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25/08/2013

Suécia com falta de… lixo

Suécia com falta de… lixo


A Suécia está vivendo um “sonho ambiental”. De todo o lixo doméstico produzido no país, apenas 4% vai parar em aterros sanitários.
Através de várias iniciativas e até mesmo leis que estipulam a separação de lixo reciclável, os índices de reaproveitamento do lixo sueco se encontram bem altos. Há uma política chamada de Responsabilidade Estendida do Produtor que obriga as empresas a alcançarem níveis de reciclagem específicos. Para isso, o que se adotou foi um sistema de coleta chamado de “bring” (em inglês, “traga”), onde as pessoas separam o lixo de casa em várias categorias e depois o levam a parques com contêineres para cada tipo de resíduo. A responsabilidade das pessoas na separação do lixo foi reforçada pelas taxas de aterro que foram implementadas pelo governo, através da qual um imposto é cobrado proporcional à quantidade de lixo nesses locais.
Apesar da alta eficiência, o sistema é complexo. As pessoas precisam dividir o lixo em diversas categorias. Além do resíduo orgânico, os materiais recicláveis são separados em metais, plásticos duro e mole, três tipos diferentes de papéis e vidro, além de garrafas PET e resíduos que podem ser tóxicos. Por exigir um processo bastante trabalhoso, essa estrutura de seleção de resíduos não é considerada muito prática para a população.
O lixo na Suécia também é utilizado para a fabricação de energia e calefação para uma parte considerável da população. Através da incineração de resíduos e dos “district heatings”, centros para distribuição de calefação, cerca de 810 mil lares são abastecidos com calor e quase 250 mil com eletricidade.
Atualmente, o país escandinavo importa 800 mil toneladas de lixo de outros países da Europa todo ano, como aponta o Huffington Post. Isso para incrementar a quantidade de material para ser incinerado em seu programa energético. Todo esse cenário é um exemplo perfeito de que, através de leis e medidas eficientes estabelecidas pelo governo, é possível alcançar níveis de sustentabilidade e preservação ambiental bem interessantes.
* Com informações do Green Alliance UK
(Consumidor Moderno Consciente)
Suécia com falta de... lixo
Suécia com falta de… lixo

Ministério quer cumprimento da lei que prevê fim dos lixões em agosto de 2014

Ministério quer cumprimento da lei que prevê fim dos lixões em agosto de 2014


O Ministério do Meio Ambiente insiste na manutenção do prazo para o fim dos lixões, previsto para agosto de 2014, segundo a Lei de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10). O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, reconhece, no entanto, que muitas prefeituras estão encontrando dificuldades para cumprir a meta.
“Não há nenhum estudo no ministério orientado para apoiar a prorrogação deste prazo. O que existe no Ministério é uma avaliação do esforço necessário e na organização deste esforço para tentar cumprir este prazo”, afirmou Maranhão durante seminário sobre o tema promovido, nesta quinta-feira, pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
O secretário ressaltou que não há nenhum compromisso com o adiamento do prazo, embora o Ministério reconheça “que os prefeitos estão se movimentando em face das dificuldades que eles encontram, alguns deles, em cumprir essa meta.” Segundo Ney Maranhão, o tema é complexo e vai além da busca pela destinação adequada do lixo gerado. A solução, no seu entendimento, passa também pela reavaliação dos modos de produção e consumo no Brasil.
De acordo com o representante da organização não governamental Instituto Akatu, Dalberto Adulis, o volume de lixo no País aumentou em 60 mil toneladas por dia entre 2007 e 2013, estando hoje em 273 mil toneladas/dia.
O ambientalista destaca que 47% dos brasileiros separam o lixo seco do molhado, conforme dados do Ministério do Meio Ambiente. Para ele, é preciso ampliar esse índice e também a conscientização do cidadão de que todo processo de consumo tem impacto. “A ideia do consumo consciente você reflete sobre a necessidade, faz a escolha correta, utiliza o produto e, depois, pensa no descarte”, observou Adulis. “Se você utilizou um produto que pode ser reciclado depois, é melhor porque, no momento da triagem, ele vai voltar à natureza ou vai virar outro produto”.
As informações são da Agência Câmara.
Ministério quer cumprimento da lei que prevê fim dos lixões em agosto de 2014
Ministério quer cumprimento da lei que prevê fim dos lixões em agosto de 2014

Brasil já teria cumprido 62% de sua meta de redução de emissões

Brasil já teria cumprido 62% de sua meta de redução de emissões


Em um tom de grande otimismo contestado por ONGs, o governo federal apresentou nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, dados oficiais que, apesar de reconhecerem o desmatamento de 4.571 quilômetros quadrados na Amazônia em 2012, salientam uma queda de 84% em relação a 2004.
“Estamos mostrando que é possível crescer e preservar, que é possível crescer e distribuir renda. Eu acredito que um dado tem de estar claro na cabeça de todo brasileiro: a força do Brasil está num determinado modelo de desenvolvimento, que combina meio ambiente com redução da desigualdade e com crescimento, competitividade e inovação”, afirmou a presidente Dilma Rousseff.
O governo brasileiro tem como meta voluntária reduzir a expansão anual da área de desmatamento ilegal da Amazônia para 3,9 mil quilômetros quadrados em até sete anos. De acordo com os dados de hoje, 76% desse objetivo já teria sido alcançado.
Os números para as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) também foram destacados como altamente positivos, com o país já tendo atingido 62% da sua meta de redução. O governo garante que até 2020 será alcançado o objetivo de cortar entre 36,1% a 38,9% da liberação de GEEs em relação aos níveis de 1990.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, declarou que entre 2005 e 2010 houve redução de 38,7% de CO2 equivalente nas áreas de energia, indústria, agropecuária e resíduos.
Porém, a presidente deixou claro que, se for preciso, a matriz energética brasileira terá que se “sujar”. “Vamos continuar a cumprir esse desafio [a meta], mas temos de enfrentar o fato de que, se continuarmos a fazer hidrelétricas a fio d’água e se continuarmos a ter toda a arquitetura de energia renovável como temos, haverá uma necessidade das térmicas na nossa matriz.”
Dilma também ressaltou a importância do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) que, no Plano Agrícola e Pecuário 2013/2014 lançado ontem (4), destinou R$ 4,5 bilhões para práticas como plantio direto, alternância de culturas e integração lavoura-pecuária-floresta.
“É um crédito de boa qualidade, barato e com prazo maior. O uso dessas técnicas, mais adequadas ao meio ambiente, é extremamente eficiente e o produtor ganha porque produz mais, com melhor qualidade e menor custo”, disse.
Através de sua conta oficial no Twitter, o Greenpeace lembrou que a redução do desmatamento, 84%, só parece tão grande porque 2004 foi o ano com a segunda maior devastação da história, com 27 mil quilômetros quadrados de devastação.
A ONG também questionou a afirmação da presidente de que o Código Florestal brasileiro é um dos mais avançados do planeta. “A presidente esquece dos retrocessos, da anistia e da alta do desmatamento[depois da aprovação da nova legislação]” .
“Até alguns anos atrás, o Planalto usava o Dia Mundial do Meio Ambiente para dar boas notícias concretas, como demarcação de novas unidades de conservação e políticas de apoio a terras indígenas e ao desenvolvimento sustentável. Mas o que vimos hoje foi o governo agindo fora do contexto real do campo, como se estivesse num mundo de Alice, do outro lado do espelho, em que a realidade é distorcida”, afirma Renata Camargo, assessora política do Greenpeace. “Os brasileiros esperam e merecem mais. É possível acabar com o desmatamento, controlar a emissão de gases-estufa, acabar com a violência e o trabalho escravo no campo e crescer com respeito ao ambiente.”
Os dados do governo também perderam muito de sua força depois de o SOS Mata Atlântica ter divulgado na terça-feira (4) que a taxa anual de desmatamento na Mata Atlântica é a maior desde 2008 e que restam apenas 7% da área original da floresta.
(Instituto CarbonoBrasil)
Brasil já teria cumprido 62% de sua meta de redução de emissões
Brasil já teria cumprido 62% de sua meta de redução de emissões

O que mudou na sustentabilidade das empresas

O que mudou na sustentabilidade das empresas


Empresas e organizações que as representam constroem políticas de sustentabilidade na maioria das vezes pautadas por metas ambientais. Poucas vezes avançam em desafios sociais e quando o fazem na maior parte das vezes são ações com foco em filantropia. Grande parte das pautas ambientais colocadas para as empresas no último quarto do século XX já foi plenamente absorvida e incorporada pelas grandes empresas nacionais e globais. Não se joga mais poluentes em rios, as chaminés têm filtros e a gestão de resíduos está no topo das listas de prioridades. Mas, e as verdadeiras pautas sociais? Como estão sendo tratadas?
O mundo mudou e as necessidades sociais também. Fazer projetos com comunidades e oferecer benefícios periféricos para grupos de colaboradores, pequenas coisas que vão além da lei e de acordos coletivos, devem ser estimulados, mas não fazem mais sentido enquanto “marketing social ou de causas”. As empresas precisam se redescobrir enquanto atores sociais e compreende que seu papel vai além da simples “remuneração dos acionistas” e bom relacionamento com seus “stakeholders”. Fazer relatórios de sustentabilidade já é uma linha de corte estabelecida pelo próprio mercado, uma vez que a BM&FBOVESPA, uma das principais bolsas de valores do mundo, já lançou uma campanha para que as empresas listadas publiquem seus relatórios ou expliquem por que não o fazem.
Nessa nova era de crises econômicas e sociais as empresas devem mudar as perguntas que lançam para dentro de suas estruturas. Não basta mais parecer sustentável em belas páginas e filmes para TV, é preciso ser sustentável no âmago de sua missão. E a pergunta que deve ser feita é o que as empresas estão, de fato, fazendo para ajudar a manter a humanidade em evolução? Qual é sua contribuição para o futuro. Como ela se reconstrói a partir de novas forças que estão surgindo na sociedade? Mas, principalmente, como ela estão incorporando os milhões de jovens que chegam à idade do trabalho todos os anos?
Empresas existem para gerar riquezas e oferecer trabalho. Nos últimos 20 anos as “modernas” técnicas de gestão foram eliminando postos de trabalho e estabelecendo linhas de corte de produtividade cada vez mais ferozes. Isso é parte do grande problema de desemprego global para jovens. Cada CEO deveria se perguntar como incorporar jovens em suas empresas, como oferecer trabalho em todas as faixas de jovens e não apenas a aqueles que possuem MBA e são capazes de conversar em duas ou mais línguas. São esses os jovens que estão nas ruas e buscam alternativas de sobrevivência através de “comportamentos antissociais” .
Quando a sociedade se dispõe a debater questões como a maioridade penal é preciso discutir, também, o que esta mesma sociedade está fazendo para ampliar a oferta de trabalho para jovens de baixa renda, jovens mal preparados pelas escolas públicas e que vem de famílias incapazes de oferecer os padrões de consumo estimulados pela publicidade.
Portas tradicionais de acesso ao trabalho foram fechadas, como os antigos “office boys”, que construíam relações nas empresas em que trabalhavam e nas empresas clientes, “networkings” que os ajudavam a escalar cargos nas empresas e construir uma carreira. Agora se utiliza o trabalho de “motoboys”, que correm de portaria em portaria, sem conhecer ninguém além de porteiro, e que são execrados no trânsito como “destruidores de espelhinhos”. Machucam-se ou morrem pelas ruas das cidades em nome de uma suposta eficiência para as empresas, mas em trabalhos que não oferecem nada, sequer uma renda decente.
As novas questões da sustentabilidade das empresas estão mais ligadas ao que as empresas podem fazer para melhorar a sociedade onde estão inseridas, não apenas sob o ponto de vista ambiental, mas também em relação à sua responsabilidade me oferecer caminhos para o desenvolvimento das pessoas.
*Dal Marcondes é especialista em sustentabilidade e comunicação, diretor executivo da Envolverde.
(Envolverde)
O que mudou na sustentabilidade das empresas
O que mudou na sustentabilidade das empresas

Sensibilidade climática

Sensibilidade climática


É consenso entre a comunidade científica que testemunhamos, na última década, um arrefecimento na elevação da temperatura em relação ao aumento das emissões de CO2.
A variabilidade da temperatura no planeta em períodos curtos é natural, e por essa razão as medições para verificar de forma confiável tal crescimento são feitas tendo como parâmetro, no mínimo, dez anos. E o que se percebe é que nesta última década houve uma variação menor do que a prevista pelos modelos climáticos.
A revista britânica The Economist publicou recentemente reportagem sobre o tema, abordando algumas linhas de investigação científica que apontam explicações possíveis. A que parece ter maior respaldo entre a comunidade científica é a de Kevin Trenberth, do America’s National Centre for Atmospheric Research, que pontua que o arrefecimento da temperatura em relação ao crescimento das emissões de CO2 seria motivado pelo aquecimento do fundo do oceano. Cerca de 30% do aquecimento do oceano nestes dez anos passados aconteceu abaixo de 700 metros de profundidade.
Existem outras hipóteses, relacionadas aos efeitos dos aerossóis e das nuvens. Segundo Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e membro do Painel do Clima da ONU (IPCC), uma pequena variação na cobertura de nuvens pode ter grande influência na temperatura da superfície. No entanto, as medidas de cobertura de nuvens feitas por satélite ainda não possuem a precisão necessária, uma vez que seu alcance é limitado. As nuvens continuam sendo importante incógnita do sistema climático, como também os aerossóis. “Essas variáveis que têm aparecido e influenciam nos modelos climáticos e na projeção de cenários demonstram que estamos progredindo na compreensão científica da questão, mas longe do pleno entendimento de como o sistema climático funciona.”
Mesmo em relação ao fundo dos oceanos, Artaxo aponta que ainda não há mensuração adequada: “As medidas de temperatura em áreas continentais são muito completas, mas nas regiões oceânicas há poucas boias (usadas na medição), embora elas já mostrem um aquecimento forte da porção mais profunda nos últimos 20 a 30 anos.”
Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), avalia que a taxa de incremento da temperatura média da última década diminuiu [1]. Mas a temperatura da Terra continua subindo, assegura Nobre. “Demorou 10 mil anos para a Terra aquecer 5 graus. E já aquecemos 1 grau em 100 anos. É uma enorme mudança climática que causamos.”
[1] Entre 1993 e 2002 a temperatura subiu quase 0,2 grau em relação à década anterior, e entre 2003 e 2012 ficou pouco acima de 0,1
O IPCC trabalha com cenários de projeção do aumento da temperatura no caso de atingirmos o dobro da concentração de CO2 (e outros gases) em relação aos níveis observados antes da Revolução Industrial. Essa projeção é conhecida como “sensibilidade climática”, e hoje o Painel do Clima considera uma possibilidade de variação de até 7 graus.
“Mesmo no caso de projeções de sensibilidade climática menores, de 1 ou 2 graus, já temos um grande impacto, com o recrudescimento da severidade das secas, das chuvas, a elevação do nível do mar. Portanto, serão necessárias também ações de adaptação em larga escala”, completa Nobre.
Essa questão desperta para a relação dos dois “lados da moeda” da mudança climática: mitigação e adaptação. Com a sensibilidade climática mais baixa, se a temperatura não subir muito em relação ao aumento de CO2, seria eficiente investir mais em adaptação e menos em mitigação?
Carolina Dubeux, pesquisadora sênior do Centro Clima, da Coppe/UFRJ, e membro do capítulo sobre Economia da Adaptação do Grupo II do IPCC, sugere iniciar os investimentos por aquilo que apresenta ganhos nos dois lados (win-win situation), que conjuga sustentabilidade e resiliência (mitigação e adaptação). “São as estratégias de não arrependimento (no-regret strategies). Educar os povos aumenta sua resiliência e permite que se desenvolvam de maneira mais sustentável.
Aumentar a eficiência energética reduz a necessidade de investimentos adicionais em oferta de hidreletricidade, levando a menos desmatamento, o que é bom para o clima, bom para os ecossistemas, bom para as populações ribeirinhas e bom para o bolso. Não faltam exemplos, principalmente aplicáveis em países em desenvolvimento, onde há muita coisa por ser feita.” (mais sobre o tema no cartum da seção Última)
“Precisamos de muito mais pesquisas para entender completamente como funciona o sistema climático terrestre. Existem gaps de conhecimento muito significativos nessa área”, afirma Artaxo. “Esperar que os modelos climáticos e as medidas associadas a um parâmetro termodinâmico tão complexo como a temperatura oscilem sempre juntos, em uma variável de 1 para 1, não é razoável.”
(Página 22)
Sensibilidade climática
Sensibilidade climática

Quase 24 milhões de lixo são jogados em lugar errado

Quase 24 milhões de lixo são jogados em lugar errado


O tempo é curto para que os 3 mil municípios brasileiros que destinam seus resíduos em locais inadequados se adequem a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A conclusão faz parte da 10ª edição do Panorama dos Resíduos Sólidos, lançado nesta terça-feira (28) pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe).
A maioria desses 3 mil municípios tem área urbana pequena, com menos de 10 mil habitantes e dificuldades para se adequar a nova lei, que entra em vigor em agosto de 2014.
“A carência de recursos aplicados ao setor, cerca de R$ 11,00 por habitante por mês para fazer frente a todos os serviços de limpeza urbana de um município (coleta, transporte, transferência, destinação, varrição de vias etc), torna o problema ainda mais grave e demanda uma conjunção de esforços para garantir efetividade à Lei 12.305/2010, já que as mudanças demandadas requerem investimentos concretos e os avanços não vão acontecer sem sustentabilidade econômica”, afirma o documento.
De acordo com o estudo, em 2012, das 64 milhões de toneladas de resíduos gerados no ano passado, 23, 7 milhões de toneladas foram destinados aos lixões; 6,2 milhões sequer foram coletadas.
“Ainda temos um cenário de 42% de destinação inadequada. Nos últimos 10 anos, estamos crescendo numa linha de 2% ao ano, em média. Aumento de 2% ao ano para 40% demoraria 20 anos para todo resíduo ser destinado de maneira adequada, num ritmo atual de crescimento. Nós acreditamos que esse ritmo vai ser acelerado, já que agora nós temos uma política nacional, temos demanda, mas mesmo que essa agilização seja posta em prática, eu diria que o problema não vai se resolver de um ano para o outro”, explica Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, em entrevista por telefone a ((o)) eco.
Avanços são tímidos
Em 10 anos, a geração de lixo no Brasil cresceu 21%. Para Carlos Silva Filho, os avanços em termos de legislação e nos números de coleta são lentos se comparada ao tamanho do desafio imposto pela lei de resíduos sólidos: “tivemos um avanço em termos de legislação, mas em termos de destinação adequada, de coleta seletiva, de reciclagem, nós continuamos bastante atrasados nos números nacionais” explica.
A geração de resíduos teve um pequeno salto de 1,3%, de 2011 para 2012, com a produção per capita saindo de 381,6 kg para 383 kg, em 2012. O aumento superou o crescimento populacional no período, de apenas 0,9%.
Os resíduos vindos de construção e demolição apresentaram um aumento de 5,3% em um ano. O número pode estar subestimado, já que o Panorama só contabiliza resíduos sob coordenação dos municípios, e não das empresas.
O Nordeste é a região que tem a maior quantidade de resíduos com destinação inadequada, um total de 38 mil toneladas por dias, que incluem 12 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia que não são coletados.
A coleta cresceu 1,9% de 2011 a 2012, uma cobertura de serviço superior a 90% no país. “Estamos com 90% de média/Brasil, falta 10% para atingir a universalização da coleta. Em 2000, a coleta atingia 80% da população. No ritmo de crescimento da cobertura do serviço, não vai demorar 10 anos para a universalização. Achamos que em 2016 já conseguimos atingir a meta”, analisou Carlos Silva Filho.
A destinação correta de resíduos sólidos se manteve inalterada entre 2011 e 2012, representando quase 32 milhões (58% do total) de toneladas de resíduo destinado em locais adequados.
(O Eco Notícias)
Quase 24 milhões de lixo são jogados em lugar errado

Brasil é o quarto país entre os que mais concentram construções sustentáveis

Brasil é o quarto país entre os que mais concentram construções sustentáveis


No ano em que a luta contra o desperdício ganhou o topo da agenda ambiental internacional, o mercado brasileiro busca mais um degrau no ranking mundial de construções sustentáveis. Hoje, o Brasil ocupa o quarto lugar entre os países que mais concentram edificações feitas a partir de critérios ambientalmente adequados. Os Estados Unidos reúnem o maior número de empreendimentos em análise, seguidos pela China e pelos Emirados Árabes Unidos.
Mais de 720 projetos brasileiros aguardavam a certificação internacional, conferida pela organização não governamental internacional chamada Green Building Council (GBC), responsável por estimular as construções verdes no mundo. Pelo menos 99 edificações no país detêm o selo. A expectativa do governo e da indústria de construção é chegar a 900 projetos para análise da organização até o final do ano.
Caso consiga atingir a meta, o Brasil ocupará a terceira posição na lista dos países com mais edificações ambientalmente projetadas. A construção civil é responsável por alto consumo de recursos naturais e utiliza energia em larga escala, de acordo com números do Conselho Internacional da Construção. Mais de 50% dos resíduos sólidos gerados por atividades humanas são oriundos do setor.
“O conceito de construção sustentável está amadurecendo e se consolidando dentro da cadeia produtiva da construção civil”, avaliou Wagner Soares, gerente de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Para alcançar esse status, engenheiros e arquitetos precisam observar uma série de pré-requisitos e medidas, como a redução do consumo de energia e a prioridade às condições de luminosidade natural e de lâmpadas de baixo consumo, além do uso de aparelhos eletrodomésticos mais econômicos (indicados pelo selo Procel).
“A reforma ainda é um tanto complicada e o custo ainda não é muito baixo. Você tem um aumento de 15%, em média, do custo da construção quando trabalha com sustentabilidade e isso coloca em risco o valor do investimento”, destacou Soares. Pelas contas do GBC Brasil, esse gasto, que já foi 30% superior ao de obras convencionais, pode significar uma diferença de até 5%.
Wagner Soares destacou que existe uma tendência de diminuição dos gastos ao longo do tempo. A expectativa é que as pessoas adotem, cada vez mais, sistemas ambientalmente sustentáveis. Soares ponderou que o maior investimento ainda impede que esses projetos representem uma realidade frequente no país.
O governo federal, por sua vez, desenvolve ações para estimular programas ambientalmente sustentáveis. O Ministério do Meio Ambiente disponibiliza cursos pela internet sobre procedimentos que podem ser adotados para adequar prédios públicos a esses sistemas de sustentabilidade.
O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida começou há dois anos, com a obrigatoriedade do uso de energia solar em todos os novos empreendimentos destinados às famílias com renda máxima de três salários mínimos. A etapa incluiu 2 milhões de residências, das quais 1,2 milhão para famílias com renda máxima de três salários mínimos.
Técnicos do governo informaram que existem diversas linhas de financiamento para beneficiar esses projetos. Procuradas pela Agência Brasil, as principais instituições financeiras públicas – Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – não apontaram qualquer crédito criado especificamente para essa finalidade. Os projetos podem ser beneficiados por linhas de crédito que já existiam.A Caixa Econômica Federal não deu informações sobre o assunto.
(Agência Brasil)
Brasil é o quarto país entre os que mais concentram construções sustentáveis
Brasil é o quarto país entre os que mais concentram construções sustentáveis

Projeto de Educação Ambiental pretende beneficiar mais de duas mil famílias na Bahia

Projeto de Educação Ambiental pretende beneficiar mais de duas mil famílias na Bahia


A Coordenação de Desenvolvimento Agrário (CDA), órgão vinculado à Secretaria estadual de Agricultura lançou o Projeto de educação ambiental (Preá), em parceria com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e a Secretaria estadual de Meio Ambiente. O Preá tem como objetivo atender comunidades rurais por meio do Programa Cédula da Terra (PCT) e Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), e visa promover o desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental na agricultura familiar (PEAAF).
Com uma metodologia própria, o projeto de educação ambiental pretende formar educadores e multiplicadores da conscientização ambiental regional, beneficiando diretamente os agricultores familiares do estado da Bahia, conforme explicou Luiz Ancelmo Pereira, diretor executivo do CDA. O Núcleo de Gestão Ambiental/ CDA desenvolveu o projeto de educação ambiental do PCT e PNCF com base na construção de um relacionamento colaborativo entre as associações de trabalhadores rurais, beneficiários, empresas de assistência técnica rural, e representantes da agricultura familiar.
Na ocasião, o secretário de Meio Ambiente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura da Bahia (FETAG), Teodomiro Paulo Queiroz expressou a satisfação em implantar o Preá nos assentamentos rurais, e como é necessária a capacitação dos agricultores familiares no processo de conscientização ambiental da terra.
O coordenador de reforma Agrária, Nilo Ramos Moreira reiterou que a finalidade é praticar uma política de educação ambiental que sustente uma reforma agrária responsável e informou que entre as ações a serem executadas estão capacitação de 16 técnicos com assistência técnica ministrada pela EBDA, no Projeto Quintais Agroflorestais, sendo implantados 120 quintais agroflorestais nas propriedades dos beneficiários do PTC e PNCF, realização de 30 oficinas de aplicação do Preá, atendimento a 2.300 famílias beneficiadas pelo Programa nos territórios de identidade Sisal, Piemonte da Diamantina, Bacia do Jacuipe e Chapada Diamantina, entre outras atividades.
Os Quintais florestais são áreas destinadas a um conjunto de espécies de plantas, cultivo alimentares e criação de animais domésticos, geralmente localizado em torno da casa, dentro de uma propriedade rural. Entre os resultados da implantação e manutenção de quintais estão recuperação e aumento da fertilidade do solo e uma fonte alternativa de renda para o agricultor.
As informações são da Assessoria de Imprensa da  Secretaria da Agricultura,Pecuária, Irrigação,Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura (Seagri).
Fonte: Gazzeta do São Francisco
Educação Ambiental

II MANIFESTAÇÃO CRUELDADE NUNCA MAIS

II MANIFESTAÇÃO CRUELDADE NUNCA MAIS
CURITIBA - 18 AGOSTO DE 2013

CHEGA DE CRUELDADE - AUMENTO DE PENAS PARA CRIMES CONTRA ANIMAIS NO NOVO CÓDIGO PENAL - EU SUPER APOIO!!!












05/04/2013

Mudanças climáticas podem aumentar frequência de grandes tempestades na Europa


Mudanças climáticas podem aumentar frequência de grandes tempestades na Europa

Um novo estudo publicado no último mês no periódico Geophysical Research Letters revelou que tempestades fortes como furacões poderão se tornar 25 vezes mais prováveis na Europa até o final o século devido às mudanças climáticas.
A pesquisa, desenvolvida pelo Instituto Real de Meteorologia da Holanda (KNMI), afirma que, atualmente, os furacões costumam começar a se formar no oeste do Oceano Atlântico, onde a temperatura da superfície do mar fica acima dos 27ºC. Por isso, a ocorrência do fenômeno é maior nessa região.
Entretanto, até o final do século, as temperaturas superficiais da parte oriental do Oceano Atlântico, mais próxima do continente europeu, devem aumentar, dando impulso ao fenômeno por mais tempo e tornando mais provável que ele chegue até o outro lado do Atlântico.
“Muitas simulações de modelo sugerem que a força dos furacões aumentará devido às mudanças climáticas. A área onde os furacões se desenvolvem parece se mover em direção aos polos e a umidade contida em uma atmosfera mais quente aumentará. Esses fatores podem alterar a possibilidade de que esses resquícios de furacões ainda estejam fortes o suficiente para produzir ventos com força de furacão”, comentou Rein Haarsma, do KNMI.
Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram modelos de alta resolução, mas Haarsma reconheceu que o estudo ainda está em seus estágios iniciais, e portanto ainda não há como saber exatamente qual será a duração dos furacões.
No entanto, os pesquisadores já sabem que, no futuro, os ventos criadores de furacões se tornarão mais frequentes aproximadamente no período de outono do Hemisfério Norte (agosto-outubro), em vez de no inverno, como acontece atualmente. Para se ter uma ideia, estima-se que até o final do século a Europa possa passar por 17 tempestades com força de furacão por cada temporada anual.
“A declaração de que o clima na Europa Ocidental não mudará significativamente é questionável. Mudanças significativas no clima terão consequências para a agricultura – o aumento dos ventos durante o outono –, infraestrutura e defesa costeira”, concluiu Haarsma.
(Instituto CarbonoBrasil)
Um novo estudo publicado no último mês no periódico Geophysical Research Letters revelou que tempestades fortes como furacões poderão se tornar 25 vezes mais prováveis na Europa até o final o século devido às mudanças climáticas. A pesquisa, desenvolvida pelo Instituto Real de Meteorologia da Holanda (KNMI), afirma que, atualmente, os furacões costumam começar a se formar no oeste do Oceano Atlântico, onde a temperatura da superfície do mar fica acima dos 27ºC. Por isso, a ocorrência do fenômeno é maior nessa região. Entretanto, até o final do século, as temperaturas superficiais da parte oriental do Oceano Atlântico, mais próxima do continente europeu, devem aumentar, dando impulso ao fenômeno por mais tempo e tornando mais provável que ele chegue até o outro lado do Atlântico. “Muitas simulações de modelo sugerem que a força dos furacões aumentará devido às mudanças climáticas. A área onde os furacões se desenvolvem parece se mover em direção aos polos e a umidade contida em uma atmosfera mais quente aumentará. Esses fatores podem alterar a possibilidade de que esses resquícios de furacões ainda estejam fortes o suficiente para produzir ventos com força de furacão”, comentou Rein Haarsma, do KNMI. Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram modelos de alta resolução, mas Haarsma reconheceu que o estudo ainda está em seus estágios iniciais, e portanto ainda não há como saber exatamente qual será a duração dos furacões. No entanto, os pesquisadores já sabem que, no futuro, os ventos criadores de furacões se tornarão mais frequentes aproximadamente no período de outono do Hemisfério Norte (agosto-outubro), em vez de no inverno, como acontece atualmente. Para se ter uma ideia, estima-se que até o final do século a Europa possa passar por 17 tempestades com força de furacão por cada temporada anual. “A declaração de que o clima na Europa Ocidental não mudará significativamente é questionável. Mudanças significativas no clima terão consequências para a agricultura – o aumento dos ventos durante o outono –, infraestrutura e defesa costeira”, concluiu Haarsma. (Instituto CarbonoBrasil)
Mudanças climáticas podem aumentar frequência de grandes tempestades na Europa

Evento destaca preservação da diversidade biocultural


Evento destaca preservação da diversidade biocultural

Agricultores, pescadores, pesquisadores e representantes governamentais se reuniram na quinta-feira (28) em Florianópolis para discutir soluções visando à salvaguarda dos saberes tradicionais, da história e do meio ambiente através da construção de novas práticas econômicas apoiadas na preservação de uma diversidade biocultural.
O evento foi promovido pelo CEPAGRO – Centro de Estudos e Promoção da Agricutura de Grupo – ONG que atua há 23 anos promovendo a agroecologia na América Latina – em parceria com o Convivium Mata Atlântica, um grupo de gastrônomos e chefes de cozinha que organiza expedições gastronômicas de valorização dos pequenos produtores e matérias-primas locais. Estas instituições fazem parte e recebem o apoio da Fundação SLOW FOOD para a biodiversidade, um movimento internacional de promoção do alimento “bom, limpo e justo”.
O movimento Slow Food está presente em mais de 150 países e visa mudar os hábitos insustentáveis e nada saudáveis perpetuados atualmente pela economia de mercado. Entre os princípios do movimento estão a preservação ambiental, a produção local, o incentivo a salvaguarda dos conhecimentos tradicionais e o reconhecimento dos produtores da agricultura familiar.
Para cumprir com este cenário, várias abordagens podem ser assumidas, como a organização dos produtores familiares em redes, a certificação das produções agroecológicas e parcerias com programas de ecoturismo e ecogastronomia.
“A gastronomia é uma ponte para viabilizarmos projetos de desenvolvimento territorial com identidade biocultural”, coloca Lia Poggio, coordenadora do Slow Food na América Latina. Ela apresenta vários casos onde este conceito é colocado em prática. Um deles é o da Sociedade Gastronômica Peruana, que busca valorizar a história e fazer com que os peruanos se identifiquem culturalmente com a culinária do país.
Na Itália, iniciativas parecidas também beneficiam produtores e produtos locais, incentivando sinergias entre a agricultura sustentável, a defesa do meio ambiente e o ecoturismo/ecogastronomia. A Rota dos Sabores é muito frequentada, não apenas por turistas estrangeiros como pelos próprios italianos, que valorizam muito a culinária local de qualidade.
Segundo Poggio, o sucesso no caso italiano é fruto de um longo processo cultural e econômico, que, contando com o apoio do poder público e da sociedade civil, considera o produtor local como o ator fundamental para a preservação ambiental e cultural.
No Brasil, atuando nos três estados do Sul, a Rede Ecovida foi formada para facilitar a comercialização de alimentos de base ecológica provenientes da agricultura familiar. Diminuindo a participação de intermediários através da estruturação da comercialização, a rede agrega mais valor ao produto na busca dos chamados ‘preço justo’ – aquele que maximiza o bem estar do produtor e do consumidor – e ‘circuito curto’ – onde o consumidor se beneficia com produtos frescos e o produtor consegue preços melhores.
A certificação da Rede Ecovida tem uma característica peculiar para garantir a conformidade orgânica e tornar o sistema acessível aos agricultores, o Sistema Participativo de Garantia – em conformidade com o Decreto Federal 6.323, de 2007. O fortalecimento de Organismos de Controle Social, como grupos de agricultores, é uma das bases do Sistema Participativo de Garantia, diferenciando-o das certificações por auditoria. Mais do que uma fiscalização, o sistema permite uma intensa troca de experiências e saberes.
“Os próprios agricultores e consumidores fazem a certificação, gerando credibilidade. Um agricultor se responsabiliza pelo outro, assim como os consumidores, através da organização”, explicou Charles Lamb, atual coordenador do CEPAGRO e membro da Rede Ecovida de Agroecologia através do Núcleo Litoral Catarinense.
Em Santa Catarina, a Rede Ecovida é integrada por 58 famílias da região litorânea, que cultivam mandioca e derivados, banana, hortaliças, batatas, flores de corte, leite, mel, ovos, frutas, queijos, doces, derivados de aloe vera, sucos e geleias.
Aproximar produtores e consumidores, oferecer alimentos saudáveis a preços justos e gerar alternativas de diversificação produtiva para famílias fumicultoras – cultura ao qual se dedicam cerca de 55 mil famílias só em Santa Catarina, sendo o segundo maior produtor nacional de fumo -, são os objetivos centrais do movimento agroecológico catarinense.
Cultura e produtos locais
No movimento catarinense, dois setores em particular se destacam no ‘slow food’ e vem buscando resgatar suas origens, os engenhos artesanais de farinha de mandioca e a pesca artesanal.
O CEPAGRO e a ONG Ponto de Cultura – Engenhos de Farinha, trabalham em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI) e com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) visando adequar os engenhos artesanais às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), um desafio para um setor sem muitos recursos financeiros.
Além disso, as organizações estão iniciando junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) o processo de pedido de registro dos engenhos de mandioca como ‘Patrimônio Imaterial’, visando o reconhecimento e a valorização do processo artesanal.
Os Bens Culturais de Natureza Imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).
Os engenhos de farinha “sempre estiveram à margem das políticas de governo, o que se tem é o que o que o agricultor soube preservar”, coloca Enilto de Oliveira Neubert, da EPAGRI.
Wladimir Marcon Mendes, da CIDASC, nota que o produto catarinense tem um diferencial de qualidade visto que os produtores locais, buscando se aproximar das características da farinha de trigo, acabaram se especializando em fabricar uma farinha de mandioca mais fina.
Slow Fish
Para a pesca, assim como para a agricultura, o Slow Food visa se distanciar da exploração intensiva dos recursos naturais. Com este espírito, a campanha internacional Slow Fish multiplica as iniciativas que valorizam os protagonistas da pesca artesanal e as espécies pouco valorizadas no mercado, estimulando uma reflexão sobre o estado e a gestão das reservas pesqueiras (saiba mais).
Na última na sexta-feira santa e no dia de Páscoa, o movimento lançou um desafio para o uso de receitas com peixes que não estejam em período de reprodução e nem em risco de extinção (como o atum azul, salmão do Atlântico e salmão de cultivo, camarões tropicais, peixe espada), e que sejam locais, isto é, capturados no mar ou lagoas próximos.
Durante o evento, pescadores artesanais deram seus testemunhos de luta para a manutenção e constituição de Reservas Extrativistas (RESEX), uma categoria de Unidades de Conservação de Uso Sustentável, conforme a Lei No 9.985, de 18 de julho de 2000.
A Reserva extrativista marinha do Pirajubaé foi a primeira a ser constituída como tal no país, porém enfrenta desafios constantes face à especulação imobiliária que toma conta da capital catarinense. Na reserva se encontra o maior banco natural de berbigão do mundo, produzindo cerca de 100 toneladas ao mês.
“O governo não quer cuidar do meio ambiente”, desabafa Alcemir Martins, presidente da Aremar (Associação da Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé). Ele teme que os interesses econômicos levem ao fim da reserva e retire o sustento das famílias que hoje conseguem sobreviver bem com a pesca.
Em Ibiraquera, um movimento forte dos pescadores artesanais está tentando trilhar o caminho de Pirajubaé, porém, esbarrou nos interesses imobiliários e apesar de já estar consolidada como proposta, a RESEX de Ibiraquera ainda não conseguiu a aprovação junto ao governo federal.
“A discussão é muito mais do que dinheiro, é a alegria da qualidade de vida. Estamos remando contra a maré neste mundo que só quer consumir”, lamentou Maria das Graças Ferreira, representante catarinense na Comissão Nacional Resexs Marinhas. “Os pescadores tiveram a iniciativa, foram atrás da RESEX que abrange desde da Barra de Ibiraquera até a Praia da Ferrugem. Foi tranquilo, até que o prefeito, governador e especuladores viram que teríamos muita autonomia”, enfatizo
(Instituto CarbonoBrasil)
Evento destaca preservação da diversidade biocultural
Evento destaca preservação da diversidade biocultural

Designers criam torre que transforma ruído urbano em energia


Designers criam torre que transforma ruído urbano em energia

Afinados com as tendências da construção verde, cinco designers franceses criaram um projeto ambicioso, o “Soundscraper”, uma torre gigante capaz de captar os ruídos da cidade e transformá-los em eletricidade.
A ideia foi inscrita num concurso de edifícios do futuro promovido pela revista norte-americana eVolo Magazine. Segundo seus criadores, a torre de 100 metros de altura foi projetada para ser instalada próxima a rodovias e estradas com grande fluxo de veículos e onde a poluição sonora atinge seu máximo.
A fachada do arranha-céu é evolutiva, ela vibra dependendo da intensidade e direção dos ruídos urbanos. Recoberta por “cílios” com sensores de som, ela pode captar um amplo espectro de frequência, do tráfego de veículos, de obras em andamento e até mesmo de aviões que atravessam o céu.
“O ruído é parte do ambiente urbano da nossa vida diária e é uma das formas de poluição mais prevalentes nas cidades, mas também é uma importante fonte de energia não valorizada ainda”, dizem seus criadores.
Com base em pesquisas,eles afirmam estimam que uma única torre Soundscraper poderia produzir até 150 MW / h, representando 10% do consumo de iluminação urbana de Los Angeles. Ao mesmo tempo, esta energia renovável poderia ajudar a reduzir asemissões de CO2. A criação é assinada pelos designers Julien Bourgeois, Olivier Colliez, Savinien de Pizzol, Cédric Dounval e Romain Grouselle.
Fonte: Exame.com
Designers criam torre que transforma ruído urbano em energia
Designers criam torre que transforma ruído urbano em energia

Lançado jogo para estimular gerenciamento sustentável


Lançado jogo para estimular gerenciamento sustentável

Atualmente, estima-se que existam no mundo cerca de seis mil cidades abandonadas, seja por motivos econômicos, sociais ou naturais. Muitas vezes, essas cidades, apesar de não terem mais condições de oferecer serviços para habitantes, continuam a ser um fardo para os cofres públicos, exigindo certos investimentos que não dão retorno.
E se pudéssemos de alguma forma recuperar essas cidades e torná-las novamente habitáveis, e ainda por cima de modo sustentável? Pois é essa a proposta da simulação ‘Cidades Sustentáveis – O Jogo da Socioecoeficiência’, criada pela Fundação Espaço ECO (FEE), organização sem fins lucrativos instituída pela BASF.
O jogo é uma ferramenta com propósito educativo que tem como objetivo fazer com que os participantes entendam, de forma prática, conceitos como sustentabilidade e socioecoeficiência, refletindo sobre a relação entre estes e suas atitudes do dia a dia.
A simulação, que tem cerca de duas horas de duração, funciona da seguinte maneira: os até seis jogadores formam uma equipe ao redor do tabuleiro que trabalhará para recuperar uma das cidades escolhidas – Hashima (Japão), Balestrino (Itália) e São João Marcos (Brasil) – através de diversas etapas.
A primeira etapa é, através das informações fornecidas, avaliar quais foram as principais causas do abandono da cidade. Se os participantes souberem analisar bem a situação, passam para a segunda fase, na qual são apresentadas diversas opções para recuperar a cidade e torná-la novamente habitável.
Se souberem eleger bem as melhores alternativas para recuperar a cidade, os jogadores passam para o próximo nível, que é decidir como cada opção dessa será melhor aplicada na cidade.
Nessa etapa, vale examinar como cada alternativa pode ser colocada em prática de forma mais socioecoeficiente: em Hashima, no Japão, por exemplo, cujo abandono foi causado principalmente pelo declínio na exploração de carvão, principal atividade econômica desenvolvida na ilha, uma boa opção é apostar na pluralidade de atividades econômicas, como turismo e pesca, evitando que a habitação da cidade se torne inviável caso uma das atividades econômicas sofra algum tipo de crise.
Se essa fase for concluída com sucesso, os participantes passam para a próxima, que depende um pouco da sorte; é hora de verificar como se desenvolveram as alternativas elencadas por eles.
Caso haja necessidade ou desejo de mudanças, os jogadores podem fazer alterações no tipo de atividades econômicas, geração de energia e opções de abastecimento de água e saneamento básico que escolheram, correndo o risco de melhorar ou piorar a situação.
Ao final, são calculados quantos pontos, de 0 a 100, os participantes fizeram no desenvolvimento socioecoeficiente da cidade. Quanto maior o índice de socioecoeficiência, maior será a longevidade da cidade.
O jogo foi criado a partir da necessidade de se traduzir o conceito de socioecoeficiência para diversos públicos, principalmente o corporativo. Além disso, a FEE acredita que é uma ferramenta que permitirá às empresas aprimorarem a visão de seus modelos de gestão, identificando os impactos da sustentabilidade em seu negócio.
Para Fernando Feitoza, gerente de Educação para a Sustentabilidade da FEE, um aspecto importante do jogo é que ele propõe um pensamento crítico sobre os três pilares da sustentabilidade: a conservação de recursos naturais, os aspectos sociais e o papel econômico. Segundo ele, quando se fala em sustentabilidade, ainda costuma-se associar apenas a conservação dos recursos naturais ao termo.
“Com o jogo, queremos que os participantes reflitam sobre seu cotidiano e como suas decisões podem ser mais conscientes, gerando um aprendizado concreto dessa experiência. Isso pode ser aplicado tanto no ambiente de negócio para aprimorar o processo decisório, como também no dia a dia, por meio da busca por produtos mais sustentáveis, por exemplo”, comentou Feitoza.
Nesta semana, o jogo estará em demonstração para o público empresarial e para a imprensa nas capitais da região Sul (Florianópolis, Curitiba e Porto Alegre). De acordo com os desenvolvedores, primeiramente a ferramenta está sendo disponibilizada apenas conforme a demanda das empresas, pois a fundação ainda não tem condições de aplicá-la em grande escala.
Interessados podem entrar em contato com a FEE pelo site da entidade.
(Instituto Carb0noBrasil)
Lançado jogo para estimular gerenciamento sustentável
Lançado jogo para estimular gerenciamento sustentável

Substância de peixe pode dar origem a roupas esportivas e à prova de balas


Substância de peixe pode dar origem a roupas esportivas e à prova de balas

Cientistas da Universidade de Guelph, no Canadá, descobriram que é possível criar um tecido a partir de uma substância liberada pelo peixe-bruxa, que vive em regiões abissais. O muco liberado pelo animal pode ser transformado em roupas esportivas e até mesmo em coletes à prova de balas.
A alternativa é ideal para substituir tecidos sintéticos, como o náilon e a lycra, que são produzidos a partir do petróleo. Se o muco do peixe-bruxa for utilizado na confecção destes tecidos, o petróleo, que é uma fonte não-renovável, poderá ter o uso mais restrito, diminuindo boa parte das emissões de carbono da indústria têxtil.
A curiosa espécie que produz a matéria-prima para o novo tecido ecológico não possui mandíbulas, nem espinha dorsal e vive no fundo do mar há mais de 500 milhões de anos. Também chamado de myxini (do grego, “myxa”, muco), o peixe-bruxa produz uma fibra elástica extremamente forte para se proteger, asfixiando seus predadores. Porém, depois que a substância seca, ganha uma textura sedosa, que pode ser utilizada para a confecção de tecidos.
O método desenvolvido pelos pesquisadores canadenses deve encontrar algumas dificuldades, principalmente no processo de produção. “Por enquanto, não poderíamos ter fazendas para produzir peixes-bruxa da mesma forma como fazemos com vacas, frangos ou outros animais domesticados”, diz Douglas Fudge, coordenador do projeto. “Sabemos pouco sobre a reprodução da espécie, e, até agora, ninguém conseguiu gerar um peixe-bruxa em cativeiro”, completa o cientista.
Para Tim Winegard, cientista engajado no projeto, o peixe-bruxa também não leva muita vantagem no aspecto mercadológico, já que o tecido é produzido a partir de uma substância gosmenta liberada por um bicho que não tem uma aparência muito amigável. Mesmo assim, a equipe vem realizando esforços para confeccionar os primeiros exemplares deste tecido ecológico.
*Com informações do Inovação Tecnológica.
(CicloVivo)
A alternativa é ideal para substituir os tecidos sintéticos produzidos a partir do petróleo. | Foto: Reprodução/Facebook
A alternativa é ideal para substituir os tecidos sintéticos produzidos a partir do petróleo. | Foto: Reprodução/Facebook