricionista Jorginete Damião do Instituto de Nutrição Annes Dias alerta para os benefícios de uma boa alimentação. “Uma alimentação saudável além de prevenir doenças ajuda a melhorar a expectativa de vida. Se a gente investir na promoção da alimentação saudável a gente pode esta revertendo esse quadro de doenças crônicas da população como diabetes, hipertensão”, pontua a nutricionista.
Em geral a gente tem uma cultura de desperdício muito grande que pode chegar a 30%. Ou seja, 30% do que compramos é facilmente jogado fora. Quando o Favela Orgânica propõem usar as cascas, talos e folhas na alimentação, o projeto acaba ganhando uma dimensão econômica. “Por isso não é que as cascas são mais nutritivas, às vezes as cascas têm nutrientes diferentes, mais fibras, ou nutrientes tão bons quanto os dos alimentos. A questão é que por hábito a gente acaba jogando fora e não aproveitando esses nutrientes. A lógica é aproveitar o alimento como um todo” conclui Jorginete Damião, que acredita que para a economia doméstica esses 30% desperdiçados faz a diferença não apenas no bolso, mas também na alimentação saudável.
*silvana@observatoriodefavelas.org.br
(Observatório de Favelas)
Equipe do Favela Orgânica: novas receitas, novos sabores.
Equipe do Favela Orgânica: novas receitas, novos sabores.

Menor radiação solar não vai atrasar aquecimento global, diz estudo

Atividades solares mais fracas nos próximos 90 anos não devem ter impactos significativos no atraso do aumento da temperatura global causada por gases do efeito estufa, segundo um relatório divulgado na segunda-feira (23).
O estudo, realizado pelo Escritório Meteorológico da Grã-Bretanha e pela Universidade de Reading, descobriu que a radiação solar vai cair até 2100, mas isso iria apenas produzir uma queda de 0,08 º C na temperatura global.
Cientistas têm alertado que condições climáticas mais extremas devem ocorrer com mais freqüência em todo o planeta conforme o clima da Terra aumenta.
As estimativas são de que o mundo deve aquecer mais de 2 º C esse século devido ao crescimento das emissões de gases do efeito estufa.
Os compromissos globais existentes atualmente para cortar o dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa são vistos como insuficientes para impedir o aquecimento do planeta além de 2º C, um limiar que deve provocar um clima instável com freqüentes condições meteorológicas extremas, segundo cientistas.
“Essa pesquisa mostra que as mudanças mais prováveis na atividade solar não terão um grande impacto nas temperaturas globais, nem farão muito para reduzir o aquecimento provocado por gases estufa que nós esperamos”, disse Gareth Jones, cientista que detecta mudanças climáticas no Escritório Meteorológico.
“É importante notar que este estudo está baseado em um modelo climático único, em vez de modelos múltiplos que pudessem captar mais incertezas do sistema climático”, ele adicionou.
Durante o século 20, a atividade solar aumentou para um nível máximo. Estudos recentes sugerem que esse nível já atingiu um fim ou está se aproximando dele.
Os pesquisadores usaram esse nível máximo como ponto de partida para projetar possíveis mudanças na atividade solar ao longo deste século.
O estudo também mostrou que, se a radiação solar cair além do patamar atingido entre 1645 e 1715 – chamado de mínimo de Maunder, quando a atividade solar atingiu valor o mínimo já observado – a temperatura global cairia 0,13 º C.
“O cenário mais provável é que vamos ver uma redução geral da atividade solar, em comparação com o século 20, que faça com que a radiação caia para os valores do mínimo Dalton (atingido em cerca de 1820)”, disse Mike Lockwood, especialista em estudos de energia solar na Universidade de Reading.
“A probabilidade da atividade cair aos níveis do Mínimo de Maunder – ou mesmo voltar para a alta atividade verificada no século 20 – é de cerca de 8%”.
Fonte: G1 Natureza

Biólogos vão rastrear caça ilegal do boto-vermelho na Amazônia

Pescadores matam exemplares da espécie e utilizam carne como isca.
Um levantamento que será realizado ao longo de 2012 por biólogos nas cidades de Manacapuru e Beruri, ambas no Amazonas, vai detectar os efeitos da pesca da piracatinga (Calophysus macropterus), peixe também conhecido como douradinha, sobre a população dos botos-vermelhos (Inia geoffrensis), também conhecidos como botos-cor-de-rosa.
Um rastreamento em frigoríficos e entrevistas com pescadores serão realizados por especialistas ligados à Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e ao Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), para descobrir as práticas de pesca da douradinha, um peixe que consome carne apodrecida e é atraído por armadilhas onde a isca é a carne de boto.
A prática, difundida no interior do estado, também ocorre em zonas próximas a Manaus, capital do Amazonas. Segundo Sannie Brum, bióloga e pesquisadora da Ampa, frigoríficos têm financiado a pesca na região e causando o aumento da mortalidade de botos.
“São montados ‘currais’ para depósito da carga de piracatinga. Como eles (os pescadores) não querem gastar dinheiro com iscas, caçam os botos. Queremos entender este mercado, quanto custa o quilo do pescado, para quem é vendido e vamos tentar encontrar alternativas para evitar a caça do boto na captura da douradinha”, afirma Sannie.
Caça predatória
De acordo com um estudo divulgado em 2011, em dez anos a população de botos da Amazônia reduziu pela metade. O levantamento, feito por amostragem na região de Tefé, apontou que morre por ano uma quantidade de animais sete vezes maior que o limite permitido.
Outro dado importante aponta que cada boto-vermelho, que chega a medir 2,5 metros e pesar 180 kg, pode render ao menos uma tonelada de piracatinga. Na região de Tefé, estima-se a pesca de 400 toneladas do pescado ao ano, sendo que grande parte da carga é enviada para a Colômbia.
“Já na região de Manacapuru e Beruri, os peixes vão para o comércio local e também são enviados para São Paulo e para o Nordeste”, disse a pesquisadora.
Com custo de R$ 30 mil, financiados pela Fundação Boticário, pesquisadores vão percorrer a região do Baixo Rio Purus, onde a prática ilegal de caça ao boto tem ocorrido de forma velada. Enquanto na região de Tefé os pescadores colocam a carne em caixas, na bacia do Purus são utilizadas redes leves que podem ser escondidas em possíveis flagrantes.
“Já temos relatos de que somente nesta área foram mortos em um único dia cerca de 40 botos. A partir da nossa pesquisa, vamos preparar diretrizes para aumentar a fiscalização nessas regiões, mas, principalmente, melhorar a imagem do boto junto às comunidades”, comenta.
Fonte: G1 Natureza

América Central quer combater o comércio de barbatanas de tubarão

Barbatanas de tubarão são vistas em comércio da cidade de Hong Kong, na China. América Central quer pesca de tubarão. (Foto: Aaron Tam/AFP)
Países que integram a Organização de Pesca e Aquicultura da América Central (Ospesca) divulgaram nesta segunda-feira (23) que tomarão medidas para combater a pesca de tubarões e a retirada das barbatanas, com a finalidade de proteger as espécies e evitar o comércio ilegal.
Ações preventivas serão realizadas nos 5.750 km de costa, que compreende o Mar do Caribe e o Oceano Pacífico, indicou a instituição da qual fazem parte países como Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Honduras, Costa Rica, Panamá e República Dominicana.
Segundo Mario Gonzalez, diretor da Ospesca, a primeira atitude para coibir a prática foi a proibição do corte da barbatana. Na última semana, Colômbia e Costa Rica concordaram em perseguir e punir aqueles que praticam este método. Ele explicou ainda que o foco será proteger a espécie da prática ilegal. O quilo da barbatana chega a custar U$ 200 no mercado internacional.
Fonte: G1 Natureza

Limpeza dos oceanos poderia alavancar economia, diz ONU

Poluição e excesso de pesca prejudicam saúde e produtividade dos mares.
Mares e costas mais limpos e melhor geridos ajudariam a impulsionar o crescimento econômico e a reduzir pobreza e poluição, diz um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgado nesta quarta-feira (25).
O relatório, produzido com outras organizações da ONU, destaca o enorme potencial de uma economia baseada nos recursos marítimos, cerca de cinco meses antes de os governos do mundo se reunirem para discutir caminhos para um desenvolvimento mais sustentável, durante o Rio+20.
Cerca de 40 % da população mundial vive a menos de 100 quilômetros da costa. Assim, os ecossistemas marinhos fornecem abrigo, comida e emprego para milhões de pessoas.
Mas a poluição causada por derramamentos de petróleo, fertilizantes, esgotos, resíduos e produtos químicos, bem como o excesso de pesca, prejudicam a saúde e a produtividade dos mares.
Essa tendência poderia ser reduzida através do uso dos oceanos para alavancar uma energia renovável e eco-turismo e da mudança para sistemas de transporte e práticas de pesca mais sustentáveis. As medidas também poderiam reduzir a vulnerabilidade a mudanças climáticas de ilhas na Ásia e no Caribe, diz o Pnuma.
“Intensificar os investimentos verdes em recursos marinhos e costeiros e reforçar a cooperação internacional na gestão destes ecossistemas transfronteiriços são essenciais para que uma transição para uma economia verde de baixo carbono e uso eficiente de recursos”, disse o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner.
O relatório recomenda medidas chave para a fazer um uso mais sustentável dos mares. Elas incluem áreas como o turismo, pesca, transportes, poluição, energia renovável e mineração de águas profundas.
Limpeza
Fertilizantes, como nitrogênio e fósforo, têm contribuído para aumentar o rendimento agrícola, mas seu uso tem levado à degradação dos ecossistemas marinhos e de águas subterrâneas. A quantidade de nitrogênio nos oceanos aumentou três vezes a partir de níveis pré-industriais e pode crescer mais três vezes até 2050 se nenhuma ação for tomada.
A poluição marinha custa US$ 100 bilhões somente na União Europeia, de acordo com o relatório. Isso pode ser reduzido por uma regulação mais dura do uso de fertilizantes e através de subsídios para incentivar a reciclagem de nutrientes.
A economia mundial também poderia ganhar até US$ 50 bilhões por ano com a recuperação da populações de peixes e redução da pesca, de acordo com a Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação e o Banco Mundial.
Fonte: G1

 

Por Gabriela Campêlo– 26 de janeiro de 2012

O coordenador da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace, Pedro Torres, defendeu hoje (26) a busca por alternativas à chamada economia verde e condenou obras como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA).
“O capitalismo está em crise e isso é um consenso que nos une a Davos [onde ocorre o Fórum Econômico Mundial], mas a economia verde não é a solução para essa crise”, disse. “Devemos pensar quais são as alternativas, para quem e como”, completou Torres durante evento no segundo dia de debates do Fórum Social Temático (FST) 2012.
Torres explicou que a Usina de Belo Monte deverá gerar mais energia para empresas amazônicas do que para a própria população da região afetada pelas obras. Ele alertou ainda que a cidade de Altamira, uma das mais impactadas, já soma 100 mil habitantes em razão das obras, mas sem melhorias na infraestrutura.
Investimentos em energia nuclear, segundo ele, também não são uma alternativa à crise. Durante o debate, o ativista lembrou os riscos evidenciados no acidente da Usina Nuclear de Fukushima, no Japão, que em março completa um ano. “O Brasil continua insistindo nessa energia que é suja, cara e perigosa”, disse.
Sobre a Usina Nuclear Angra 3, no município de Angra dos Reis (RJ), Torres ressaltou que quase R$ 8 bilhões de recursos públicos provenientes do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já foram investidos. O dinheiro, segundo ele, poderia e deveria ser usado em outras fontes de energia.
Outra questão abordada pelo ativista trata da aprovação do novo Código Florestal no Congresso Nacional. Para ele, a discussão vai além do ambientalismo, já que os interesses do setor ruralista, baseados na derrubada de florestas, representam uma afronta à lei brasileira.
“Devemos buscar o diálogo de uma maneira mais livre. Muitos movimentos e organizações estão presos a agendas impostas pelas grandes empresas. Temos que ter a liberdade de criticar essas empresas, de criticar os governos que são poluentes. Se não, não adianta ter Rio+20 e Fórum Social”, disse. “Com essa agenda ambiental negativa que a gente tem, uma outra economia vai ser difícil”, destacou.
Acompanhe a cobertura completa do FST 2012 no site multimídia da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Fonte: Agência Brasil

Vazamento de óleo atinge o mar de Tramandaí, no Litoral Norte do RS

Um vazamento de óleo atingiu a praia de Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (26). A Transpetro divulgou nota por volta das 16h confirmando o acidente. De acordo com a empresa, o vazamento ocorreu na monoboia do Terminal de Osório.
O cheiro do produto já é percebido na beira da praia, na altura da plataforma de pesca da cidade. No entanto, os banhistas ainda aproveitavam o mar normalmente até por volta das 17h. A Transpetro afirma que uma equipe de contingência foi acionada para iniciar os trabalhos de contenção e remoção do produto. Os órgãos ambientais, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Capitania dos Portos foram comunicados. As causas do incidente estão sendo investigadas pela companhia. Ainda não foi possível quantificar o volume de óleo derramado.
Na orla de Tramandaí, existem duas monoboias, situadas a quatro e seis quilômetros da costa. Elas servem para bombear petróleo para dentro dos navios da Petrobrás. Segundo técnicos e biólogos do Ibama, o vazamento teria ocorrido na monoboia que fica mais distante da costa.
O Corpo de Bombeiros de Tramandaí, o Patrulhamento Ambiental do litoral norte e técnicos do Ibama fizeram, na tarde desta quinta-feira (25), um voo na região para avaliar a extensão do vazamento. Uma grande mancha de óleo formada em alto-mar se aproxima da beira da praia. 
“É um vazamento de grande proporção. Começou ao meio-dia e está crescendo o volume de óleo. Toda a informação agora vai depender deste avanço. É difícil saber se irá chegar à costa, mas nossa preocupação é que o banhista não seja afetado”, disse o Tenente Araújo, do Patrulhamento Ambiental, que aconselhou os veranistas a não entrarem no mar na região da plataforma de Tramandaí.
Fonte: G1

Elefante recebe lente de contato na Holanda

A veterinária Anne-Marie Verbruggen foi a responsável pela operação no olho do animal
Um elefante de 44 anos conhecido como Win Thida recebeu uma lentes de contato para o olho esquerdo. O tratamento aconteceu no zoológico Artis, em Amsterdão, na Holanda. De uma espécie asiática, o animal teve a córnea machucada durante uma brincadeira com outros elefantes. A veterinária Anne-Marie Verbruggen foi a responsável por colocar a lente corretora no mamífero. A operação durou uma hora. A data do procedimento não foi divulgada, mas a cirurgia foi divulgada nesta quinta-feira (25).
Fonte: NE10

Pesquisa na Amazônia terá aporte de € 3,2 milhões de fundação francesa

Dezenas de pesquisadores, entre franceses e brasileiros, participarão do programa de pesquisa “Mudanças climáticas e biodiversidade em lagos na Bacia Amazônica: Como promover a sustentabilidade ecológica e econômica (Clim – Fabiam). A duração do projeto é de três anos e será executado pelo Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) com financiamento de 3,2 milhões de euros por parte da Fundação para Pesquisa em Biodiversidade (FRB).
O objetivo do Clim-Fabiam é analisar os fatores ambientais que controlam a associação existente entre a biodiversidade aquática e terrestre em zonas de inundações Amazônicas. A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) por meio do Centro de Estudos Superiores do Trópico Úmido (Cestu) será a única instituição amazonense que participará do projeto.
O Cestu ficará responsável pelo fornecimento de medidas de variação dos níveis das águas, geradas por satélites altimétricos, para complementar os estudos da biodiversidade. Os dados possibilitam medidas em locais não instrumentados pela rede de monitoramento tradicional instalada na região Amazônica.
De acordo com a pesquisadora, Joecila Santos da Silva, a área de atuação do Clim-FABIAM é de aproximadamente 90 mil quilômetros quadrados. Ela compreende as zonas de inundações do corredor fluvial Solimões-Amazonas, desde a cidade de Tabatinga, até a cidade de Santarém, no Estado do Pará.
Joecila destacou as características do estudo que poderá ser aplicado em zonas úmidas de outras partes do mundo. “A biodiversidade terrestre e aquática será estudada no sentido transversal ao escoamento do rio, partindo da terra firme ao leito principal e também no sentido longitudinal do corredor fluvial, de oeste a leste”, afirmou.
Além da UEA outras instituições brasileiras vão participar do projeto. Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Rio Grande Sul (UFRGS), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast). Entre as instituições francesas estão o IRD, o Centro Internacional de Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (Cirad) e Universidade de Paris VIII.
Fonte: G1

Pesquisa na Amazônia terá aporte de € 3,2 milhões de fundação francesa

Dezenas de pesquisadores, entre franceses e brasileiros, participarão do programa de pesquisa “Mudanças climáticas e biodiversidade em lagos na Bacia Amazônica: Como promover a sustentabilidade ecológica e econômica (Clim – Fabiam). A duração do projeto é de três anos e será executado pelo Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD) com financiamento de 3,2 milhões de euros por parte da Fundação para Pesquisa em Biodiversidade (FRB).
O objetivo do Clim-Fabiam é analisar os fatores ambientais que controlam a associação existente entre a biodiversidade aquática e terrestre em zonas de inundações Amazônicas. A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) por meio do Centro de Estudos Superiores do Trópico Úmido (Cestu) será a única instituição amazonense que participará do projeto.
O Cestu ficará responsável pelo fornecimento de medidas de variação dos níveis das águas, geradas por satélites altimétricos, para complementar os estudos da biodiversidade. Os dados possibilitam medidas em locais não instrumentados pela rede de monitoramento tradicional instalada na região Amazônica.
De acordo com a pesquisadora, Joecila Santos da Silva, a área de atuação do Clim-FABIAM é de aproximadamente 90 mil quilômetros quadrados. Ela compreende as zonas de inundações do corredor fluvial Solimões-Amazonas, desde a cidade de Tabatinga, até a cidade de Santarém, no Estado do Pará.
Joecila destacou as características do estudo que poderá ser aplicado em zonas úmidas de outras partes do mundo. “A biodiversidade terrestre e aquática será estudada no sentido transversal ao escoamento do rio, partindo da terra firme ao leito principal e também no sentido longitudinal do corredor fluvial, de oeste a leste”, afirmou.
Além da UEA outras instituições brasileiras vão participar do projeto. Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal Rio Grande Sul (UFRGS), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast). Entre as instituições francesas estão o IRD, o Centro Internacional de Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (Cirad) e Universidade de Paris VIII.
Fonte: G1