Powered By Blogger

19/09/2012

Os ursos não precisam de petróleo


Para protestar contra as perfurações feitas pela Shell em busca de petróleo no frágil ecossistema do Ártico, ativistas do Greenpeace Holanda fecharam hoje de manhã 51 postos de gasolina da empresa no país.
O objetivo dos ativistas é fechar o máximo de postos pelo maior período de tempo possível bloqueando as mangueiras de combustível. A ação é parte da campanha “Salve o Ártico” e procura chamar a atenção para os perigos da exploração de petróleo na região e para os riscos de um acidente e vazamento de óleo cujas consequências seriam catastróficas e irreversíveis.
Apenas a venda de petróleo e de diesel foram afetadas e para não atrapalhar os motoristas foram disponibilizadas formas alternativas para reabastecer os automóveis nas áreas em que a venda de combustível foi paralisada.
“Não precisamos de petróleo do Ártico. Podemos fazer a transição para uma forma de energia limpa agora visando um futuro sustentável”, defende Rolf Schipper, da Campanha de Clima e Energia. A corrida pelo petróleo coloca em risco um dos ecossistemas mais importantes e frágeis da Terra. Tudo isso pela busca de um volume de petróleo que poderia suprir as necessidades do planeta por apenas 3 anos.
Mais de 1,8 milhão de pessoas já assinaram a petição do Greenpeace para criar um santuário ecológico no Ártico. Entre elas, celebridades como Paul McCartney e Penélope Cruz, que reconhecem a importância da preservação desse ecossistema. Participe também e assine a petição em http://www.salveoartico.org.br/.
Fonte: Greenpeace
Ativistas protestam contra a Shell na Holanda. A empresa deu início às perfurações no Ártico em busca de petróleo no domingo, 9 de setembro. (©Michiel Wijnbergh/Greenpeace)
Ativistas protestam contra a Shell na Holanda. A empresa deu início às perfurações no Ártico em busca de petróleo no domingo, 9 de setembro. (©Michiel Wijnbergh/Greenpeace)

Japão abandonará geração nuclear de energia em 2040


Todos os 50 reatores nucleares japoneses em atividade serão desligados até o ano de 2040, afirmou o primeiro-ministro Yoshihiko Noda neste fim de semana. Existia a possibilidade de que a data fosse 2030, mas temendo o risco de apagões, o governo resolveu aumentar o prazo em dez anos.
A nova política, batizada de “Estratégia Energética e Ambiental Revolucionária”, promete desligar todos os reatores nos próximos 30 anos, cortar o consumo de eletricidade em 10% e ampliar o uso de fontes renováveis dos atuais 10% da matriz para 30%.
“O que o Japão precisa são políticas decisivas que façam o que é necessário sem atrasos ou procrastinação. Todos os recursos do país estarão voltados para o fim da geração nuclear até 2040”, afirmou Noda.
Antes do acidente de Fukushima, em março de 2011, as usinas nucleares respondiam por 30% da demanda japonesa. Para compensar a saída de toda essa eletricidade, o país está investindo pesado em fontes alternativas, como a solar e a eólica. De acordo com estimativas da Bloomberg New Energy Finance (BNEF), mais US$ 34 bilhões deverão ser destinados a essas tecnologias em 2012.
Somente no primeiro semestre deste ano, o governo japonês autorizou mais de 33 mil projetos de energia renovável. Destes, 81 são grandes instalações solares com capacidade maior do que 1 megawatt (MW).
Enquanto a geração alternativa não se consolidar, o Japão deve gastar R$ 80 bilhões ao ano na importação de combustíveis fósseis.
“Fukushima lembrou o mundo como a geração nuclear pode ser perigosa. A decisão japonesa envia uma forte mensagem para todos os países que utilizam usinas nucleares”, afirmou Andrew Pendleton, da ONG Friends of the Earth.
A Alemanha também já anunciou que abandonará a geração nuclear, desligando todos os seus reatores até 2022.
Fonte: Instituto Carbono Brasil
Japão abandonará geração nuclear de energia em 2040
Japão abandonará geração nuclear de energia em 2040

UFRJ desenvolve concreto ecológico com fibras vegetais e materiais reciclados


A Coordenação de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) desenvolveu alternativas ecológicas para matérias-primas do concreto e de produtos de fibrocimento (como caixas d’água e telhas). Segundo o pesquisador Romildo Toledo, o uso de materiais tradicionais, como o cimento, a brita e o amianto, pode ser reduzido ou até completamente substituído com a utilização de fibras vegetais e materiais reciclados.
No caso do concreto, liga formada por cimento, brita (pedra) e areia, é possível reduzir o consumo de cimento em 20% a 40% com alternativas como cinza de bagaço de cana-de-açúcar, cinza de casca de arroz e resíduos da indústria cerâmica. A brita pode ser completamente substituída por materiais obtidos em demolições de construções antigas.
No caso do fibrocimento, usado na fabricação de telhas ou caixas d’água, o consumo de cimento pode ser reduzido em até 50% com o uso de alternativas ecológicas. As fibras vegetais substituem as fibras minerais tradicionais, como o amianto, que provocam danos à saúde humana. Há estudos com outros materiais como borracha de pneu usado, cinzas de esgoto sanitário ou de queima do lixo para substituir, pelo menos parcialmente, o cimento.
“Alguns tipos de concreto ecológico já estão prontos para serem repassados ao setor produtivo, mas há outros que ainda estão em fase final de desenvolvimento. São soluções que reduzem impacto na construção civil, seja por redução da emissão de gás carbônico, pelo uso de materiais naturais etc. E todas levam a resultados tão bons quanto os materiais tradicionais. Essa é uma preocupação: não ter performance inferior aos que os materiais tradicionais têm. O consumidor não vai sentir problemas de durabilidade, como a casa ou o prédio terem vida útil menor”, disse Toledo.
Segundo a Coppe, a indústria cimenteira responde por 5% a 7% das emissões mundiais de gases do efeito estufa. A produção atual de cimento corresponde a cerca de 3 bilhões de toneladas por ano, que deve triplicar em 50 anos.
Segundo o pesquisador, as alternativas ecológicas ao concreto têm chamado a atenção de algumas empresas. Na última sexta-feira (14), por exemplo, Toledo apresentou sua pesquisa a representantes de empresas de materiais de construção norte-americanas na Câmara de Comércio Americana (Amcham) do Rio de Janeiro.
Fonte: Agência Brasil
UFRJ desenvolve concreto ecológico com fibras vegetais e materiais reciclados
UFRJ desenvolve concreto ecológico com fibras vegetais e materiais reciclados

Parque boliviano pode ter maior biodiversidade do mundo


Com mais de 90 espécies de morcegos, 50 espécies de cobras, 300 peixes, 12 mil plantas e 11% das espécies de aves do mundo, o Parque Nacional Madidi, na Bolívia, pode ser o lugar com mais biodiversidade do mundo, de acordo com novas pesquisas do Serviço de Parques boliviano (SERNAP) com ajuda da Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS).
Localizado no noroeste da Bolívia, o Parque Nacional Madidi cobre 19 mil quilômetros quadrados, uma área um pouco menor do que Israel. Décadas de trabalho de mais de 50 pesquisadores descobriram 1.088 aves só no parque, mais do que todas as espécies de aves em todo os EUA e mais de 200 espécies de mamíferos, incluindo pelo menos seis espécies de felinos e possivelmente duas mais.
“Com quase seis mil metros de diferença de altitude em Madidi, nenhuma outra área protegida captura a diversidade dos habitats sul-americanos, que levam esses números para cima”, explica Robert Wallace, diretor de programa da WCS, em um comunicado à imprensa.
Ainda assim, muito do que poderiam ser os ecossistemas mais biodiversos do parque – florestas montanhosas e nubladas – continua não pesquisado. Florestas nubladas muitas vezes contêm altos níveis de espécies não encontradas em nenhum outro lugar.
“Esse importante resumo enfatiza o quão desconhecidas as florestas nubladas dos Andes tropicais realmente são. Além da importância de sua biodiversidade e vida selvagem, elas são vitais de uma perspectiva da gestão de água e são esteticamente bonitas”, diz Cristián Samper, presidente e CEO da WCS. A maior ameaça a essas florestas montanhosas são as mudanças climáticas, segundo o grupo.
Madidi não é apenas o único parque que foi descrito como concorrente para a maior biodiversidade do mundo. Outras áreas protegidas incluem o Parque Nacional de Manú, no Peru, e o Parque Nacional Yasuní, no Equador. Todos os três, incluindo Madidi, estão localizados na Amazônia ocidental.
O anúncio foi feito no Congresso Mundial de Conservação da IUCN em Jeju, Coreia do Sul.

Crédito das imagens: Mileniusz Spanowicz/WCS.
Traduzido por Jéssica Lipinski
Leia o original (inglês)
Fonte: Mongabay
Parque boliviano pode ter maior biodiversidade do mundo
Parque boliviano pode ter maior biodiversidade do mundo

Todo ano, 22 milhões de pássaros morrem no Canadá por atingir janelas


Um estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, estima que 22 milhões de pássaros morram por ano, em média, após colidirem com janelas de casas e prédios em todo o país.
A pesquisa foi feita usando dados coletados com mais de 1,7 mil proprietários de imóveis na região de Edmonton, cidade com quase 1 milhão de habitantes e capital da província onde a universidade está localizada.
O estudo foi publicado no periódico científico “Wildlife Research” desta semana. Por meio de um questionário online aplicado aos habitantes da cidade, os cientistas concluíram que cerca de 300 mil imóveis de Edmonton tiveram algum incidente com pássaros batendo nas janelas ao voarem.
Ao aplicar a informação sobre as casas afetadas à estatística habitacional do Canadá, os pesquisadores chegaram ao número total de mortes de animais por ano – 22 milhões, em média.
Um dos fatores responsáveis pelos incidentes é o costume de alimentar os pássaros. “As pessoas que colocam alimentadores em árvores estão contribuindo para o problema sem saber”, afirmou o pesquisador Erin Bayne no estudo.
Um alimentador que esteja situado de três a quatro metros de uma janela é ruim porque permite que o pássaro adquira velocidade considerável ao sair da árvore em que ele esteja preso, por exemplo.
Bichos como pardais podem colidir facilmente com janelas quando têm à sua disposição um alimentador a essa distância. Os cientistas aconselham as pessoas a colocarem a comida ou mais próxima da janela ou em locais muito mais distantes.
Fonte: G1
Pardal sai para buscar comida para dar aos filhotes
Pardal sai para buscar comida para dar aos filhotes

10/09/2012

Água: Um difícil futuro seco para o planeta


O Planeta está desperdiçando água em uma escala colossal, de acordo com a ONU. Mais de 80% da água utilizada na Terra não é nem coletada nem tratada – o que equivale ao Planeta deixar as torneiras abertas e as pias com o ralo destampado. Essa e outras realidades igualmente preocupantes Foram apresentadas para aproximadamente 35 mil pessoas de 180 países no Fórum Nacional das Águas, uma reunião feita a cada três anos, que já ouviu os mais perturbadores relatos já feitos sobre o estado dos rios, lagos e aquíferos do mundo.
De acordo com um novo estudo apresentado no Fórum na França espera-se que a demanda por água cresça em até 55% nas próximas quatro décadas. O “Framing the Water Reform Challenge”, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aponta que a rápida urbanização, as mudanças climáticas e as mudanças na economia global estão colocando cada vez mais pressão no abastecimento de água. Em aproximadamente 40 anos, mais de 40% da população mundial – 3,9 bilhões de pessoas – estarão sujeitas a viver em áreas ribeirinhas sob severo “estresse hídrico”. A ONU alerta que isso também poderá ser sentido em partes da Europa, afetando até 44 milhões de pessoas até 2070.
Anthony Cox, líder do programa realizado pela OCDE disse que o Planeta está passando por uma “crise” de água. Ele adicionou que: “Mais pessoas nas cidades agora não tem acesso a água do que na década de 80. Em países em desenvolvimento, particularmente, há um enorme custo econômico e social nisso”. Desde 1900, mais de 11 milhões de pessoas morreram por causa da seca, de acordo com a ONU, e mais de 2 bilhões foram afetadas por isso – mais do que por qualquer outro risco natural.
A OCDE clama por uma “urgente reforma” no gerenciamento da água e sugere o uso de meios econômicos, como impostos, tarifas e transferências, para encorajar uma maior “eficiência de água”.
Se o mundo pudesse enfrentar os desafios da natureza sem usar tecnologias que desperdicem água, como os biocombustíveis, seria uma grande mudança. A água sustenta todos os aspectos do desenvolvimento; é o único meio pelo qual todas as crises podem ser tratadas em conjunto. Isso deveria ser visto como um elemento explícito em qualquer tomada de decisão.
Um relatório da ONU que recentemente lançado alerta que um crescimento sem precedentes pela demanda de água está ameaçando o desenvolvimento global e exacerbará a desigualdade entre países, áreas e regiões. “Administrando a Água sob Incerteza e Risco” mostra que, enquanto se espera que 86% da população em regiões em desenvolvimento tenham melhor acesso a água própria para consumo até 2015, ainda há aproximadamente 1 bilhão de pessoas sem acesso a isso e, nas cidades, o número tem crescido.
A administração dos recursos hídricos não pode mais ser vista como uma questão local; tem que ser tratada como uma questão global. Água não é só aquilo que usamos para beber, para nos lavar, ou para irrigar; ela também está nos produtos que comemos, consumimos e usamos. Isso nos dá uma perspectiva totalmente diferente em relação à água. Ela é o centro de políticas comerciais, e uma nação, ou uma corporação, podem ter um impacto na falta de água em outro lugar.
O alerta serve de apoio à análise da Royal Academy of Engineering, que descobriu que a Grã-Bretanha e outros países desenvolvidos dependem fortemente da importação de água oculta ou “virtual” de lugares propensos a secas e escassez. Num relatório de 2010, eles estimavam que dois terços de toda a água que a Grã-Bretanha precisa vêm embutidos em comida importada, produtos industrializados e roupas, como algodão. Em 2008, um estudo publicado pelo WWF descobriu que 60% do rastro de água da Grã-Bretanha é sentido fora do Reino Unido. Ashok Chapagain, consultor sênior da WWF para questões de água, disse: “A escassez de água afeta pelo menos 2,7 milhões de pessoas em 201 bacias fluviais pelo menos um mês por ano. O comércio internacional e a globalização da cadeia de fornecimento fazem com que a escassez de água seja uma questão global”.
Entretanto, não se espera que a necessidade diminua. Cada vez mais, recursos hídricos subterrâneos têm sido explorados para atender à crescente demanda e, sob o que o Relatório da ONU chamou de uma “revolução silenciosa”, esse processo triplicou nos últimos 50 anos. A aquisição transnacional de regiões em que países adquirem terras fora de sua jurisdição para ter acesso à água, aumentou de forma alarmante nos últimos anos.
Olcay Unver é coordenador do Programa Mundial de Avaliação da Água, da ONU.
Fonte: Eco21
Água: Um difícil futuro seco para o planeta
Água: Um difícil futuro seco para o planeta

A máfia do lixo


Editais mal formulados de licitação, falta de transparência e fiscalização deficiente compõem o cenário que tornou o lixo – não apenas no Brasil, mas em boa parte do mundo – um chamariz de corruptos.
Lixo é assunto de prefeito. É dele a responsabilidade pelo sistema de coleta, transporte e destinação final dos resíduos. Invariavelmente os prefeitos recorrem a serviços terceirizados para cumprir essas funções. Editais mal formulados de licitação, falta de transparência e fiscalização deficiente compõem o cenário que tornou o lixo – não apenas no Brasil, mas em boa parte do mundo – um chamariz de corruptos.
O mercado se baseia no peso do lixo. Cobra-se pela tonelada de resíduo transportada de caminhão (as empresas do setor são remuneradas com base em estimativas de carga nem sempre precisas) e pela tonelada de resíduo que dá entrada em aterros sanitários (onde balanças rodoviárias deveriam aferir o peso e cobrar pelo descarte). Para cada tipo de resíduo há um valor específico, dependendo da periculosidade da carga. O custo da tonelada de resíduos industriais perigosos, por exemplo, pode chegar a mil reais, enquanto o lixo domiciliar flutua numa faixa de quarenta reais.
Não é difícil imaginar porque a maioria dos prefeitos no Brasil – sem o amparo de uma boa assessoria técnica – ainda destinem seus resíduos em vazadouros clandestinos. Invariavelmente eles herdam o problema de seus antecessores, temem os custos inerentes a destinação correta dos resíduos, e mantém a rotina criminosa de descartar o lixo em lugar impróprio alugando o serviço de uma empresa de transportes pelo preço médio de cinco reais a tonelada. Há também a presunção de que cuidar bem do lixo não dá voto, além do risco de não conseguir resolver o problema até o fim do mandato. Em resumo: melhor deixar tudo como está, ainda que uma nova Lei Federal – a Política Nacional de Resíduos Sólidos – estabeleça o prazo limite de 2014 para a existência de lixões em território nacional.
É preciso deixar claro que todas as ações em favor da destinação inteligente dos resíduos (reciclagem do lixo seco, compostagem do lixo úmido, reaproveitamento de entulho, produção de energia, etc.) encontra forte resistência de prefeitos mal informados, incompetentes ou que agem de má fé por obterem alguma recompensa ilícita despejando o lixo em vazadouros. Estes encontram o apoio de empresários que se locupletam das estimativas grosseiras – invariavelmente arredondadas para cima – do peso de lixo que levarão em seus caminhões sabe lá Deus pra onde.
Ainda que o município disponha de um aterro sanitário – ou tenha a opção de descartar o lixo num depósito credenciado no município vizinho – pode-se coletar o material e evitar a cobrança feita pelo aterro (os recursos ajudam a cobrir os custos do tratamento dos gases e do chorume, além do manejo adequado dos resíduos) despejando em outro lugar qualquer onde ninguém flagre o lançamento e nem cobre por isso. A situação é particularmente grave quando se trata dos “Resíduos Classe 1″, também chamados de resíduos perigosos, por terem as seguintes características definidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) : “inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade”. Lixo hospitalar e resíduos industriais, por exemplo, se enquadram nessa categoria.
Por razões óbvias, tanto o transporte quanto a destinação final desse lixo perigoso determinam cuidados especiais e custos elevados, razão pela qual a tentação de não seguir a risca o que determina a lei para economizar uns trocados é gigantesca. Como o Brasil é um país continental, há muitas rotas de fuga para despejar esses resíduos em lugares inadequados, com enormes riscos à saúde humana e ao meio ambiente. É expressiva a quantidade de áreas contaminadas nas cercanias das zonas industrias do Brasil. A Rede Latino Americana de Prevenção e Gestão de Sítios Contaminados (Relasc) disponibiliza farto material a respeito no site da entidade http://www.relasc.org. Apenas no Estado de São Paulo existem 2.272 áreas comprovadamente contaminadas.
Esse problema não seria tão preocupante se houvesse vontade política para fiscalizar caminhões e carretas e cobrar dos respectivos motoristas o “manifesto de resíduos”, uma declaração exigida por lei que especifica origem, destino e classificação do lixo transportado. Cabe aos órgãos ambientais estaduais a devida fiscalização desses materiais. Mas, aqui entre nós, alguém parece preocupado com isso? E os seus candidatos a prefeito e a vereador? Qual a posição deles sobre tudo isso? Em tempo de eleições municipais, convém prestar atenção de que lado eles estão. Esse é o tipo de assunto sobre o qual não dá para ficar em cima do muro. Quem está a favor da máfia do lixo, está contra você e a sua cidade.
André Trigueiro é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ onde hoje leciona a disciplina geopolítica ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-RJ, autor do livro Mundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em Transformação, coordenador editorial e um dos autores dos livros Meio Ambiente no Século XXI, e Espiritismo e Ecologia, lançado na Bienal Internacional do Livro, no Rio de Janeiro, pela Editora FEB, em 2009. É apresentador do Jornal das Dez e editor chefe do programa Cidades e Soluções, da Globo News. É também comentarista da Rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro.
Fonte: Mundo Sustentável
A máfia do lixo
A máfia do lixo

Brasil ganha duas reservas particulares de Recursos Naturais


O presidente do Instituto Chico Mendes, Roberto Vizentin, assinou hoje (05) portaria que cria mais duas reservas particulares de Patrimônio Natural (RPPN) em evento de comemoração aos cinco anos do instituto.
As RPPNs são unidades de conservação e de uso sustentável da biodiversidade que também se transformar em fonte de renda para seus proprietários, pois podem ser abertas à visitação pública controlada, com finalidades educacionais, científicas ou simplesmente de lazer.
O Brasil tem 602 RPPNs, somando 480 mil hectares de área particular preservada. Vizentin acha fundamental essa parceria com a iniciativa privada, mas acredita que o país ainda precisa avançar muito nessa área e reconhece que ainda são poucos os incentivos para um cidadão transformar suas terras em área de preservação.
“Neste país se dá incentivo para tudo, mas quando se trata de incentivo para conservação, para o uso sustentável dos recursos naturais, [os incentivos] são muito mais escassos. Acredito que a sociedade e o Congresso devem discutir uma reforma tributária voltada para esta finalidade, para desonerar os setores que queiram implementar estratégias produtivas baseadas na sustentabilidade e na biodiversidade brasileira”, disse o presidente.
No mesmo evento, a ministra Izabella Teixeira fez um balanço das ações do instituto. Ela acredita que houve avanços importantes na criação de áreas protegidas, nas maneiras de fiscalizar e nas novas estratégias de combater queimadas e incêndios florestais, porém ela reconhece que é insustentável o Brasil ainda não ter um plano de regularização fundiária. A ministra diz que até o final do ano espera ter uma proposta para debater com a sociedade brasileira.
Izabella Teixeira acrescentou que pretende ampliar o acesso da população às reservas ambientais. “Só preserva quem conhece”, disse.
Fonte: Agência Brasil
Brasil ganha duas reservas particulares de Recursos Naturais

Ordem e Progresso: o positivismo brasileiro e o regresso ambiental, artigo de José Eustáquio Diniz Alves


O dia 7 de setembro é uma data cívica nacional em que ganha destaque a Bandeira Brasileira tremulando no topo dos mastros em todo o território nacional. Mas também pode ser um momento de reflexão sobre a inscrição cravada no “verde-louro desta flâmula”.
O lema “Ordem e Progresso” foi inscrito na bandeira nacional por influência dos positivistas. Este binômio foi inspirado no lema do sociólogo francês Auguste Comte (1798-1857), considerado o pai do positivismo: “Amor como princípio e ordem como base; o progresso como meta”.
O progresso era uma idéia em moda no século XIX e a Europa era uma referência para o mundo na medida em que conquistava territórios e vendia seus produtos modernos. Inspirados na ideologia européia, os positivistas brasileiros tiveram papel de destaque na Proclamação da República, em 1889.
Naquela época, o Brasil era um país pouco povoado, rural, agrário e com pouca integração entre suas diversas regiões. Desta forma, não é de se estranhar que o progresso estivesse relacionado ao crescimento populacional, ao desenvolvimento econômico, à dominação da natureza e à grandeza da Pátria. Não havia preocupação com as questões ambientais e a defesa da biodiversidade.
O presidente do Brasil, Afonso Pena (1906-1909), dizia que “Governar é povoar”. Já Washington Luis (1926-1930), ampliando esta concepção, dizia que “Governar é abrir estradas”. A frase completa do último presidente da República Velha, dando ênfase à ocupação do território, é: “Governar é povoar; mas, não se povoa sem se abrir estradas, e de todas as espécies; Governar é, pois, fazer estradas”.
O Presidente Getulio Vargas (1930-1945 e 1951-1954) chegou ao poder prometendo redirecionar o desenvolvimento brasileiro para o mercado interno e para o interior. Ele apoiou a familia extensa, o crescimento populacional e a migração para o Oeste. Os trabalhadores assalariados da CLT foram premiados com um “salário família” a título de estimular uma prole numerosa. No governo Vargas foram implantadas políticas sociais que, de forma intencional ou não, tinham objetivos pró-natalistas.
Mas além da política positivista voltada para o crescimento populacional, na era Vargas houve uma legislação claramente anti-controlista, por exemplo: a) o Decreto Federal n. 20.291, de 11 de janeiro de 1932 estabelecia “É vedado ao médico dar-se à prática que tenha por fim impedir a concepção ou interromper a gestação”; b) a Constituição de 1937 em seu artigo 124 diz: “A família, constituída pelo casamento indissolúvel, está sob a proteção especial do Estado. As famílias numerosas serão atribuídas compensações na proporção de seus encargos”; c) em 1941, durante o Estado Novo, foi sancionada a Lei das Contravenções Penais que em seu artigo 20 proibia: “anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar o aborto ou evitar a gravidez”.
A maior obra do presidente pós Segunda Guerra, Eurico Gaspar Dutra (1946-1951), foi a construção da Via Dutra (BR 116), inaugurada em 19 de janeiro de 1951 ligando as duas maiores cidades do Brasil. Após o segundo governo Vargas, foi eleito o Presidente Juscelino Kubitschek que tinha como lema central a bandeira: “50 anos em 5”. Ele prometia acelerar a modernização do país, construindo hidrelétricas, industria de base, automóveis, bens de consumo em geral e, principalmente, a construção de Brasília e a conquista do Cerrado. Os governantes brasileiros sempre consideraram a natureza uma fonte inesgotável de riquezas que devereriam se exploradas e seguiram a visão cornucopiana de Pero Vaz de Caminha: “Aqui, nesta terra, em se plantando, tudo dá.”
Os militares, que tomaram o poder em 1964, estavam na linha de frente da exploração desenfreada do meio ambiente e da política populacional expansionista do “Brasil potência”. Mesmo com as precárias condições de vida e a falta de investimentos no bem-estar qualitativo da população, os primeiros governos militares adotaram uma política pró-natalista, como mostrou Canesqui: “A doutrina da Segurança Nacional, adotada pelo regime militar no período 1964-1970, assegurou a posição natalista, incluindo expectativas quanto ao crescimento demográfico e o preenchimento dos espaços vazios de regiões a serem colonizadas (Amazonas e Planalto Central). Esta preocupação ficou bastante clara no Programa Estratégico de Desenvolvimento (1968-1970) do governo Costa e Silva. Este mesmo governo reafirmou suas convicções natalistas face ao desenvolvimento e à segurança, em mensagem dirigida ao Papa Paulo VI, por ocasião da publicação da Encíclica Humanae Vitae (1968) de forma a não contrariar a posição oficial da Igreja Católica, diante da política controlista da natalidade”.
Seguindo a linha dos governos autoritários, o general linha dura e Presidente Emílio Garrastazu Médici (1905-1985) chegou a estabelecer a seguinte orientação para o processo de ocupação territorial: “Levar os homens sem terra à terra sem homens“. Na Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972, o General Costa Cavalcante, Ministro do Interior e representando o governo, proferiu o seguinte discurso: “Para a maioria da população mundial, a melhoria de condições é muito mais uma questão de mitigar a pobreza, dispor de mais alimentos, melhorar vestimentas, habitação, assistência médica e emprego, do que ver reduzida a poluição atmosférica
Após o processo de redemocratização, os governos Sarney, Collor, Itamar e FHC pouco fizeram para reverter a degradação ambiental e redirecionar o processo de desenvolvimento do país. Da mesma forma, os governos Lula e Dilma vão na mesma linha desenvolvimentista e de incentivo aos grandes projetos, como o pré-sal, a transposição do rio São Francisco, as hidrelétricas na Amazônia e a venda de commodities do agronegócio e dos agrotóxicos, assim como de produtos minerais altamente poluidores (ferro, bauxita, nióbio, ouro e outros metais). O uso do mercúrio e do cianeto na separação e limpeza da exploração mineral transforma o garimpo de ouro, por exemplo, em uma das atividades mais poluidoras, tendo como consequência a contaminação de peixes e animais silvestres o que afeta, inclusive, a saúde humana.
A ideologia positivista do desenvolvimentismo a qualquer custo virou quase uma religião, assim como a idéia pretensamente científica do positivismo chegou a se tornar uma seita. Auguste Comte, de maneira incoerente com sua filosofia, chegou a instituir uma Religião Positivista da Humanidade glorificando sua amada Clotilde de Vaux. No Brasil foi fundada uma igreja positivista, cuja sede está localizada na rua Benjamim Constant, Glória, Rio de Janeiro. Mas tanto a ideologia de Comte, quanto a igreja positivista encontram-se, atualmente, em decadência.
Como Roberto Malvezzi, o Gogó, reafirmou em artigo recente, há uma percepção que uma era de construções políticas e sociais está se esgotando no Brasil: “As mudanças estruturais não acontecem. A reforma agrária, a reforma profunda na educação, na saúde, caminha a passos lentos, quando não inexistentes. Para piorar, um conceito de desenvolvimento predador e antisocial tem invadido os territórios indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, assim como santuários ecológicos a semelhança do Xingu, que nos faz olhar de forma crítica os novos desdobramentos dessa política comandada por gente que até ontem falava em nome dos mais pobres, excluídos e indefesos. Mudam os governos, não mudam as políticas fundamentais que as elites chamam de políticas de Estado”.
Evidentemente a idéia de progresso tal como aconteceu no país tem sido questionada por muitas pessoas e diversos movimentos populares. Por exemplo, em entrevista recente à Revista época (04/06/2012), Dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu, fez várias críticas sobre a forma como o progresso brasileiro possibilitou o aumento do genocídio dos índios e ecocídio das espécies vivas do Cerrado e da floresta amazônica. Dom Erwin, que acolheu e depois enterrou a missionária assassinada Dorothy Stang, vive na mira de pistoleiros, mas continua lutando em defesa dos mais pobres, dos mais frágeis, dos indígenas, dos ribeirinhos e dos extrativistas da Amazônia.
Seguindo este exemplo e no sentido de superar as heranças negativas do positivismo, o Brasil precisa mudar sua concepção de progresso econômico que tem resultado em regresso ambiental e exclusão social. A data de 7 de setembro é uma oportunidade para escutar o Grito dos Excluídos (humanos e não-humanos) e repensar os rumos da nação. Para que o país possa reorientar seu modelo de desenvolvimento é preciso articular de maneira integrada as três bases da sustentabilidade: a justiça social, a inclusão econômica e a responsabilidade ambiental.
Fonte: Eco Debate
Ordem e Progresso: o positivismo brasileiro e o regresso ambiental, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Comer em 2030 pode ficar caro


Se nada for feito para reduzir as emissões dos gases efeito estufa e mitigar as mudanças climáticas, os preços de alimentos básicos no mercado internacional podem dobrar nos próximos 20 anos, advertiu a ONG britânica Oxfam. Em um novo estudo, intitulado Clima extremo, preços extremos: o custo de alimentar um mundo em aquecimento*, a organização não governamental sustenta que os efeitos de aquecimento global sobre a produção agrícola é “subestimada” pelos governos mundiais, que ignoram as consequências nefastas de fenômenos rigorosos, como estiagens e enchentes, sobre o preço das commodities que estão na base da indústria alimentícia, caso do milho, trigo e arroz.
“Como demonstra a seca que castiga os EUA, eventos climáticos extremos são traduzidos em preços de alimentos extremamente altos”, diz o texto. A estiagem severa afetou a produção das lavouras do país, maior produtor de grãos do mundo, que levou ao aumento de 10% no preço global dosalimentos, segundo a FAO. A situação é de alerta. Recentemente, a agência para alimentação da ONU, alertou que os líderes globais precisam realizar uma rápida ação coordenada para garantir que os choques de preços não se transformem em uma catástrofe que afete dezenas de milhares de pessoas nos próximos meses.
No longo prazo, a situação também preocupa. Segundo a Oxfam, a escalada dos preços dos alimentos é uma questão de vida e morte para as populações que vivem em países em desenvolvimento e que gastam até 75% de sua renda para conseguir comer. “Quando tenho fome, faço um caldo para mim e para meus filhos. Se não for possível, bebemos água e vamos dormir”, disse à ONG, Adjitti Mahamat, um morador de Chade, país africano onde 3,6 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar devido à pobreza crônica e à seca, que, em cinco anos, fez o preço dos alimentos aumentarem de 30 a 60%. Para os mais vulneráveis, os aumentos extremos e repentinos nos preços podem ser mais devastadores do que a elevação gradual no longo prazo, o que lhes daria mais tempo e opções para se adaptar, salienta o estudo.
“E SE…”
A pesquisa da Oxfam desenvolve várias hipóteses sobre o impacto de eventos climáticos extremos em 2030 em cada uma das principais regiões exportadoras de arroz, milho e trigo no mundo. Confira a seguir algumas hipóteses levantadas
1 – Crise na América do Norte
Uma seca na América do Norte, semelhante em magnitude à seca histórica de 1988, a pior já registrada no país até agora, poderia aumentar os preços de exportação de milho no mercado mundial em 140% e do trigo em 33% até 2030. “Estima-se que em 20 anos, 57% das exportações de trigo mundial e 44% do milho virão da América do Norte. Uma crise desta magnitude no ‘celeiro do mundo’ poderia prejudicar países em desenvolvimento”, diz o estudo.
Segundo as projeções, os preços do milho e do trigo no mercado interno da China poderiam aumentar, respectivamente, 76% e 55%. Já na América Central e do Sul, os mesmo alimentos poderiam subir 80% e 55%.
2 – Crise na África
De acordo com a Oxfam, em 2030, mais de 95% do milho e outros grãos consumidos na África sub-saariana deverão ter como origem a própria região. “É provável que as crises locais causadas por eventos climáticos extremos podem ter efeitos devastadores sobre a produção, os preços e, em última instância, os níveis de consumo”, diz o estudo. A ocorrência de uma grave seca na região, com uma magnitude semelhante a que ocorreu em 1992 (que levou a pior safra de milho), aumentaria o preço médio de consumo do milho e outros cereais secundários em 50%.
3 – Crise na Índia e Sudeste Asiático
A ocorrência simultânea de colheitas ruins na Índia e no Sudeste Asiático poderia ter um impacto grande no processamento de arroz, aumentando o seu preço médio de exportação no mercado mundial em 25% no ano de 2030. Para estimar essa quedas na produção, a Oxfam considerou como base a seca extrema que atingiu toda a Índia em 1979 e as inundações que castigaram em massa o Sudeste asiático em 1980. De acordo com o modelo, uma crise simultânea na Índia e no Sudeste Asiático em daqui a 20 anos poderia significar um aumento de 43% no preço do arroz no mercado nacional da Nigéria, atualmente o país mais populoso da África.
FORTIFICANDO O SISTEMA
Ainda de acordo com a ONG, essa pesquisa representa uma tentativa de analisar como eventos climáticos extremos podem afetar os preços dos alimentos, se medidas urgentes não forem tomadas para reduzir as emissões. No entanto, ressalva a Oxfam, nenhum dos cenários apresentados é inevitável. “Está em nossas mãos a possibilidade de mudar e fortalecer o nosso sistema alimentar, especialmente para consumidores e produtores mais pobres”.
Reverter décadas de falta de investimento na agricultura sustentável e resiliente nos países em desenvolvimento pode aumentar a produtividade regional e ajudar a garantir alimentos ao aumento da população. Outra frente de ação, segundo o estudo, é preparar as comunidade mais carentes a lidar com desastres extremos, a fim de reduzir a vulnerabilidade das pessoas e desenvolver a sua resistência a esses eventos. E, caso o pior aconteça, “esforços mundiais e regionais coordenados poderiam ajudar os mais vulneráveis a lidar com crises recorrentes”.
Fonte: Planetasustentavel
Comer em 2030 pode ficar caro

03/09/2012

Feitos para não durar


NFOGRÁFICO – A CORRIDA PARA O LIXO
Quanto tempo produtos durariam se não fossem trocados ao parecer obsoletos?

NEM VALE CONSERTAR

Eletroportáteis ficaram tão baratos que o conserto pode sair mais caro do que um novo.

PARA SABER MAIS  Made to Break: Technology and Obsolescence in America  Giles Slade, Harvard University Press, 2006.   Fontes: Adriana Marotti de Mello, professora da FEA-USP; Neil Maycroft, Consumption, planned obsolescence and waste; Rafael Lamardo, professor de Tecnologia da Informação da ESPM; Renato Giacomini, coordenador do curso de Engenharia Elétrica da FEI; Vera Rita de Mello Ferreira, representante no Brasil da International Association for Research in Economic Psychology; National Association of Home Builders; Bic; livestrong.org; Inmetro; Companhia das Letras.
PARA SABER MAIS
Made to Break: Technology and Obsolescence in America
Giles Slade, Harvard University Press, 2006.
Fontes: Adriana Marotti de Mello, professora da FEA-USP; Neil Maycroft, Consumption, planned obsolescence and waste; Rafael Lamardo, professor de Tecnologia da Informação da ESPM; Renato Giacomini, coordenador do curso de Engenharia Elétrica da FEI; Vera Rita de Mello Ferreira, representante no Brasil da International Association for Research in Economic Psychology; National Association of Home Builders; Bic; livestrong.org; Inmetro; Companhia das Letras.

Fonte: Planeta Sustentável

Lojas de contêineres viram tendência no Brasil


Habitações, lojas e restaurantes feitos de contêineres. Até 2005, esses “itens” eram encontrados apenas em países desenvolvidos, como Estados Unidos, Austrália e na Europa, mas agora já podem ser vistos em várias cidades do Brasil.
Por muitos anos utilizados com a única finalidade de armazenamento no transporte de mercadorias, os contêineres, que depois de 10 anos costumam ser descartados, ganharam novas funcionalidades, graças a características como força, durabilidade, mobilidade, além de serem modulares, abundantes e relativamente baratos.
foto-andre-capa-1.jpgNo Brasil, a nova arquitetura é recente, mas aos poucos ganha espaço. O empresário gaúcho André Krai é um exemplo de que a utilização comercial dos contêineres pode dar certo. Para ele, a ideia surgiu meio que sem querer, a partir da necessidade de criar um negócio.
Com vontade em investir em uma rede própria de lojas de roupa, André se deparou com os altos preços de aluguéis e condomínios, o que o fez guardar a ideia na “gaveta”. O sonho só foi possível após uma viagem a Cingapura, onde conheceu uma loja móvel instalada em uma caixa de metal que lembrava um contêiner. Ele conta que achou a ideia sensacional e, quando voltou para o Brasil, viu na grande quantidade de contêineres abandonados nos postos a matéria-prima ideal para as suas lojas.
“É uma estrutura inteligente, barata, ecologicamente correta, sustentável e principalmente versátil, que pode fazer qualquer coisa”, destaca André, lembrando que a escolha foi o maior acerto que já fez na vida. “Pouca gente acreditava que ia dá certo, porque o contêiner tem uma estrutura feia, bruta e transformar em uma estrutura delicada, bonita e confortável, foi meio que um desafio.”
Atualmente proprietário da franquia Container Ecology Store, o empresário já possui 75 lojas em praticamente todos os estados do país (menos em Piauí e Acre) e algumas no exterior, principalmente na Espanha.
Além das qualidades intrínsecas dos contêineres, a edificação das lojas utiliza também materiais reciclados internos e externos, tais como araras que são feitas de corrimão de ônibus, decks de casca de arroz, prateleiras de madeira legal, cadeira de latão, entre outros.
dsc-5130.jpg
No interior também são utilizados materiais reciclados
Para quem adquiriu à franquia, a escolha não trouxe arrependimentos. Paulo Falcão, proprietário de uma loja contêiner em São Luiz, capital do Maranhão, contou que o empreendimento é um sucesso e que está sendo muito bem aceito pela população local. “A loja contêiner é um modelo ecologicamente correto, além de ser uma ideia inovadora, o que atrai bastante o público”, enumera Falcão.
loja-maranhao.jpg
A loja localizada em São Luiz no Maranhão teve grande aceitação do público segundo o proprietário
A loja em São Luiz é composta por três contêineres e fica localizada em um estacionamento situado em uma avenida comercial. Segundo o proprietário, o espaço é confortável, organizado e isolado termicamente.
A loja contêiner é um modelo ecologicamente correto, além de ser uma ideia inovadora, o que atrai bastante o público”
Paulo Falcão, proprietário de uma loja contêiner
Na opinião de André Krai, o Brasil já despertou para a reutilização de contêineres, mais ainda tem um longo caminho pela frente, já que ainda tem problemas que dificultam a instalação desse tipo de negócio, a exemplo da burocracia, tida por ele, como um dos maiores entraves.
Outro problema apontado pelo empreendedor é a impossibilidade de instalação das lojas em determinados locais, a exemplo das praias. Ele explica que sua loja em Ibiza, na Espanha, fica na praia, o que aqui no Brasil não pode ser feito – essas áreas são consideradas “terrenos de marinha” e pertencem à União Federal.
Para a arquiteta Livia Ferraro, que desenvolveu o Contêiner Habitat, um projeto de casa sustentável, junto ao crescimento do conceito contêiner está o encarecimento do material. “Já foi mais fácil comprar um contêiner. Hoje em dia, devido ao aumento da procura, os contêineres têm ficado mais caros”, pondera.
Ela esclarece ainda que um dos fatores que encarecem a estrutura é o fato de ela ser importada (normalmente produzida na China) e que para permanecer no Brasil deve pagar taxa de importação, a chamada nacionalização, quase dobrando o valor.
loja-maranhao2.jpg
As lojas possuem sistema de ar-condicionado para deixar o clima agradável
No entanto, mesmo com alguns obstáculos, os profissionais que investem no ramo acreditam que os benefícios superam os entraves. “Hoje o contêiner é um projeto de vida, nem mais um negócio”, ressalta André Krai.
Fonte: EcoD
Os contêineres descartados, utilizados para as lojas, costumam ter 20 anos de uso Fotos: Divulgação
Os contêineres descartados, utilizados para as lojas, costumam ter 20 anos de uso Fotos: Divulgação

Agrotóxicos proibidos continuam em uso nas lavouras brasileiras


Localizado no coração da América do Sul, o Pantanal Mato-grossense é visto como uma região peculiar não só pelas suas belezas naturais como também pelo papel que desempenha na conservação da biodiversidade. Reconhecido como Reserva da Biosfera em 2000, a maior planície alagada do mundo começa a emitir sinais preocupantes. Pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso e da Embrapa Pantanal detectaram resíduos de pesticidas, ainda que em pequena quantidade, no leito de rios, córregos, fundo de cachoeiras e lagoas no curso das águas, desde nascentes no Mato Grosso até o Pantanal Mato-grossence.Reconhecido como celeiro do mundo, terra onde se plantando, tudo dá, o Brasil vem travando uma guerra surda contra o uso indiscriminado de agrotóxico nas lavouras. Maior produtor de grãos do país, o Mato Grosso se tornou epicentro do conflito entre a produção em larga escala e o uso cada vez maior de venenos para conter as pragas. O estado lidera o consumo nacional de pesticidas. Absorve 18,9% do total usado no Brasil — país líder mundial no uso de agrotóxicos. Em 2011, o faturamento das fabricantes alcançou R$ 8,488 bilhões.
Na safra 2010/2011, as lavouras nacionais usaram 936 mil toneladas de agrotóxicos. Foram 12 litros de veneno por hectare de soja, 23 litros por hectare de cítricos, 28 litros por hectare de algodão, 6 litros por hectare de milho. O problema é que, assim como elimina lagartas e pulgões, os venenos ameaçam a saúde humana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vem tentando desde 2008 normatizar o uso de agrotóxico no país: 14 produtos foram colocados em processo de revisão. Outros cinco foram colocados na lista suja e tirados de circulação. Só que a ordem nem sempre é cumprida à risca, deixando rastros pelo caminho.
Um dos produtos proibidos é o metamidofós, que foi criado para combater pragas em lavouras de algodão, soja, feijão, tomate, batata e amendoim. O produto elimina cigarrinha verde do feijão, percevejo da soja e broca de tomate. Mas também afeta os sistemas nervoso, imunológico, reprodutor e endócrino, além de prejudicar o desenvolvimento de embriões e fetos. Seu uso é vetado na União Europeia, China, Indonésia, Costa do Marfim, Japão e Paquistão. No Brasil, a Anvisa deu prazo até junho passado para que deixasse de ser usado nas lavouras. Apesar da proibição, restos do produto foram encontrados há duas semanas pela reportagem de O GLOBO AMANHÃ próximos a uma lavoura de feijão em Campo Verde, no Mato Grosso, município que ostenta o título de quinto maior PIB agrícola do país.
— Veneno, como o próprio nome diz, é feito para matar. A linha entre matar a erva daninha e a saúde das pessoas é tênue. O crescimento do uso de agrotóxico é muito maior do que imaginávamos e o país não pode abrir mão do direito de restringir o uso ou banir — afirma José Agenor Álvares, diretor de controle e monitoramento sanitário da Anvisa.
O uso indiscriminado de agrotóxicos já preocupa o Ministério da Agricultura, que tem buscado incentivar o uso de feromônios e produtos biológicos. Os produtos menos agressivos à saúde humana, porém, ainda são pouco diante do tamanho do mercado. Há no país 1.537 marcas de produtos químicos tradicionais e apenas 72 desta nova safra de defensivos biológicos.
— O Brasil é a única potência agrícola tropical do mundo. Consome muito agrotóxico porque aqui não há entressafra e as culturas podem ser plantadas o ano todo ou intercaladas. As pragas têm comida o ano inteiro e todo ano aparece uma nova ou reaparece uma que já havia sido combatida em safras anteriores — explica Luís Eduardo Rangel, do Ministério da Agricultura.
Segundo dados da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), dos 50 produtos mais usados nas lavouras do país 22 já são proibidos nos países da União Europeia. O próximo a sair do mercado por aqui, em julho de 2013, será o endossulfam, que tem sua venda proibida em 62 países.
— Vendemos remédio para plantas. O produtor cuida delas como cuida de um filho. Para infelicidade do país, a ferrugem asiática atingiu a soja e faturamos só com fungicida da soja R$ 1,3 bilhão — diz Eduardo Daher, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que reúne os fabricantes do setor.
Nos últimos 20 anos, o Brasil aumentou em 37% a área cultivada e a produção cresceu 181%. Só de grãos, são 52 milhões de hectares. A alta rentabilidade dos agrotóxicos criou um mercado paralelo. A Polícia Federal de Rondonópolis (MT) detectou que traficantes de drogas migraram para o contrabando de venenos, crime rentável e com pena mais branda. Em março, 21 pessoas foram presas por contrabando e falsificação de agrotóxicos em três estados. A operação foi batizada de São Lourenço, numa referência à contaminação do rio que atravessa 25 municípios da região.
Veneno no campo
Na água, os resíduos de agrotóxicos se espalham. Na nascente do Rio São Lourenço, que brota em meio a pés de algodão numa propriedade particular no município de Campo Verde (MT), a 130 quilômetros de Cuiabá, pesquisadores da Embrapa Pantanal e da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) coletaram resíduos de agrotóxicos em águas superficiais e no sedimento. Em torno da nascente, que deságua no Rio Cuiabá, cuja foz é o Rio Paraguai, na Bacia do Prata, há pouca vegetação, o que a deixa quase desprotegida. Outro rio contaminado é o Rio Casca, no limite entre Campo Verde e o município de Chapada dos Guimarães, onde está o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
Não há pesquisas nas águas dentro do parque, mas um relatório sobre a situação da Cachoeira da Martinha, que fica no Rio da Casca e é um dos pontos turísticos do município, feito a pedido da Promotoria de Justiça de Chapada dos Guimarães, informa contaminação por agrotóxicos e relatos de coceira na pele de banhistas. No curso das águas, os resíduos estão presentes em nascentes do Mato Grosso até a Bacia do Rio Miranda, que fica no Mato Grosso do Sul.
— Coletamos amostras no sedimento dos rios que formam o Pantanal, do planalto à planície. Não achamos concentrações elevadas, mas contaminação contínua, que afeta de forma crônica o meio ambiente, ameaça os peixes e os organismos dos quais eles se alimentam — afirma Débora Calheiros, pesquisadora em ecologia de rios da Embrapa Pantanal e professora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).
Em Campo Verde, agrotóxicos foram encontrados nas águas da chuva, poços, rios e córregos. Até ser proibido, o metamidofós era o terceiro pesticida mais usado. Estudos do Departamento de Saúde Coletiva da UFMT, em parceria com pesquisadores da Fiocruz, indicam que sete em cada dez poços de água do município apresentam resíduos de agrotóxicos. Em 16 amostras de água de córregos e rios coletadas em quatro pontos foram achados resíduos dos venenos atrazina e endossulfam. Na água da chuva foram identificados marcas de oito agrotóxicos diferentes.
— Se a água está doente, vamos ficar doentes. Se a água está contaminada, vai contaminar alimentos — resume o professor Wanderley Pignati, do Instituto de Saúde Coletiva da UFMT, autor e orientador de algumas pesquisas na área.
Ao analisarem sapos capturados em dois córregos do município de Lucas do Rio Verde, outro grande produtor do Mato Grosso, pesquisadores da UFMT detectaram resíduos de endossulfam e atrazina no sangue de 35% dos sapos e 50% das rãs. No laboratório, identificaram anomalias congênitas em 10% dos sapos, como ossos incompletos e fusão de falanges.
Os estudos levaram o promotor Marcelo dos Santos Alves Corrêa, do Ministério Público do Mato Grosso, a negociar com produtores e com a prefeitura de Campo Verde um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para disciplinar o uso dos pesticidas. Só o algodão, que ocupa boa parte dos 350 mil hectares plantados no município, necessita de 19 aplicações de veneno nos 180 dias de plantio.
— Acham que sou um Dom Quixote querendo acabar com a economia do município — diz Corrêa, que vai ingressar com ação civil pública para ver cumprido o acordo.
O prefeito de Campo Verde, Dimorvan Brescancim, admite a existência de resíduos de agrotóxicos nas águas, mas argumenta, que eles estão dentro dos limites previstos na legislação brasileira e só são alarmantes se comparados aos dados da União Europeia.
— É preciso uma transição entre a lei e o cumprimento perfeito dela. Se for duro, as empresas quebram.
Segundo a Andef, o Brasil não tem legislação específica para a presença de agroquímicos nas águas.
— É preciso elaborar legislação neste aspecto — diz o engenheiro agrônomo Guilherme Luiz Guimarães, gerente técnico e de regulamentação federal da Andef.
* Enviada especial a Campo Verde (MT)
Fonte: O Globo
Uso de agrotóxico em lavouras de Campo Verde Marcos Alves
Uso de agrotóxico em lavouras de Campo Verde Marcos Alves

Dez dicas de como usar a internet em prol da sustentabilidade


Cada dia mais acessível, a internet já é parte vital da rotina nas grandes cidades. Mas além dos sites de notícia, dos jogos online e das redes sociais, essa ferramenta do mundo moderno pode ser uma grande aliada da sustentabilidade. Pensando nisso, o Portal EcoDesenvolvimento.org listou dez dicas simples de como utilizar a internet em prol do desenvolvimento sustentável.
Faça supermercado
mercado.jpgmercado.jpg
Foto: Sxc.hu
Muitas redes de supermercados já dispõem de serviços de compras pela internet. Se o seu já tiver, use-o. Além de seguro, o serviço poupa combustível (já que a entrega normalmente é sincronizada e feita de uma vez só, por um único veículo), tempo, dinheiro e estresse.
Apenas evite pedir produtos com entrega para o dia seguinte, já que isso geralmente consome muita energia. Também tente fazer as encomendas junto com parentes, amigos e vizinhos. Isso evitará mais gastos com entrega e viagens desnecessárias.
Pague suas contas
contas.jpg
Foto: 
Sxc.hu
A internet é capaz de encurtar distâncias e agilizar a vida dos mais atarefado, portanto aproveite! Faça transações financeiras online e poupe combustível, papel (de recibos, boletos e comprovantes) e reduza o volume de lixo.
Muitos bancos já oferecem serviços online. O cliente pode fazer consultas, transferências, pagamentos e outras movimentações financeiras sem precisar sair de casa. Os recibos e comprovantes são digitais e possuem os mesmos valores legais que os impressos, portanto, você só terá que imprimir se for necessário.
Ao deixar o carro em casa e evitar imprimir os documentos, você estará evitando lançar toneladas de gases poluentes na atmosfera e manterá milhões de árvore em pé. Por fim, essas transações são mais seguras, já o cliente não precisa ir até um banco e sair de lá com grandes quantias – atraindo ladrões e as famosas “saidinhas bancárias”.
Faça reuniões
teleconferencia.jpg
Foto: 
Andrew Scott
Sempre que puder, conte com a tecnologia à sua disposição, como o fax, o telefone e a internet, e resolva os problemas do trabalho sem sair do lugar. Um e-mail muitas vezes pode substituir um motoboy e um telefonema em viva-voz pode substituir uma reunião ao vivo.
Hoje em dia muitas empresas já adotaram as teleconferências e reuniões online em diversas partes do mundo. Por meio desses serviços, as empresas podem realizar reuniões, encontros com clientes, treinamentos, demonstrações e workshops por telefone ou pela internet, em vez de pessoalmente. Isso diminui os custos da empresa e evita o deslocamento dos participantes, seja por via aérea ou terrestre.
Seja voluntário
voluntariado.jpg
Foto: Alec Couros
A rotina corrida e as preocupações cotidianas acabam sendo um empecilho na hora de ajudar. É por isso que uma nova modalidade de voluntariado ganha cada vez mais espaço no Brasil são os Voluntários Online. Adequando a contribuição das pessoas interessadas em ajudar às ações sociais, a prática tem a internet como principal ferramenta de mobilização.
A iniciativa, que surgiu nos Estados Unidos e ganhou logo adeptos no Canadá e na Europa, propõe o casamento solidário entre disponibilidade, área de interesse e ações sociais. Os voluntários online ou voluntários sem sair de casa têm atividades oportunizadas por diferentes organizações que cabem perfeitamente no seu dia a dia. Por isso, procure organizações como a Online Volunteering ou o Voluntários Online e saiba como participar.
Use guias de turismo online
Da próxima vez que for viajar, experimente troca o guia impresso por um online. Algumas ferramentas tecnológicas, como celular e GPS, podem ajudar a desbravar os melhores destinos turísticos sem precisar gastar papel nem tinta de impressora. Mesmo que você precise imprimir algumas folhas, certamente você usará uma quantidade bem menor de papel do que se comprasse um guia completo, já que ali tem informações sobre diversos locais, muitos dos quais você não passará nem por perto.
Nos guias online é possível obter todo o tipo de informação sobre o local a ser visitado, como dicas, hospedagem, roteiros, história e até previsão do tempo. Na internet é possível encontrar centenas de site sobre os mais diversos lugares com conteúdo completo e diversificado, é só procurar.
Leia livros eletrônicos
Uma boa maneira de ajudar a economizar papel, salvar milhares de árvores e evitar que livros velhos acabem no lixo é ler e-books. São livros digitalizados que podem ser visualizados ou baixados no seu computador. O conteúdo é o mesmo que o do livro tradicional, a única diferença é que não agride tanto o meio ambiente.
Se a tela do computador te incomodar durante a leitura, regule a iluminação para torná-la mais confortável. Hoje é possível encontrar inúmeras obras dos mais variados temas com download gratuito na internet. Você ainda pode montar ou incentivar a criação de uma biblioteca virtual no seu trabalho, escola ou faculdade.
Compre músicas
musica.jpg
Foto: Sxc.hu
Centenas de artistas e gravadoras disponibilizam álbuns completos na internet. Por isso, procure saber se seu cantor ou banda favorita já fazem parte desse grupo e compre as músicas online. Além de mais rápido e prático, isso evita todos os gastos com a produção, distribuição e descarte de CDs, capas, encartes, etc.
O processo é bastante simples, como uma compra comum na internet. Você ainda pode escolher entre comprar o álbum completo ou apenas as músicas preferidas. E nada de baixar músicas de forma irregular, lembre que pirataria é crime.
Prefira os catálogos telefônicos digitais
Todos os anos, as empresas de telefonia enviam para nossas casas as tradicionais listas telefônicas. Multiplique aquelas centenas de páginas por todas as unidades produzidas e você terá a noção de quanto papel é gasto para fazer um produto que nem usamos mais com tanta frequência.
Então, se for possível, prefira os catálogos telefônicos digitais. Essa é uma opção muito mais sustentável. Os mesmo serviços são oferecidos por telefone ou internet – e sem precisar derrubar nenhuma árvore para isso. Além do papel, as listas utilizam tintas e emitem gases poluentes durante a fabricação e transporte.
Evite os spams
spam.jpg
Foto: Sxc.hu
Sabe aqueles e-mails indesejáveis, mais conhecidos como spams, geralmente desprovidos de qualquer serventia e que, ainda por cima, superlotam sua caixa de entrada do correio eletrônico? Além de chatos, esses e-mails ainda prejudicam o meio ambiente. Uma pesquisa feita por uma empresa de softwares detectou que a circulação dessas mensagens consome cerca de 33 bilhões de kilowatts hora por ano, o suficiente para suprir 2,4 milhões de casas com energia elétrica no mesmo período.
Por isso, nunca envie esse tipo de mensagem para os seus contatos e sempre utilize um serviço antispam, que filtra os e-mais indesejados e pode economizar até 135 bilhões de kilowatts/hora por ano – o que teria o mesmo impacto ambiental de se retirar 13 milhões de carros das ruas anualmente.
Contribua com campanhas e mobilizações virtuais
mobilizacao.jpg
Foto: 
Sxc.hu
ativismo virtual já deixou o plano das ideias e hoje representa um modelo estruturado de mobilização capaz de grandes feitos. Sites, blogs e redes sociais, como Facebook, YouTube, Flickr e Twitter, já são consideradas ferramentas capazes de mobilizar milhares de pessoas em todo o mundo – seja para aprovar leis como a Ficha Limpa, ou organizar moradores de uma comunidade para limpar as ruas, como aconteceu em Londres, após uma série de manifestações e tumultos em bairros da capital britânica.
Por isso, se informe sobre movimentos que estejam angariando apoio para ações em defesa do meio ambiente ou em prol de uma sociedade mais justa e participe! Assine as petições, divulgue nas redes sociais e apóie os movimentos.
Fonte: EcoD
Dez dicas de como usar a internet em prol da sustentabilidade
Dez dicas de como usar a internet em prol da sustentabilidade