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31/10/2011

Rede Ambiental MADE IN FOREST convida Ongs e Oscips Ambientais a participarem gratis na ONG BRASIL 2011.

Quem visita a feira ONG Brasil? A Feira se realizará de 15 a 17 Dezembro 2011. Nos dois primeiros dias o evento deverá reunir cerca de 4 mil profissionais entre: – Gestores do Terceiro Setor – Representantes da área de Responsabilidade Social, Gestão Ambiental, Marketing e outras correlatas de organizações do Primeiro e do Segundo Setores (Governo e Empresas) – Profissionais de empresas que ainda não têm uma política de Responsabilidade Social e estão definindo o foco a ser adotado. – Empresários e outros profissionais No sábado, terceiro dia, além do público descrito acima, o evento será aberto ao grande público: – Cidadãos que buscam uma causa para começarem uma ação social, seja com a doação de dinheiro ou outros bens materiais, ou ainda a “doação” de tempo por meio do trabalho voluntário.
Quem expõe na feira ONG Brasil? – Organizações Não Governamentais (ONGs / Oscips) Brasileiras ou com atuação no Brasil – Fundações e Institutos ligados ao Governo e à iniciativa privada.
Pavilhão Ambiental Made in Forest A Rede Ambiental Global Made in Forest organizará as ONGs / Oscips Ambientais, cadastradas gratuitamente na rede ambiental Made in Forest, http://www.madeinforest.com/?ong/novo em um pavilhão, concentrando, organizando e criando sinergias sobre os temas relacionados ao meio ambiente e sustentabilidade.
O Convite é feito em parceria de Made in Forest e UBM.
A participação das ONGs será gratuita, cabendo as mesmas somente materiais de divulgação próprios e um banner de no máximo 1m x 1,5m sobre a ONG e atividades da mesma. O espaço gratuito cedido a cada ONG será de 9m2 com: 1 mesa, 3 cadeiras, 2 prateleiras e uma tomada.
As inscrições são limitadas,
Confirme seu interesse no email: agenda@madeinforest.com            Assunto: ONG BRASIL 2011
Visite a Rede Ambiental: www.madeinforest.com

Zona Franca propõe criação de selos verdes para produtos

A proposta das indústrias da Zona Franca é acrescentar aos produtos da região selos verdes que identifiquem a origem amazônica
Representantes da indústria, do governo e trabalhadores da Zona Francade Manaus estão propondo acrescentar aos produtos da região selos verdes que identifiquem a origem amazônica, assim como a sustentabilidade ambiental e também social.
A certificação do Selo Amazônico, proposta por empresários à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), deve entrar em vigor no final de 2012. Ganhará o selo produtos que contenham matérias-primas extraídas da floresta.
Serão certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) alimentos, cosméticos e fitoterápicos produzidos nos nove estados da Amazônia Legal que, além de serem ecologicamente sustentáveis, remunerem o conhecimento das populações tradicionais e não explorem trabalho escravo ou infantil.
Selo Social
O Sindicato dos Metalúrgicos de Manaus também propôs ao governo estadual e à Suframa agregar ao selo que já acompanha os produtos da Zona Franca um selo “verde e social”, que ateste a qualidade do produto e o respeito à legislação trabalhista.
- O Brasil e o mundo vão saber que aquele produto foi feito com mais dignidade para todos, ressalta o presidente do sindicato, Valdemir Santana, que pretende encaminhar a proposta do selo ambiental e trabalhista ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Para sindicalista, os selos podem agregar valor atestando qualidade e distinguindo os produtos da Zona Franca de Manaus das mercadorias de países que não respeitem direitos de trabalhadores, reconhecidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Sob a ótica do trabalho decente, o selo proposto pelo sindicato pode servir como recurso para evitar casos de abuso, como agressões físicas e assédio a trabalhadores que ocorreram recentemente em empresa de capital asiático instalada no Polo Industrial de Manaus.
Fonte : Correio Braziliense

27/10/2011

China divulga suas propostas para a COP17

O governo chinês vai defender na Conferência do Clima de Durban (COP17), que começa no dia 18 de novembro, a implementação do Plano de Ação de Bali e também que todos os países desenvolvidos sejam incluídos no Protocolo de Quioto.
O vice-ministro da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento da China, Xie Zhenhua, chamou a proposta de ‘construtiva’ e afirmou que a implementação do Plano de Ação de Bali garantiria a continuidade de Quioto e resolveria este que é um dos maiores impasses nas negociações.
“Esperamos que a conferência de Durban não fique estagnada por causa desta questão”, declarou.
De acordo com o vice-ministro, a proposta está alinhada aos princípios das ‘responsabilidades comuns, porém diferenciadas’ e ‘capacidades respectivas’. Assim, a China espera contar com o apoio dos outros países do BASIC (Brasil, África do Sul e Índia) e do grupo que reúne as nações menos desenvolvidas, o G77.
O Plano de Ação de Bali foi formulado em 2007 e possui uma lista de recomendações como iniciativas de adaptação, transferência de tecnologia e financiamento climático. Não há, entretanto, a obrigação de metas de redução de emissões de gases do efeito estufa.
Emissões per capita
Xie Zhenhua, que está em visita à Inglaterra para fechar acordos de cooperação em energias limpas e ações climáticas, afirmou ainda que a China não vai seguir o caminho dos Estados Unidos no que diz respeito a deixar as emissões per capita subirem sem controle.
“Seria um desastre planetário”, resumiu.
As emissões chinesas cresceram rapidamente nos últimos anos, tendo inclusive ultrapassado às norte-americanas. Porém, com uma população muito maior, o índice per capita ainda está em 6,8 toneladas anuais contra 16,9 toneladas dos EUA.
Segundo Xie, o governo chinês já optou pelo caminho da economia de baixo carbono e vem apresentando avanços significativos.
“Estamos nos esforçando para controlar as emissões e nossa intensidade de carbono vem caindo. Queremos atingir o pico máximo de emissões em breve e a partir de então começar a reduzir”, explicou.
Apesar dessas afirmações, um estudo recente realizado pela Agência Holandesa de Avaliação Ambiental e pelo Centro Comum de Investigação da União Europeia (JRC) demonstrou que as emissões per capita da China já são maiores que as de países como a França e Espanha e devem ultrapassar as norte-americanas em 2017.
Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil

25/10/2011

EUA e Brasil planejam satélite conjunto para observar ecossistemas do planeta

O satélite, batizado de GTEO (Observatório Global de Ecossistemas Terrestres), terá uma câmera infravermelha capaz de separar dados com uma precisão sem precedentes. Enquanto satélites de observação brasileiros captam esse tipo de radiação em dez faixas de frequência diferentes, o novo instrumento seria capaz de enxergá-las em 250 faixas distintas.
Cientistas do Brasil e EUA apresentaram hoje a proposta de um satélite para entender melhor a dinâmica entre a atmosfera e os ecossistemas do planeta. O projeto ajudará, no Brasil, a determinar com mais precisão como a Amazônia está reagindo ao aquecimento global e ao seu próprio encolhimento.
O satélite, batizado de GTEO (Observatório Global de Ecossistemas Terrestres), terá uma câmera infravermelha capaz de separar dados com uma precisão sem precedentes. Enquanto satélites de observação brasileiros captam esse tipo de radiação em dez faixas de frequência diferentes, o novo instrumento seria capaz de enxergá-las em 250 faixas distintas.
Segundo um relatório-proposta que os centros de pesquisa brasileiro e americano prepararam, o novo satélite seria a primeira missão global de mapeamento “biogeoquímico” da terra. O custo estimado do projeto é de US$ 250 milhões. A contraparte brasileira do projeto, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), providenciaria US$ 100 milhões, e a Nasa (agência espacial dos EUA), providenciaria US$ 150 milhões.
O documento afirma que os instrumentos do novo satélite têm precisão suficiente para “estabelecer uma medida de linha de base da composição bioquímica do ecossistema terrestre”. Os dados ajudariam a “reduzir a incerteza em prever as reações do ciclo de carbono e de ecossistemas à variabilidade climática”.
Ao enxergar emissões de radiação infravermelha com detalhamento, o satélite poderia medir aspectos da vegetação como a concentração de clorofila e de celulose nas folhas, a umidade, a concentração de nitrogênio nas copas das árvores e as emissões de carbono.
“Isso vai permitir ver o nível de estresse sob o qual a vegetação está”, diz Gilberto Câmara, diretor do Inpe. Segundo o cientista, será possível determinar com mais precisão se existe um ponto-de-virada do desmatamento — a quantidade de floresta que pode ser extraída sem que o bioma da Amazônia seja comprometido como um todo. Não existe consenso hoje na academia sobre se esse ponto existe ou não, e qual é o seu valor.
Pela proposta inicial, o GTEO decolaria em 2016 e permaneceria em órbita por dois anos. A Nasa seria a responsável por construir os instrumentos científicos do satélite. O Inpe fabricaria a estrutura do satélite e seu sistema de posicionamento. O lançamento seria feito em um foguete “de aluguel” russo.
Câmara afirma que a resposta sobre o projeto está agora nas mãos da Nasa, mas declara que a chance de aprovação é “maior do que 50%”. Segundo Robert Green, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, uma reposta deve sair até abril do ano que vem.
A agência americana, porém, ainda está se desdobrando para encaixar outros projetos em seu orçamento científico, que teve de ser refeito após um estouro de gastos com o Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Hubble.
Charles Bolden, administrador-chefe da Nasa, visita o Brasil na quinta-feira, onde deve falar sobre esse e outros projetos de colaboração.
Fonte : FOLHA _ RAFAEL GARCIA
DE WASHINGTON

24/10/2011

Tecnologia, consumo e dor

Documentário dá cara aos conflitos na extração de metais para celulares
“Esse lugar é o inferno na Terra. Pessoas trabalhando sob a mira de homens armados por toda parte. Meninos de 14, 15, 16 anos cavando nos buracos. Crianças com até quatro anos vendendo coisas e fazendo serviços para os soldados. Não há água potável.”
O cineasta dinamarquês Frank Poulsen sempre se considerou uma pessoa forte para cenários de pobreza e sofrimento, tendo ido a África várias vezes. Mas a visão da enorme mina de cassiterita de Bisie, num ponto remoto do Congo oriental, foi “muito além de tudo que eu já tinha visto”. “O sentimento de desespero está no ar”, descreveu ao Link pelo telefone. (Leia entrevista aqui.)
Em Bisie, milhares de pessoas se dedicam a procurar um dos minérios que, muitos estágios depois, se transformam em componentes dos celulares que todos usam. Foi lá que o diretor conseguiu as imagens mais impactantes de seu documentário, Blood In The Mobile (Sangue no Celular, em tradução livre).
Concluído no fim de 2010, o filme teve exibições esporádicas desde então (incluindo sessões no festival brasileiro É Tudo Verdade deste ano). Entre este mês e o fim do ano, o alcance deve aumentar, com sua inclusão em diversas mostras e festivais nos EUA e Inglaterra.
Blood In The Mobile é um ruído desagradável em um mundo dominado por máquinas e pelo consumo destas. O filme alerta que as matérias-primas que fazem este século 21 ser tão bem informado e conectado muitas vezes vêm de lugares que remetem aos tempos da escravidão. As cenas de Bisie podiam muito bem ser do Congo Belga do fim do século 19, descrito em tons sinistros pelo escritor Joseph Conrad no clássico Coração das Trevas.
O diretor viveu uma saga para chegar ao seu apocalíptico destino final, como o protagonista do livro de Conrad. “Primeiro tomei o avião de Kinshasa (capital do Congo) até a cidade de Goma. Daí fui de helicóptero até a vila de Walikale. Depois, foram mais 200 quilômetros de moto. E, finalmente, dois dias de caminhada pelas montanhas.”
País que tem o tamanho da Europa Ocidental, a República Democrática do Congo (o antigo Zaire) repousa esplendidamente sobre imensas reservas de diamantes, ouro, cobre, cobalto, cassiterita, volframita e coltan (abreviação para columbita-tantalita). Fora as pedras preciosas, o resto da lista são materiais usados no processo de fabricação de qualquer aparelho de celular.
Os recursos minerais do Congo são motivo de disputas sangrentas. No fim dos anos 90, as tensões descambaram no conflito mais sangrento do planeta desde o fim da Segunda Guerra Mundial, envolvendo o exército congolês, milícias locais, forças de Ruanda, Burundi e mais seis países.
Chamada de Segunda Guerra do Congo ou Guerra do Coltan, ela terminou oficialmente em 2003. Mas a paz nunca chegou de fato à região, que segue castigada por violência, exploração, ausência de direitos humanos básicos, fome e doenças. De 1998 a 2008, 5,4 milhões de pessoas morreram em consequência dos conflitos. Os produtos das minas locais ganharam o nome neutro de “minérios do conflito”.
Não surpreende que as condições de trabalho num cenário assim sejam as piores possíveis. “A situação nas minas é análoga à escravidão. As pessoas ganham para trabalhar, mas estão aprisionadas, amarradas em dívidas com os grupos armados”, relata.
Fabricantes. Segundo o diretor, tão difícil quanto acessar a distante mina congolesa foi conseguir a participação da Nokia no documentário. Poulsen escolheu a empresa por ser a fabricante do celular que usa. Depois de dois meses de tentativas por e-mail e telefone, tudo que obteve foi uma resposta de duas linhas dizendo que a “empresa não tinha recursos para ajudá-lo”. O cineasta resolveu, à laMichael Moore, ir pessoalmente à sede da empresa na Finlândia.
“No filme, eu vou várias vezes à sede da Nokia. Eles me disseram, finalmente, que sabem do problema e que estão fazendo tudo que podem, mas não especificam bem o quê”, conta.
Poulsen não tenta provar que os celulares da Nokia usam materiais de Bisie ou de outra mina do Congo. Dada a quantidade de etapas atravessada pelos minérios até chegar na manufatura do aparelho, o rastreamento é trabalhoso. “Sei da dificuldade de conhecer a cadeia de fornecimento desses recursos. Mas só as indústrias podem descobrir isso e elas não o fazem. Se recusam a divulgar sua lista de fornecedores.”
A questão dos “minérios de conflito” esteve na pauta do Congresso americano no final da década passada. O resultado foi a inclusão de uma cláusula referente ao Congo num pacotão legislativo conhecido como Lei Dodd-Frank. De acordo com ela, empresas passam a ser obrigadas a provar que seus materiais não vinham da região conflituosa no Congo.
Mesmo sem entrar em vigor, a lei Dodd-Frank já teve um impacto muito além do previsto. Apavoradas com possíveis consequências, empresas americanas pararam de comprar qualquer coisa do Congo. Foi um duro golpe na frágil economia local, onde os minérios representam quase 12% das exportações.
Por Camilo Rocha
Estadao
Exploração. No Congo, minas controladas por milícias armadas empregam mão de obra infantil. FOTO: DIVULGAÇÃO
Exploração. No Congo, minas controladas por milícias armadas empregam mão de obra infantil. FOTO: DIVULGAÇÃO

21/10/2011

Sobre filme Winter o Golfinho

Assisti ao filme "Winter O Golfinho" e recomendo para todos...lindo demais...como me motiva ter a convicção que apesar de tantos males que enfrentando e sabemos que estão presentes em nosso dia a dia, a grande maioria de pessoas nesse mundo é de fato de pessoas do bem...só precisamos divulgar mais os fatos que valem a pena e são positivos e não somente os fatos ruins/negativos, temos que deixar de dar ibope para noticiários negativos que visam apenas o sensacionalismo....
* Assistam ao filme, tenho certeza que todos vão Amar!!! lindo :)

Risco de enchente é subestimado pelas pessoas, diz Allianz

Foto : Divuçgação
As enchentes são as catástrofes naturais mais comuns do planeta e as empresas de seguros estão usando a ciência para prever melhor os seus riscos, mas ainda assim a maioria das pessoas subestima seu poder destrutivo, disse a empresa de seguros alemã Allianz em um estudo.
 Mudança climática e causas provocadas pelo homem, como o aumento da agricultura e restrições de drenagem, provocaram 182 casos de enchentes grandes em 2010, disse a Allianz.
“Em 2010, as bases de dados de desastres internacionais EM-DAT contabilizaram cerca de 400 catástrofes naturais com pelo menos 100 pessoas afetadas ou 10 mortes”, dizia o relatório de outubro.
 Perto de metade dessas catástrofes foram enchentes, afetando 179 milhões de pessoas em todo o mundo.
 Em janeiro, enchentes que devastaram o estado australiano de Queensland resultaram em 364 milhões de dólares em pedidos de seguro, segundo o Conselho de Seguros da Austrália.
 ”Áreas de drenagem natural estão sendo fechadas cada vez mais, por exemplo, devido à construção de estradas”, disse Markus Stowasser, da Allianz SE Reinsurance. “Além disso, cada vez mais moradias são construídas perto de rios”.
 Os custos anuais de seguro por desastres naturais aumentaram de 5 bilhões de dólares para mais de 40 bilhões de dólares nos últimos 40 anos, diz o estudo.
 ”Simulações mostram que na Alemanha pedidos de seguro devem dobrar até o final deste século”, afirmou a Allianz.
Fonte : REUTERS_ estadão.com.br
Reportagem de Sarah Mortimer
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*Antes de imprimir, pense em sua responsabilidade e compromisso com o Meio Ambiente.

Responsabilidade Socioambiental: Faça sua parte

Patricia Patriota - Ambiental Sustentável

20/10/2011

Responsáveis por queimadas irregulares serão punidos

Quem promoveu queimadas sem autorização da Semar será identificado e multado.
Embora em 2011 o Ibama tenha registrado um número menor de ocorrências nos sete municípios piauienses onde foram criadas brigadas de combate ao fogo, este ano, no período de 1º de janeiro a 17 de agosto, ocorreram 8.915 queimadas no estado, boa parte delas na região dos Cerrado _ Queimada no Piauí/ Foto:Francisco Leal)dos.
Técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) vão periciar as áreas incendiadas no interior do Estado. No Piauí, somente a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) pode avaliar a área e realiza prévia autorização de desmatamento, de acordo com a legislação e após rigorosa fiscalização.
Embora em 2011 o Ibama tenha registrado um número menor de ocorrências nos sete municípios piauienses onde foram criadas brigadas de combate ao fogo, este ano, no período de 1º de janeiro a 17 de agosto, ocorreram 8.915 queimadas no estado, boa parte delas na região dos Cerrados. Os infratores serão multados.
Segundo Francisco Celso de Medeiros, coordenador estadual do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), do Ibama, com o início das chuvas no Sul do Piauí, as queimadas na região estão terminando. Na região Norte, o problema deverá prosseguir pelo menos até o início do próximo ano. “O ciclo das queimadas no Piauí começa no final de agosto e acaba no final de outubro ou começo de novembro, na região Sul. No Norte, os incêndios vão até fevereiro”.
Ele explica também que quando a queimada é feita de forma legal, com autorização da Semar, e ocorre em áreas de atuação do Ibama, todo o processo é acompanhado por técnicos do órgão. Nos casos de focos de incêndio próximos à rede de distribuição elétrica, a responsabilidade fica com a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
Celso Medeiros reconhece que o Piauí já avançou muito. Há menos de sete anos, chegaram a ocorrer até 50 desligamentos na rede de energia elétrica por conta das queimadas. Em 2010, ocorreram apenas dois casos e este ano ainda não aconteceu nenhum.
O PrevFogo atua nos municípios de Corrente, Bom Jesus, Canto do Buriti, Alvorada do Gurguéia, Uruçuí, Baixa Grande do Ribeiro e Piracuruca. São áreas próximas ou que abrigam parques estaduais e federais e que contam com a vigilância de 121 homens, os chamados brigadistas.
Fonte : SEMAR/ Ilziane Virgínia_Com informações da Ccom

Estados do Norte discutem plano nacional de resíduos sólidos

Estados da Região Norte do Brasil _mapa
Os governos do Pará, Amazonas, Tocantins, Rondônia, Roraima e Acre iniciaram, nesta terça-feira (18), em Belém, as discussões para proposições ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a audiência pública da região Norte prossegue até quarta-feira (19), no hotel Beira Rio. As contribuições estarão prontas para ser sistematizadas e apresentadas em Brasília, no próximo mês.
Silvano da Costa, representante do ministério na audiência, parabenizou a mobilização no evento, que mostra a importância que os governos dão ao tema e à preocupação com a resolução do problema dos resíduos sólidos. “Um tempo atrás, num evento como esse, era possível contar o número de pessoas. Hoje, é possível reunir muita gente”, observou.
 Ele também reforçou que o plano pretende vincular o governo federal aos governos estadual e municipal. “Não dava para a União fazer um plano sem considerar os Estados. Outro ponto a ser destacado é que o plano não é de resíduos sólidos urbanos, mas de todos os resíduos, e ainda estabelece as ferramentas e estratégias para a efetiva implementação da política nacional”, complementou.
 Contribuição –A secretária de Meio Ambiente do Pará, Teresa Cativo, reforçou o compromisso que o Estado tem com a questão, assim como os representantes dos outros estados, e disse que é preciso mostrar as singularidades de cada um. “Precisamos observar o que acontece nos municípios. Os Estados amazônicos precisam discutir e propor ideias para que o plano dê conta de resolver o problema da gestão de resíduos sólidos”, disse.
 O promotor do Ministério Público do Pará Raimundo Moraes pediu a todos para não esgotarem os assuntos na audiência, e que aproveitem o momento para destacar a divisão de tarefas dos Estados e a participação da sociedade. “O plano não pode interferir na coleta de lixo dos municípios, mas deve tratar da reutilização de materiais que vão afetar a ponta nos custos finais, sim”. O fomento das atividades dos catadores de lixo, por exemplo, que são relevantes para a sociedade, é outro ponto que merece atenção, segundo o promotor.
 Lançado dia 1º de setembro, pelo Ministério do Meio Ambiente, a consulta pública para a versão preliminar do plano será discutida em todas as regiões do Brasil. Nos dois dias do evento, em Belém, serão divididos grupos para debater os seguintes temas: resíduos sólidos urbanos e inclusão de catadores de materiais recicláveis; resíduos de serviços de saúde, portos, aeroportos e terminais rodoviários; resíduos industriais; resíduos de mineração; resíduos agros-silvipastoris; e resíduos da construção e demolição. No momento da inscrição, o interessado deve optar por participar de um dos grupos.
 A audiência servirá para a implementação do plano com a apresentação da situação macroeconômica e institucional, diretrizes, estratégias e as metas para o manejo adequado de resíduos sólidos no Brasil. O acesso público ao documento preliminar está disponível no site do ministério, que receberá contribuições da sociedade até o dia 7 de novembro deste ano.
 Fonte : Ascom Sema_ Agência Pará de Notícias

“Metas da Rio+20 devem ser cobradas com sistema de punição”, diz senador

depois da Rio92, ambientalistas do mundo inteiro vão voltar ao Brasil para um novo encontro da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre meio ambiente. O CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) vai ouvir especialistas e representantes da sociedade civil para ajudar a construir a proposta brasileira para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ocorre em junho de 2012./ Greenstyle
De acordo com o parlamentar Rodrigo Rollemberg, presidente da Comissão de Meio Ambiente  do Senado, os temas que serão mais abordados na Conferência Rio+20, que acontece em maio do próximo ano, serão a economiaverde como instrumento de combate à pobreza e a governança para instrumentar estas mudanças.
Para o senador, o Brasil precisa “fazer seu dever de casapara que possa se sentir mais à vontade” para sediar um evento como este.
“O Brasil tem uma posição favorável e bastante positiva quando o assunto é meio ambiente. Até lá, nós temos que fazer nosso dever de casa, aprovar um bom código florestal e cumprir as metas de desmatamento. Temos que ter uma posição mais incisiva, para que os compromissos não sejam meros protocolos de intenções”, alerta.
Fonte : Jornal do Brasil _Annaclara Velasco

19/10/2011

Tecnologia da Embrapa Solos permite a produção de tomates sem resíduos de agrotóxicos

A Embrapa Solos, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no Rio, apresenta nesta terça-feira (18), no município de São Sebastião do Alto, na região serrana do estado, o tomatec. Trata-se de uma tecnologia desenvolvida pela empresa para a produção de tomates sem resíduos de agrotóxicos.
No Sítio Rio Negro, onde será feita a apresentação, estão plantados 2 mil pés de tomates, cultivados pelos pequenos produtores locais. O evento reunirá técnicos da Embrapa Solos e agricultores das regiões serrana, norte e noroeste do estado.
Segundo o engenheiro agrônomo José Ronaldo Macedo, pesquisador da Embrapa Solos, o tomatec é um sistema de produção que permite cultivar qualquer variedade de tomate. Ele se caracteriza pelo ensacamento das pencas, que garante que o fruto não fique contaminado por pragas nem por resíduos de agrotóxicos.
Não se trata, contudo, de produção orgânica, uma vez que existe, quando necessária, embora em escala reduzida, a aplicação de produtos químicos contra pragas, como defensivos agrícolas ou fungicidas, esclareceu.
Macedo explicou ainda que a tecnologia permite reduzir o custo dos produtores em cerca de 10%, ampliando a produtividade em até 30%. Ele avaliou que a redução no custo é um grande ganho, porque haverá aumento de produtividade e porque a ideia no futuro é que o produtor tenha esse produto valorizado.
A tecnologia desenvolvida pela Embrapa Solos baseia-se em pontos que podem ser adotados por qualquer agricultor. Um deles é a introdução do sistema de plantio direto, que envolve rotação de culturas, para o solo não ficar contaminado por pragas e doenças que atingem o tomate.
A condução do tomate, ou tutoramento, é feita nessa tecnologia de forma vertical e não inclinada, como ocorre tradicionalmente, o que favorece a criação de um microambiente muito úmido próximo às plantas. Pelo tomatec, o tutoramento é feito com fitilhos que são usados uma vez e, depois, entram na rotação de culturas, como, por exemplo, a ervilha ou o feijão de corda.
Outro ponto reúne o uso da irrigação por gotejamento com a adubação. A essa técnica dá-se o nome de fertirrigação. Na produção tradicional de tomate, os produtores usam mangueira de duas polegadas. “É um sistema muito arcaico. Na fertirrigação, o produtor fica com o tempo de irrigar e adubar liberado para fazer outros tratamentos”.
Em seguida, vem o manejo integrado de pragas. Duas vezes por semana, o agricultor percorre a lavoura, analisando um número pequeno de plantas. Ele anota as doenças encontradas e, ao final do monitoramento, quantifica as pragas. “Se houver necessidade, aplica o inseticida ou fungicida”. O agrônomo da Embrapa Solos destacou que como as pencas deverão estar ensacadas nessa etapa do plantio, os sacos protegem contra a aplicação de defensivos.
“E os produtores têm a garantia de que vão colher 100% dos frutos, que não são atacados pelas brocas, praga que, nos tomates, causa prejuízo de mais de 50% do plantio se não houver o tratamento adequado”, explicou. Segundo Macedo, o agricultor ganha em termos de produtividade com o ensacamento, pelo fato de o inseto não conseguir atingir o fruto. Sem o ensacamento, a perda da lavoura atinge, em média, de 20% a 30%.
No fim de novembro, a Embrapa Solos realizará um dia de campo em Nova Friburgo para a apresentação do tomatec.
(Agência Brasil)

18/10/2011

Cientistas confirmam que aquecimento global intensifica enchentes

Estudos detalham relação entre emissões de gases causadores do efeito estufa e maior incidência de chuvas

Menino observa escombros de mercado de tecidos na cidade de Nowshera, no Paquistão. Foto : Behrouz Mehri/02.08.2010/AFP
A sequência de inundações pelo mundo nos últimos meses sempre foi relacionada às mudanças climáticas com muita cautela por cientistas climáticos. A resposta mais comum era a de que eventos extremos poderiam estar ligados ao aquecimento global, mas ainda não havia base científica para comprovar tal relação. Dois estudos publicados nesta semana no periódico científico Nature tentam responder essa pergunta. E a resposta é sim, há relação. Gases causadores do efeito estufa estão associados ao aumento da formação de chuvas. Os resultados dos dois estudos são as primeiras identificações formais sobre a contribuição humana para eventos extremos como nevascas, inundações e secas.
Um dos estudos analisou a intensificação da precipitação (formação da chuva a partir de altos índices de umidade na atmosfera) sobre grandes áreas do Hemisfério Norte na segunda metade do século XX. Pesquisadores do Consórcio de Impactos Climáticos do Pacífico combinaram séries de dados de modelos climáticos que têm o mesmo histórico sobre concentração de gases do efeito estufa.
“Nosso estudo indica que em grande parte do Hemisfério Norte, quantidades anuais de precipitação máxima em qualquer dia ou em cinco dias consecutivos (que normalmente estão relacionadas às enchentes) têm aumentado” disse ao iG Xuebin Zhang, co-autor do estudo que atribuiu o aumento em larga escala destes eventos aos efeitos do homem na concentração de gases do efeito estufa na atmosfera.
“O que descobrimos foi que determinadas mudanças observadas na análise dos padrões não podem ser explicadas apenas com a variabilidade climática natural. Desta forma, fomos capazes de atribuir as mudanças na precipitação às influências do homem”, disse Zhang.
Os autores cruzaram dados de diversos modelos climáticos para identificar variações nos padrões. “Quando cruzamos estes modelos climáticos podemos perceber a resposta específica a estas mudanças de concentração. Normalmente estes padrões deveriam ser quase homogêneos. Então é como reconhecer um rosto na multidão. Podemos identificar a relação de tais mudanças nos dados”, disse Francis Zwiers da Universidade de Victoria, no Canadá, também autor do estudo.
Os autores do estudo enfatizam que inundações ocorrem naturalmente, sem o aquecimento global. Mas argumentam que modelos climáticos têm subestimado os efeitos do aquecimento global provocado pelo homem sobre a intensificação da precipitação na atmosfera.
Inundações no Reino Unido criam modelo
Outro estudo, realizado por pesquisadores das universidades de Oxford (Reino Unido) e Zurique (Suíça), analisou as inundações que ocorreram no Reino Unido em outubro e novembro de 2000. Os pesquisadores constataram que é muito provável que gases causadores do efeito estufa tenham intensificado a precipitação que gerou as inundações.
O modelo criado a partir da análise dos padrões de chuva aponta que a ação do homem foi responsável por 20% da intensidade das precipitações. Mas os pesquisadores alertam que esse valor não é absoluto e pode estar sujeito a revisões.
A partir deste estudo, os pesquisadores criaram um modelo climático. Ele aponta que, em nove entre dez casos de chuvas, as emissões de gases do efeito de estufa aumentaram o risco de inundações na Inglaterra e País de Gales em mais de 20%. Em dois em cada três casos o aumento de risco foi maior que 90%.
Para entender porque o aquecimento global pode aumentar a intensidade das chuvas, é preciso considerar que a emissão de gases causadores do efeito estufa resulta no aumento da temperatura do ar. A quantidade máxima de vapor de água que o ar pode conter (sem condensar) aumenta com a elevação da temperatura.
Isto quer dizer que um mundo mais quente, devido ao aumento dos gases com efeito de estufa, tem mais umidade no ar disponível para a precipitação. Assim, o aumento dos gases de efeito estufa pode contribuir para a precipitação mais intensa.
Fonte :Maria Fernanda Ziegler_  iG São Paulo

17/10/2011

Poda radical de árvores vira filme para sensibilizar

Por todo o Centro Histórico,a imagem das árvores ameaçadas pela poda. Foto : arquivo /Tribuna de Petrópolis/Avenida Koeler
A poda radical de árvores que vem desagradando os petropolitanos e modificando a paisagem de tradicionais ruas do Centro Histórico de Petrópolis, como a tombada Avenida Koeler e vias de acesso ao Centro como as ruas Roberto Silveira e Imperatriz, é o tema de um vídeo que tem o objetivo de sensibilizar autoridades e  mobilizar os petropolitanos a cobrar o fim do corte de toda a folhagem das árvores, que se repete ano após ano. Intitulado Dia da Árvore, o clip foi produzido pelo Canal da Televisual Filmes e está disponível no endereço eletrônico http://www.youtube.com/watch?v=3vCUUce2Rjk.
“O que está acontecendo com as árvores em Petrópolis é muito grave. Essa poda radical mutila as árvores. A intenção desse vídeo é  colocar esse assunto em discussão e fazer com que as pessoas se mobilizem e mostrem sua indignação. A arborização tem um impacto direto no clima. O que está sendo feito com as nossas árvores contribui para a mudança do clima na nossa cidade e modifica as características de Petrópolis, causa um dano irreversível.  Sabemos que este processo não é novo. Temos visto esta poda radical nas árvores se repetir nos últimos 10 anos. Nosso objetivo com esse clipe é levar as pessoas a refletir, a avaliar como elas querem ver a cidade em que vivem daqui a cinco ou 10 anos”, disse o diretor de Criação da Televisual, Heber Lobato Jr.
O diretor explica que esta não é a primeira vez que o tema é registrado em imagens. “Em 2010, lançamos um primeiro alerta pra esse problema com o clipe Isso é Poda?. Na ocasião, convidamos pessoas que entendem do assunto e os cidadãos a opinar. Recebemos mensagens de apoio de todas as partes do mundo. Através das imagens, especialistas foram categóricos em afirmar que o que está acontecendo em Petrópolis não tem justificativa técnica, mas isso não serviu para sensibilizar a Prefeitura, que deveria ser responsável por cuidar e proteger essas árvores. O mínimo que se esperava é que se buscasse a avaliação de outros técnicos, mas isso não aconteceu”, afirma.
As cenas que aparecem no novo vídeo foram feitas durante o inverno desse ano, quando a poda das árvores do Centro Histórico foi percebida pelos moradores. “No clipe, a neblina típica de Petrópolis foi captada nas cenas que mostram as árvores completamente sem folhagem ao longo de vias importantes. Usamos a própria natureza para reforçar o clima de horror que as imagens daquelas árvores passam pra todos nós que amamos Petrópolis”, explica Marcelo Filgueiras, diretor de produção da empresa.
“Qualquer cidadão mais atento percebe que nos últimos 10 anos as árvores do Centro Histórico estão ficando com galhos e folhagens cada vez mais ralos e, em muitos casos, ganhando aspecto grotesco, bem diverso do que é típico nas suas espécies. Há questionamentos, inclusive, quanto a, por trás dessa prática, haver o interesse direto em reduzir a cobertura vegetal para beneficiar o fornecimento de energia elétrica o que, se comprovado, seria um escândalo. O que nos resta então é continuar mostrando o que está ocorrendo e esperar que se forme uma consciência coletiva grande o suficiente para cobrar as medidas cabíveis”, avalia Heber Lobato Jr.

Reclamação fez com que azaléias escapassem da poda

Foram necessários mais de três anos de insistência junto aos órgãos públicos até que o petropolitano Jorge Coelho conseguisse que as azaléias plantadas em jardineiras de vias públicas da cidade escapassem da poda fora de época e voltassem a florir. “A poda das azaléias deve ser feita no fim do ano, após a floração, que acontece em outubro. Durante anos esse trabalho foi feito de forma errada, em junho, na época em que os botões começavam a se formar. Eles eram cortados na poda e na época certa as plantas não floresciam.  Outro detalhe que não era observado era que somente as azaléias maiores precisam ser podadas. Aquelas muito pequenas, se forem podadas morrem”, explica Jorge, frisando que durante anos se dedicou ao cuidado de jardim na casa de campo que possui na cidade.
Ele critica também o tipo de poda que vem sendo feito nas árvores da cidade. “Em algumas  ruas, como na rua do Petropolitano (Av. Roberto Silveira), por exemplo, algumas árvores ficaram só no esqueleto”, critica.
Fonte : JAQUELINE RIBEIRO_TRIBUNA de PETRÓPOLIS

Projeto Verão Ambiental conscienta para a preservação das praias

Praia da Boa Viagem - Recife - Pernambuco. Foto : Christian Knepper
Para conscientizar a população sobre a importância da preservação das áreas litorâneas, principalmente no período de veraneio, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) lança hoje o Projeto Verão Ambiental: essa é a nossa praia!.
A solenidade acontece esta manhã, no auditório da Agência, em Casa Forte, com a presença dos gestores dos 13 municípios onde o projeto será realizado, além de representantes do Ministério Público Estadual (MPPE) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Na ocasião, será apresentada programação que conta com capacitação dos gestores, cortejo ambiental e peça teatral. Estão previstos ainda o lançamento de um vídeo e de cartilhas educativas resultado da 1ª edição do projeto com informações sobre os principais problemas existentes e orientações para as pessoas que frequentam as praias. O material foi elaborado com informações e conteúdos apresentados e discutidos pelos representantes dos setores dos municípios que participaram das Oficinas de Educação Ambiental.
O projeto  começa este mês e segue até janeiro de 2012. O trabalho de educação ambiental tem o objetivo de promover a sustentabilidade, por meio de ações pontuais em praias de norte a sul do estado, em parceria com instituições e municípios.
Fonte : Diário de Permambuco

País deve economizar pelo menos R$ 75 milhões com horário de verão, prevê ONS

A partir deste domingo, os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, da Bahia e do Distrito Federal devem adiantar os relógios em uma hora em relação ao horário oficial de Brasília para se adaptar ao horário de verão. A previsão do governo federal é reduzir entre 4,5% e 5% a demanda por energia no período de pico do consumo, entre as 18h e as 21h, durante o horário de verão, que começou hoje e termina em 26 de fevereiro de 2012. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê uma economia entre R$ 75 milhões e R$ 100 milhões para o país durante o período.
O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano para aproveitar melhor a luminosidade natural do dia e reduzir o consumo de energia, que cresce naturalmente por causa do calor e do aumento da produção industrial às vésperas do Natal. Com o horário de verão, é possível reduzir a demanda por energia no período de suprimento mais crítico do dia, entre as 18h e as 21h, quando a coincidência da utilização de energia elétrica por toda a população provoca um pico de consumo.
Com os relógios adiantados em uma hora, é possível aproveitar melhor a luz natural, o que resulta em uma redução média de 4% a 5% na demanda nesse horário e poupa o país de sofrer as consequências da sobrecarga na rede durante a estação mais quente do ano, quando também aumenta o uso de eletricidade para refrigeração, ar condicionado e ventilação.
A redução total de consumo deve ficar em torno de 0,5%, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. A redução entre 4,5% e 5% da demanda por energia no horário de pico, estimada pelo governo para este horário de verão, é semelhante à que foi registrado no ano passado (4,4%)
De acordo com o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, a adoção do horário de verão resulta em ganhos para a sociedade, pois evita investimentos na expansão do sistema de energia para atender à demanda no horário de pico. “Se não são feitos investimentos, o consumidor não tem aumento de tarifa”. Outro benefício é a segurança do sistema, que passa a operar mais aliviado.
O horário de verão vai terminar uma semana mais tarde no ano que vem, porque a data prevista para o fim do novo horário, que seria no terceiro domingo de fevereiro, vai coincidir com o feriado de carnaval. De acordo com o decreto que instituiu o horário de verão, quando há coincidência entre o dia previsto para o término da hora de verão e o domingo de carnaval, o encerramento deve ser no domingo seguinte, que cairá no dia 26 de fevereiro. O objetivo é evitar que, em meio a um feriado, a população acabe se esquecendo de ajustar os relógios.
Este ano, o horário de verão também será adotado na Bahia, a pedido do governador do estado, Jaques Wagner. Além da Bahia, o novo horário valerá para os estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, Espírito Santo, de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.
No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932 pelo então presidente Getúlio Vargas e foi implantado até 1967, mas de forma esporádica. A medida foi suspensa por 18 anos e voltou a vigorar no verão de 1985/86, como parte do racionamento ocorrido na época por falta de água nos reservatórios das hidrelétricas. Desde então, o horário de verão passou a ocorrer todos os anos e atualmente vários países fazem mudança no horário convencional para aproveitar melhor a luminosidade do verão.
Fonte : Correio do Brasil

13/10/2011

Operação flagra crime ambiental e fecha carvoaria ilegal em área de proteção no Rio

Uma operação conjunta envolvendo 220 homens das polícias Civil, Militar e Federal flagrou crimes ambientais e fechou uma carvoaria que queimava árvores de manguezais da Baía de Guanabara. Também foram autuadas 30 empresas de reciclagem de lixo que jogavam os resíduos no mar.
Uma operação da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), que pertence à Secretaria Estadual do Ambiente (SEA)
A operação, no dia 11/10, no entorno do depósito de lixo de Gramacho, em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio. O local é responsável pelo recebimento da maior parte dos resíduos da capital e de outras grandes cidades do entorno. Classificada como área de proteção permanente (APP), o manguezal às margens da baía é uma das últimas reservas de mata que restaram da vegetação original.
As árvores eram cortadas e queimadas em fornos de barro. O carvão era embalado e vendido tanto a pequenos comerciantes como para empresas maiores, incluindo churrascarias. Segundo o responsável pela Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), coronel José Maurício Padrone, foram destruídos cinco fornos, cada um com capacidade de produzir 300 quilos de carvão, a partir de 500 quilos de madeira do mangue.
Padrone disse que esta não foi a primeira ação no local e lembrou que a Cicca vem realizando operações contra carvoarias no entorno da Baía de Guanabara desde 2007. O militar ressaltou que alguns criminosos são reincidentes – um deles havia sido preso quatro vezes pelo mesmo crime – mas que acabam beneficiados pela legislação vigente, que não classifica devastação ambiental e exploração de carvoarias ilegais como crimes de grande poder ofensivo, resultando somente em penas alternativas, como pagamento de cestas básicas.
“Já foram feitas várias operações no bairro de Jardim Gramacho. De 2007 para cá, fechamos vários fornos de carvão. Teve um proprietário que foi preso quatro vezes. Como é um crime de pequeno potencial ofensivo, o cidadão é preso e depois solto. É preciso mudar a lei. O pouquinho de mangue que ainda resta naquela área está sendo completamente degradado”, alertou Padrone. Para o coronel, é preciso descobrir quem é o proprietário da carvoaria e para quem estava sendo vendido o carvão ilegal.
Em outra frente da operação, o objetivo foi fiscalizar empresas e cooperativas de reciclagem, algumas irregulares e sem registro, que estavam poluindo a baía. Foram fechadas 30 empresas e detidas 30 pessoas. O delegado federal Fábio Scliar classificou de falsas recicladoras as empresas: “Os resíduos vão parar no manguezal e na Baía de Guanabara, causando uma degradação ambiental e humana muito grande.”
Fonte : _ Vladimir Platonow, da Agência Brasil, publicada pelo
A operação, no dia 11/10, no entorno do depósito de lixo de Gramacho, em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio. O local é responsável pelo recebimento da maior parte dos resíduos da capital e de outras grandes cidades do entorno. Classificada como área de proteção permanente (APP), o manguezal às margens da baía é uma das últimas reservas de mata que restaram da vegetação original.
As árvores eram cortadas e queimadas em fornos de barro. O carvão era embalado e vendido tanto a pequenos comerciantes como para empresas maiores, incluindo churrascarias. Segundo o responsável pela Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), coronel José Maurício Padrone, foram destruídos cinco fornos, cada um com capacidade de produzir 300 quilos de carvão, a partir de 500 quilos de madeira do mangue.
Padrone disse que esta não foi a primeira ação no local e lembrou que a Cicca vem realizando operações contra carvoarias no entorno da Baía de Guanabara desde 2007. O militar ressaltou que alguns criminosos são reincidentes – um deles havia sido preso quatro vezes pelo mesmo crime – mas que acabam beneficiados pela legislação vigente, que não classifica devastação ambiental e exploração de carvoarias ilegais como crimes de grande poder ofensivo, resultando somente em penas alternativas, como pagamento de cestas básicas.
“Já foram feitas várias operações no bairro de Jardim Gramacho. De 2007 para cá, fechamos vários fornos de carvão. Teve um proprietário que foi preso quatro vezes. Como é um crime de pequeno potencial ofensivo, o cidadão é preso e depois solto. É preciso mudar a lei. O pouquinho de mangue que ainda resta naquela área está sendo completamente degradado”, alertou Padrone. Para o coronel, é preciso descobrir quem é o proprietário da carvoaria e para quem estava sendo vendido o carvão ilegal.
Em outra frente da operação, o objetivo foi fiscalizar empresas e cooperativas de reciclagem, algumas irreg
A operação, no dia 11/10, no entorno do depósito de lixo de Gramacho, em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio. O local é responsável pelo recebimento da maior parte dos resíduos da capital e de outras grandes cidades do entorno. Classificada como área de proteção permanente (APP), o manguezal às margens da baía é uma das últimas reservas de mata que restaram da vegetação original.
As árvores eram cortadas e queimadas em fornos de barro. O carvão era embalado e vendido tanto a pequenos comerciantes como para empresas maiores, incluindo churrascarias. Segundo o responsável pela Coordenadoria de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), coronel José Maurício Padrone, foram destruídos cinco fornos, cada um com capacidade de produzir 300 quilos de carvão, a partir de 500 quilos de madeira do mangue.
Padrone disse que esta não foi a primeira ação no local e lembrou que a Cicca vem realizando operações contra carvoarias no entorno da Baía de Guanabara desde 2007. O militar ressaltou que alguns criminosos são reincidentes – um deles havia sido preso quatro vezes pelo mesmo crime – mas que acabam beneficiados pela legislação vigente, que não classifica devastação ambiental e exploração de carvoarias ilegais como crimes de grande poder ofensivo, resultando somente em penas alternativas, como pagamento de cestas básicas.
“Já foram feitas várias operações no bairro de Jardim Gramacho. De 2007 para cá, fechamos vários fornos de carvão. Teve um proprietário que foi preso quatro vezes. Como é um crime de pequeno potencial ofensivo, o cidadão é preso e depois solto. É preciso mudar a lei. O pouquinho de mangue que ainda resta naquela área está sendo completamente degradado”, alertou Padrone. Para o coronel, é preciso descobrir quem é o proprietário da carvoaria e para quem estava sendo vendido o carvão ilegal.
Em outra frente da operação, o objetivo foi fiscalizar empresas e cooperativas de reciclagem, algumas irregulares e sem registro, que estavam poluindo a baía. Foram fechadas 30 empresas e detidas 30 pessoas. O delegado federal Fábio Scliar classificou de falsas recicladoras as empresas: “Os resíduos vão parar no manguezal e na Baía de Guanabara, causando uma degradação ambiental e humana muito grande.”
Fonte : EcoDebate _ Vladimir Platonow, da Agência Brasil

12/10/2011

No Dia das Crianças, incentive práticas de consumo consciente nos pequenos

Como é de costume, as crianças esperam receber presentes no próximo dia 12, o Dia das Crianças. E os pais, por sua vez, vão sair para as compras. Aliás, a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) já anunciou um crescimento de 7% nas vendas de brinquedos e roupas em relação à mesma data do ano passado.
Mas, por outro lado, esse aumento se reflete no consumo de matérias-primas, insumos, energia, água, esgotos industriais, produtos químicos, petróleo, transporte, embalagens, emissão de gases de efeito estufa e diversos resíduos: hoje, a humanidade já consome e descarta 30% a mais do que o planeta consegue repor e absorver. É inevitável, todo ato de consumo causa impactos positivos e negativos sobre a natureza, a sociedade e a economia. Por isso devemos consumir diferente, sem desperdícios, ampliando assim os impactos positivos e reduzindo os negativos. Isso é consumo consciente. Clique aqui para ficar por dentro de algumas dicas que ajudam a praticar o consumo consciente no seu dia-a-dia.
O desafio, portanto, é consumir de forma sustentável. Vencer este desafio já é um belo presente para todas as crianças. Isso também significa preocupação com o bem estar dos cidadãos do futuro e ensinar, desde cedo, a responsabilidade do consumidor em relação à conservação da natureza, às relações sociais e na construção de uma economia sólida e sustentável.
Cecília Gasparian, psicopedagoga e diretora científica da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPP), destaca a vantagem de proporcionar esse aprendizado às crianças. “Elas [as crianças] estão na fase inicial de compreensão do mundo. Por isso, quanto mais cedo começarem a lidar com a responsabilidade de preservar o meio em que elas também vão criar seus filhos, tanto melhor”.
A recomendação, portanto, é incluir a criança no processo da compra – decidir com ela quanto gastar, o que comprar e, juntos, discutir os fatores socioambientais que levaram a escolha do produto. Mas, antes de ir às compras, veja algumas dicas do Akatu para praticar o consumo consciente no Dia das Crianças. Elas inspiram para a troca de bens e de sentimentos entre pais e filhos, incentivam à conversa, ao ensinamento e à experimentação.
Atividades
Abaixo, confira mais sugestões de presentes e atividades para realizar com as crianças neste dia especial. O foco é proporcionar um clima favorável à fluidez de sentimentos, comportamentos e valores, como amor, afeto, compaixão, alegria, carinho, justiça, respeito, solidariedade e sensibilidade. Ou seja, alguns dos prazeres da vida que quanto mais “gastamos”, mais se multiplicam.
Site
www.akatumirim.org.br
Descritivo: o site estimula crianças a navegarem pelo mundo do consumo consciente. Acessando a página, as crianças descobrem por meio de jogos, dinâmicas, leitura e muita interatividade, de onde vêm e para onde vão os diversos produtos que consomem, além de descobrirem os impactos de suas cadeias produtivas sobre o meio ambiente.
Passeios
Praças, parques ou zoológicos: as crianças adoram passeios ao ar livre. Aproveite a oportunidade para ensinar a elas a relação que nós, seres humanos, temos com tudo que nos rodeia e a importância de conservar os seres vivos, como plantas, árvores e animais. Priorize parques e zoológicos que têm espécies em vias de extinção e aproveite para reforçar a necessidade de conservar o meio ambiente. Muitos parques têm estrutura para a prática de atividades físicas, como andar de bicicleta, jogar bola ou, simplesmente, correr.
Piquenique: uma ótima oportunidade para juntar a família e, em conjunto, fazer uma refeição ao ar livre, trocar ideias, afeto, contar às crianças sobre suas memórias de infância – cheiros, cores e sabores –, sempre conectando com o meio ambiente, brincadeiras e muitas outras coisas. Baixe o Guia para um Piquenique Sustentável para saber como se deslocar, formas corretas de descarte dos resíduos gerados, sugestões de brincadeiras e outras dicas para fazer um piquenique sustentável. Veja aqui sugestões sobre o que levar na cesta de alimentos.
Leitura
As editoras brasileiras já contam com uma rica diversidade de livros infantis, de autores nacionais e estrangeiros, que mostram às crianças, de forma simples e educativa, a importância de respeitar e preservar a natureza e o próximo.
Título: 10 coisas que eu posso fazer para ajudar meu planeta
Autora: Melanie Walsh
Editora: Alles Trade
Classificação: indicado para crianças de três a sete anos
Título: Meu dia verde
Autora: Melanie Walsh
Editora: Alles Trade
Classificação: indicado para crianças de sete a 12 anos
Título: Belezura matinha
Autor: Lalau
Editora: Peirópolis
Classificação: indicado para crianças de três a sete anos
Título: O Livro do planeta Terra
Autor: Todd Parr
Editora: Panda Books
Classificação: indicado para crianças de três a dez anos
Título: Ana Folha e a turma do lixão
Autora: Luciana Ribeiro
Editora: Ler Editora
Classificação: indicado para crianças de sete a dez anos
Título: O Livro Eu Te Amo
Autor: Todd Parr
Editora: Panda Books
Classificação: indicado para crianças de três a dez anos
(Akatu)

08/10/2011

A água no Brasil

Divulgado estudo que faz diagnóstico atualizado da situação da água e de sua gestão no Brasil.
Investimento em saneamento tem melhorado a qualidade da água em regiões metropolitanas estratégicas
 Desde o dia 19 de julho de 2011, o Brasil já sabe qual é a situação mais atualizada da água no País em vários aspectos, como: disponibilidade hídrica, qualidade da água e gestão de recursos hídricos. Nesta data, durante coletiva de imprensa na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, lançaram o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2011. No mesmo dia, a publicação foi disponibilizada em:http://conjuntura.ana.gov.br/conjuntura/.
Com dados consolidados até dezembro de 2010, o estudo da ANA, que atende a uma demanda do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, é uma ferramenta de acompanhamento sistemático e anual da condição dos recursos hídricos e de sua gestão em escala nacional, por regiões hidrográficas, em temas fundamentais para o setor de recursos hídricos, como: volume de chuvas; ocorrência de eventos hidrológicos críticos (secas e cheias); disponibilidade hídrica nas diferentes regiões do Brasil; os usos múltiplos da água (irrigação, saneamento e hidroeletricidade, por exemplo); qualidade das águas; a evolução dos comitês de bacias; o planejamento, a regulação e a cobrança pelo uso dos recursos hídricos.
O trabalho registra melhorias na qualidade da água na última década em algumas bacias brasileiras, que receberam investimentos em tratamento de esgotos. Além disso, o estudo mostra que em 2010, 19% dos municípios brasileiros decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública devido à ocorrência de cheias ou problemas de estiagem ou seca, sendo que o número geral desses registros caiu de 1967, em 2009, para 1184 no ano passado. No aspecto da gestão de recursos hídricos, o Informe 2011 indica um aumento do número de comitês de bacias e da área de cobertura do território nacional por planos de recursos hídricos (51% do território nacional) – planos diretores que visam a fundamentar e orientar a implementação do gerenciamento e da Política Nacional de Recursos Hídricos.
O Informe 2011 contém uma análise considerando de forma integrada os aspectos de quantidade (relação entre demanda de água e oferta – balanço quantitativo) e qualidade da água nas bacias brasileiras. Os resultados dessa avaliação apontam para um conjunto de bacias críticas, onde há maior potencial para ocorrência de conflitos pelo uso da água, que deverão merecer atenção crescente por parte dos gestores de recursos hídricos.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2011 é uma ferramenta importante para que o País conheça a realidade da condição de suas águas. “O acompanhamento e a avaliação da situação dos recursos hídricos em escala nacional pelo Relatório subsidiam a definição das ações e intervenções necessárias para a melhora da quantidade e da qualidade das águas”, afirma.
Segundo o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, o Informe 2011 permite o acompanhamento dos desafios e da evolução do setor de recursos hídricos no Brasil. “Por meio do Relatório de Conjuntura, os gestores públicos têm um panorama da situação dos recursos hídricos do País, o que permite a evolução da gestão de nossas águas”, destaca.
Para a elaboração do Relatório de Conjuntura – Informe 2011, a ANA contou com a parceria da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (SRHU/MMA), Departamento Nacional de Obras contras as Secas (DNOCS), do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e de todos os órgãos gestores estaduais de recursos hídricos e meio ambiente.
A primeira edição do Relatório de Conjuntura foi lançada em 2009, em reunião do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). No ano seguinte, o trabalho serviu de base para a 1ª atualização do Plano Nacional de Recursos Hídricos. Entre 2010 e 2012, estão previstos Informes anuais que atualizam os dados do estudo.
Qualidade das águas
Em comparação ao Informe 2010, o diagnóstico dos mais de 1.700 pontos analisados quanto à qualidade das águas revela a manutenção do quadro geral do País com várias bacias comprometidas devido ao grande lançamento de esgotos urbanos domésticos sem tratamento adequado, especialmente nas regiões metropolitanas. No entanto, em algumas bacias foi possível associar melhorias na qualidade das águas a investimentos realizados em tratamento de esgotos na última década, como por exemplo nas seguintes bacias: do rio das Velhas, Paraíba do Sul, Grande e Tietê (Reservatório Billings – Braço do Taquacetuba).
Eventos críticos
Em 2010, exatos 563 municípios brasileiros decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública devido à ocorrência de cheias, causadas por chuvas acima da média histórica. São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Pernambuco, Bahia e os estados da região Sul foram os mais atingidos. Já o Semiárido e a região Amazônica concentraram a maior parte dos 521 municípios (aproximadamente 9% do total nacional) que tiveram que decretar situação de emergência ou estado de calamidade pública em decorrência de estiagem (evento mais duradouro) ou seca. Em comparação a 2009, o número de ocorrências de 2010 caiu de 1967 para 1184.
Usos múltiplos
Irrigação
Responsável por 69% do consumo de água no Brasil, a irrigação atingia no final da última década 4,5 milhões de hectares irrigados dos 29,6 milhões irrigáveis.
Hidroeletricidade
Entre 2009 e 2010, ocorreu um aumento de 2.093 MW (acréscimo de 3%) na capacidade hidrelétrica instalada que alcançou, ao final de 2010, 80.703 MW, o que representa 71% da matriz elétrica nacional.
Gestão de recursos hídricos
Sobre o planejamento de recursos hídricos em bacias interestaduais, em 2010 foi concluído e aprovado o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce. Os planos da Bacia Amazônica – Afluentes da Margem Direita e Verde Grande, concluídos em 2010, tiveram sua aprovação em 2011, respectivamente pelo CNRH e pelo comitê da bacia do Verde Grande. Com isso, a cobertura do território brasileiro por planos de recursos hídricos finalizados chegou a 51%. Com a conclusão de seus planos estaduais de recursos hídricos, Piauí e Minas Gerais fizeram com que 12 das 27 da unidades da Federação tivessem o instrumento. Estes planos diretores visam a fundamentar e orientar a implementação do gerenciamento e da Política Nacional de Recursos Hídricos.
No que diz respeito aos comitês de bacias, em 2007 havia 150 no País. Já em 2010, o número chegou a 173 desses colegiados (um tipo de parlamento das águas), sendo 164 estaduais e 9 interestaduais. Já a cobrança pelo uso dos recursos hídricos entrou em funcionamento na bacia do rio São Francisco, integrando com as bacias do Paraíba do Sul e dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), o conjunto de bacias interestaduais com cobrança implementada.
Sobre a outorga de direito de uso de recursos hídricos, entre 2009 e 2010 houve um aumento de 8% na vazão total outorgada no País, que chegou a 5.825m³/s, em virtude do avanço da implementação do instrumento pelos estados, do aumento da demanda por água e também devido ao aumento da base de dados considerada neste Informe 2011, quando comparada com a dos relatórios passados.
Nota-se também uma tendência do fortalecimento das políticas estaduais e nacional de recursos hídricos em bacias onde há maior comprometimento quali-quantitativo.
Fonte:RTS _  (18/07/2011) Ricardo Zig Koch Cavalcanti/ANA

07/10/2011

Uso correto da água pode abastecer o mundo inteiro durante o próximo século

Soma-se ao Parque Nacional de Brasília, à APA das bacias do Gama e Cabeça-de-Veado, à ARIE da Granja do pé, ao Parque Ecológico do Guará e à Reserva Ecológica do Guará formando um Corredor Ecológico e protegendo quase a totalidade da Bacia Hidrográfica do Lago Paranoá. Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago Paranoá _ DF
A escassez de água é apontada como uma das principais causas para a ocorrência de conflitos no mundo nos próximos anos, principalmente por forçar a emigração de milhares de pessoas das áreas que sofrem com o problema. Um estudo publicado na mais recente edição da revista International Water, no entanto, aponta que as reservas disponíveis no mundo, se bem gerenciadas, podem suprir as necessidades de consumo, de fornecimento de energia, das indústrias e do meio ambiente durante todo o século 21. E mais: que a água disponível pode ajudar a dobrar a produção de alimentos de maneira sustentável nas próximas décadas.
A análise, apresentada recentemente no 16º Congresso Mundial da Água, realizado em Recife, tem como foco a condição dos sistemas hídricos e alimentares em 10 bacias ao redor do planeta, incluindo a do São Francisco, e sua relação com o crescimento populacional no mundo — estima-se que, em 2050, o planeta terá 9 bilhões de habitantes. Tais bacias estendem-se por 13,5 milhões de quilômetros quadrados e são usadas para suprir as necessidades de aproximadamente 1,5 bilhão de indivíduos, dos quais 470 milhões estão entre os mais pobres do mundo.
Segundo os pesquisadores, o líquido está, de fato, acabando em alguns rios importantes como o Amarelo, na China, e Indo, que cruza China, Índia e Paquistão. Mas, de acordo com o líder do estudo, o doutor em filosofia de ciências do solo pela Universidade de Cambridge Simon Cook, o problema é principalmente gerencial. “As fontes de água em bacias que abastecem o setor industrial estão sob estresse intenso devido ao mau uso por parte da população. As pessoas utilizam a água além do nível sustentável, e é aí que está o problema”, descreve, em entrevista ao Correio. O especialista destaca ser crucial a implementação de políticas eficazes na gestão desses recursos. “O papel de políticos e de instituições voltadas para o meio ambiente é crucial para o desenvolvimento sustentável do ecossistema nessas regiões ligadas aos rios.”
Ainda de acordo com o estudo — elaborado pelo Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional, patrocinado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) —, uma das formas de aumentar a produção de alimentos é investir mais em sistemas agrícolas que usam a água da chuva para irrigação. “Encontramos terras aráveis na Ásia e na América Latina em que a produção estava pelo menos 10% abaixo do potencial. Isso representa uma grande oportunidade para aperfeiçoar sistemas de captação e uso da chuva e nos leva a acreditar que esse é o fator que ampliará a capacidade de produzir alimento”, explica o líder da pesquisa.
Cook, porém, diz não ser possível afirmar em quantos anos a produção de alimentos no mundo poderia ser dobrada com as medidas sugeridas no relatório. “O que posso dizer é que existe essa capacidade, caso os governos invistam o suficiente na agricultura, ao contrário do que tem ocorrido nas últimas décadas.”
Brasil
Especificamente sobre o Rio São Francisco, o grupo de pesquisadores descobriu que a bacia é uma das mais desenvolvidas economicamente entre as estudadas, embora existam pessoas vivendo em condição de pobreza nas áreas ao redor do rio. “Mudanças rápidas estão ocorrendo na paisagem agrícola do rio, que têm implicações na pobreza rural e urbana”, observa o britânico. Essas mudanças são a convivência de dois tipos de agricultura em áreas próximas: a agricultura familiar, conduzida por pequenos produtores, e a comercial, feita por latifundiários e empresas. Cook comenta que, felizmente, esse desenvolvimento ocorre em limites considerados seguros, necessários para suprir as demandas populacionais sem destruir o meio ambiente.
O pesquisador espera que os resultados desse estudo possam ser usados para ajudar a guiar futuras políticas de conservação das bacias. “Além disso, queremos auxiliar a comunidade global na área de pesquisas, uma vez que ela se prepara para enfrentar as maiores demandas das economias dos países desenvolvidos e em desenvolvimento”, completa. Cook acredita que a maior dificuldade da análise foi compreender a natureza multidisciplinar do problema da água no mundo, envolvendo questões hidrológicas, agrícolas e sociais. “Mas é aqui que se baseia a força da nossa pesquisa, pois todos os aspectos da interação entre os rios e a população devem ser entendidos para tomar as decisões corretas em relação a sistemas tão complexos.”
Distribuição
De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos Ambientais da Universidade de Brasília (UnB), Gustavo Souto Maior Salgado, os resultados da pesquisa estão corretos. “Água nós temos, o que falta é gerenciá-la corretamente”, diz. Ele cita como problemática, por exemplo, a situação do Distrito Federal. “A bacia hidrográfica do Lago Paranoá está sendo impermeabilizada com o uso intenso do solo, a partir de construções em áreas cada vez mais próximas de mananciais”, exemplifica. Segundo ele, o processo afeta o ecossistema local e dificulta o aumento da produção de alimentos e de abastecimento de água na área.
O professor de geoquímica analítica e geoquímica ambiental da UnB Geraldo Resende Boaventura, por sua vez, embora concorde com o artigo, acredita que faltou abordar os aspectos relacionados com a distribuição da água. No Brasil, por exemplo, há grandes volumes de água na Amazônia, região com baixa densidade demográfica. “Nesse caso, o grande volume de recursos hídricos disponíveis não tem grande valor para outras regiões”, comenta. “No Distrito Federal, temos recursos limitados. O controle na utilização e principalmente na manutenção da qualidade torna-se urgente e necessário”, compara. O professor afirma ainda que a água é um recurso finito quimicamente e renovável apenas dentro do ciclo hidrológico. Desse modo, todas as vezes que o ser humano interfere nesse ciclo, seja na transferência de água entre bacias e alteração de qualidade, podem ocorrer problemas no futuro.
Fonte : Correio Braziliense _ Taís de Luna