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18/11/2012

Potencial de energia solar e eólica brasileira tem sido menosprezado, diz relatório


Potencial de energia solar e eólica brasileira tem sido menosprezado, diz relatório


O potencial de energia solar e eólica no Brasil tem sido menosprezado nas políticas públicas do setor energético. A avaliação de um grupo de organizações não governamentais que acompanham o setor foi divulgada nesta segunda-feira (12) na segunda edição do relatório O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade.
De acordo com o documento, com as tecnologias disponíveis atualmente para aproveitamento de energia solar, seria possível atender a 10% de toda a demanda atual de energia elétrica com a captação em menos de 5% da área urbanizada do Brasil. Os estudos apontam que, no caso da energia eólica, o potencial inexplorado chega a 300 gigawatts (GW), o que equivaleria a quase três vezes o total da capacidade instalada atualmente no país.
“A questão central é que há uma necessidade de abrir um debate mais amplo entre governo e sociedade. Criticamos as premissas usadas para estimar a demanda [por energia], que são baseadas apenas no PIB [Produto Interno Bruto]”, disse o geógrafo Brent Millikanm, diretor do Programa Amazônia da ONG International Rivers – Brasil.
Segundo ele, com mais espaço de discussão em diferentes setores, o governo conseguiria definir “um planejamento mais amplo que mostre quais as reais necessidade do país e como atender com mais eficiência e menor custo social e ambiental”.
A ausência de uma política de incentivos para a inovação tecnológica e a ampliação da escala de produção de energia têm prejudicado a expansão de outros potenciais elétricos do país, apontam os pesquisadores.
Para os representantes das organizações não governamentais (ONGs) Instituto Socioambiental (ISA), Greenpeace Brasil, Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, International Rivers – Brasil, Amazon Watch e WWF – Brasil,a falta desses estímulos prejudica diretamente os resultados da indústria nacional. “É importante termos uma política mais voltada para eficiência que é fundamental para competitividade industrial”, acrescentou Millikanm.
Os dados apresentados no documento mostram que os investimentos privados em energia renovável no Brasil cresceram 8% em 2011, saltando para US$ 7 bilhões – impulsionados, principalmente, pelo potencial da energia eólica. Em todo o mundo, os investimentos em energia renovável chegaram a US$ 237 bilhões, em 2011, superando os US$ 223 bilhões gastos, no mesmo ano, para a construção de novas usinas movidas a combustíveis fósseis.
Os pesquisadores acreditam que, além de direcionar melhor as demandas, os debates com a sociedade poderiam orientar as estratégias do setor baseado na realidade das regiões e nos potenciais impactos que poderiam gerar.
Millikanm explica que a composição do Conselho de Política Energética, responsável pela aprovação dos planos do setor, refletem a atual situação.
“Deveria ter representantes da sociedade civil e de universidades nesse conselho, mas, essas cadeiras estão vazias. Isso é emblemático da falta de diálogo. Se tivesse um debate mais aberto, tomariam decisões melhores para a sociedade. Como existem parcerias muito fortes das grandes empreiteiras e de outras empresas, como as de mineração, a política pública acaba sendo desviada para alguns interesses”, criticou.
Procurados pela reportagem da Agência Brasil, os ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não se pronunciaram sobre o estudo.
Fonte: Agência Brasil
Potencial de energia solar e eólica brasileira tem sido menosprezado, diz relatório
Potencial de energia solar e eólica brasileira tem sido menosprezado, diz relatório

Governo de SP lança projeto que simplifica ou isenta taxas de licenciamento ambiental em aquicultura


Governo de SP lança projeto que simplifica ou isenta taxas de licenciamento ambiental em aquicultura


Para simplificar o licenciamento ambiental de atividades aquícolas (que englobam atividades como a pesca e a criação de rãs, moluscos e camarões), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou hoje (13) um decreto que prevê isenção da taxa de licenciamento para os pequenos criadores, que têm pequeno potencial poluidor. O programa foi chamado de Via Rápida Ambiental da Aquicultura.
“Queremos, em dez anos, quintuplicar a produção de peixe. Hoje a aquicultura produz em torno de 40 mil toneladas por ano e nós queremos ir para 200 mil toneladas por ano”, disse o governador. Com o decreto estadual, os pequenos criadores de São Paulo poderão ser isentos da taxa.
“Antes tinha-se que pagar R$ 19 mil [para o licenciamento], além da burocracia. Agora, o pequeno produtor da pisicultura em tanque escavado, até 5 hectares; do camarão em água doce até 5 hectares; da ranicultura [criação de rãs] até 400 metros quadrados; da algicultura [criação de algas] até 5 hectares; e da malacocultura [criação de moluscos] até 2 hectares é zero. Não vão precisar pagar nada. Só precisam se inscrever na Secretaria de Agricultura”, explicou o governador.
Os demais produtores terão à disposição um modelo simplificado, com taxas que poderão alcançar em torno de R$ 5,5 mil, em caso de médio impacto ambiental, e R$ 1,9 mil, em caso de baixo impacto ambiental. Com a assinatura do decreto, o governo paulista pretende, além de desburocratizar o processo, aumentar o número de criadores formais.
A cerimônia de assinatura ocorreu na tarde de hoje (13) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e foi acompanhada pelo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella. “São Paulo tem um grande potencial para produção de pescado e aquicultura. Esperamos que, em breve, São Paulo possa produzir 500 mil toneladas de pescado por ano”, disse o ministro. Hoje, segundo o ministério, o país produz 1.264.764,9 toneladas de pescado por ano.
Segundo o ministro, a expectativa do governo federal é que outros estados também comecem a simplificar o licenciamento de atividades aquícolas, que compreendem o cultivo ou a criação de organismos cujo ciclo de vida ocorre total ou parcialmente em meio aquático.
Fonte: Agência Brasil
Governo de SP lança projeto que simplifica ou isenta taxas de licenciamento ambiental em aquicultura
Governo de SP lança projeto que simplifica ou isenta taxas de licenciamento ambiental em aquicultura

As Cidades e a Biodiversidade em Perspectiva: estudo da CDB/COP11


As Cidades e a Biodiversidade em Perspectiva: estudo da CDB/COP11


A área total urbana do mundo deverá triplicar até 2030 (dados de 2000) e as populações urbanas duplicarão para cerca de 4,9 bilhões no mesmo período, devendo chegar a 6,3 bilhões em 2050. Com a projeção desse cenário, a recomendação é que o planejamento urbano deve integrar os ecossistemas para ser eficiente e oferecer benefícios econômicos, com redução de danos ambientais e qualidade de vida. As conclusões fazem parte da avaliação The Cities and Biodiversity Outlook (CDO) ou As Cidades e a Biodiversidade em Perspectiva* lançada hoje pela Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB)*, em parceria com a Stockholm Resilience Centre (SRC) e Governos Locais para a Sustentabilidade (ICLEI), que é uma contribuição para a implementação das Metas de Aichi.
Para atender a Meta 12, o estudo propõe, por exemplo, que as cidades podem evitar aextinção de espécies, por meio de pesquisa e investimentos em zoológicos, museus e aquários. Já para o cumprimento da Meta 15, a orientação é que haja o restabelecimento de ex-zonas industriais ou terras degradadas, totalizando 15% de restauração de ecossistemas degradados até 2020.
O documento teve participação de 123 pesquisadores do mundo todo, sob coordenação científica do professor Thomas Elmqvist, do Centro de Resiliência de Estocolmo e é o primeiro de contexto global realizado até hoje. Incentiva o TEEB, e traz um resumo do quadro crítico nas diversas regiões do planeta e exemplos de iniciativas locais eficientes.
EXEMPLOS POSITIVOS
Entre eles estão ações conjuntas ocorridas em Bogotá, na Colômbia, como o fechamento de estradas nos finais de semana, a melhoria do sistema de trânsito de ônibus e a criação de ciclovias, que resultou em aumento da atividade física entre os moradores e redução nas emissões de gases de efeito estufa.
Do Brasil, a experiência mencionada é de Curitiba/PR, já que a cidade mantém 46 áreas protegidas e 64,5 metros quadrados por habitante, o que a tornou reconhecida como aCidade Verde do Brasil, além de manter o Programa Câmbio Verde, que incentiva moradores de bairros precários a manterem limpas suas áreas para melhorar as condições de saúde. Em contrapartida, o poder público municipal oferece produtos hortifrutigranjeiros em troca de material reciclável.
Na Cidade do México, a manutenção dos três jardins zoológicos locais (Chapultepec, San Juan de Aragón y e Los Coyotes) é considerada positiva já que apresenta importante programa de educação ambiental.
Em Nairóbi, capital do Quênia, o exemplo citado é do Parque Nacional de Nairobi, a sete quilômetros do centro da cidade, que obteve o reconhecimento por conta da conservação da vida silvestre. Lá existem mais de 400 espécies de aves e 100 espécies de mamíferos.
AINDA HÁ TEMPO
O estudo alerta que se o modelo de urbanização permanecer predatório como é hoje, em boa parte do planeta, resultará em efeitos colaterais para a saúde e o desenvolvimento humano. Destaca que mais de 60% das áreas indicadas para serem urbanizadas até 2030 ainda têm de ser construídas. Essa margem de tempo possibilita que os projetos possam ser realizados com sustentabilidade, atendendo aos princípios de baixo carbono e ao uso eficiente de recursos, tendo em vista que a expansão urbana aumentará significativamente a demanda de água entre outros recursos, além das terras para agricultura.
O que se observa hoje é que o crescimento desordenado ocorre de forma mais acelerada nas proximidades dos hotspots da biodiversidade  (Veja também o Mapa dos Hotspots) e nas zonas costeiras (onde geralmente ficam os grandes centros urbanos), principalmente em regiões da África sub-saariana, Índia e China.
O alerta para a Índia – país anfitrião da COP11 – vai desde o crescimento de aglomerados urbanos a perdas de terras agrícolas para a urbanização conjugadas ao planejamento ineficiente no abastecimento de alimentos. Hoje, 30% da população é urbana e estima-se que chegue a 50% em 2044.
Um dos problemas observados na China são as invasões em áreas protegidas. Já a governança fraca em cidades das 55 nações africanas acarreta o aumento do ciclo da pobreza, que infere o comprometimento da biodiversidade. O continente é o que se urbaniza mais rapidamente do que os demais. A expectativa é que chegue a 750 milhões de habitantes em 2030.
A situação na América Latina e Caribe não é muito melhor. Nos últimos 50 anos, de acordo com o relatório, o número de cidades da região aumentou em seis vezes, com destaque para o crescimento desordenado de moradias de baixa renda em áreas prioritárias biodiversas, como zonas úmidas e várzeas. Mais de 80% vivem nas cidades e em 2050 o percentual deve subir para 90%.
Por outro lado, o processo de urbanização europeu reflete até 80% de crescimento urbano na expansão de terra em vez do crescimento populacional. O que se observa lá e também nos EUA é o crescimento dos subúrbios nas cidades.
Um dado curioso na avaliação é que na Oceania e em grandes países, como a Austrália e Nova Zelândia, cerca de 85% da população vive em zonas urbanas, entretanto, com densidade relativamente baixa. Na Austrália, são menos de três pessoas por quilômetro quadrado.
O brasileiro Bráulio Dias, secretário-executivo da CDB, considera que as inovações dependem menos de recursos econômicos e mais de trabalhar de forma equilibrada as tecnologias e abordagens já existentes. Medidas como absorção de carbono e filtragem de poeira melhoram significativamente a qualidade do ar. Estudos realizados no Reino Unidoindicam que 10% de aumento da cobertura de copas nas cidades pode resultar na diminuição de até 4º C na temperatura. Outras pesquisas mundiais já reforçam que a proximidade de árvores também tem o potencial de ajudar na redução de asma infantil e alergias.
Para reforçar a mudança de paradigma de desenvolvimento, Achim Steiner, subsecretário geral e diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), destacou que ecossistemas valiosos estão nas áreas urbanas, citando como exemplo aBélgica, cuja capital, Bruxelas, abriga 50% das espécies florais.
O lançamento do estudo aconteceu dentro da programação do encontro Cidades pela Vida, sob a organização do secretariado da CDB, o governo indiano, com apoio do governo japonês e dos Governos Locais pela Sustentabilidade (ICLEI), que vai até amanhã.
Fonte: Blogs – Planeta Sustentável
Foto: Elberth00001939/Creative Commons
Foto: Elberth00001939/Creative Commons

Mudança climática levada a sério


Mudança climática levada a sério


Para muitas pessoas, o maior problema em relação à mudança climática tem sido o fracasso da regulação e da vontade política. Elas dizem que tudo seria melhor se as imposições do Protocolo de Kyoto fossem mais amplas, se a regulamentação fosse mais rígida ou se mais dinheiro fosse investido em energias renováveis. Caso isso tivesse acontecido, talvez o mundo tivesse sido capaz de amenizar o aumentos das temperaturas e o público não teria se tornado tão cético em relação à mudança climática.
Não é bem assim, afirma Dieter Helm da Universidade Oxford autor do livro The Carbon Crunch: How We’re Getting Climate Change Wrong—and How to Fix It, publicado pela Yale University Press. O problema não acontece devido a falhas de regulações, mas sim devido ao seu projeto inicial. Elas fizeram com que as pessoas se concentrassem nos modos mais caros de mitigar a mudança climática, ao invés de se voltarem para os métodos mais baratos, impondo altos custos para benefícios pequenos. Ademais, ao se concentrar em sua própria produção de carbono, e em métodos para reduzi-la, os Europeus ignoraram o impacto de sua demanda por bens que usam métodos que geram muito carbono. A abordagem regulatória, afirma Helm, gerou o pior dos mundos. Ela é cara, não reduziu as emissões e seus tratados não são funcionais. Não surpreende que o público tenha se tornado cada vez mais cético.
O fulcro do livro de Helm é um exame dos mecanismos econômicos da energia renovável. Considere-se os campos eólicos. Os geradores eólicos são caros, mas esta é apenas parte do problema. Eles também são intermitentes. Apesar dos argumentos dos apoiadores, a oferta de energia eólica é inconstante e não dá segurança de fornecimento à matriz energética do país.
Ativistas ambientais, políticos e ONGs vão detestar esse livro, mas Helm prestou um serviço a todo o mundo ao prescrever um regime de mitigação de mudança climática global economicamente sério. O primeiro passo seria escolher o modo mais barato (não o mais querido) de reduzir as emissões de carbono, isto é, gás, especialmente o abundante gás de xisto. O segundo seria introduzir um imposto sobre carbono, em vez (como agora) de um preço sobre as emissões. Esses dois métodos soam quase iguais, mas são modos diferentes de incorporar o custo real do carbono necessário para a fabricação de um produto. Em terceiro lugar, Helm argumenta, parte do dinheiro que atualmente é dedicado a energias renováveis seria mais bem gasto em tecnologias limpas futuras, tal como captura de carbono, armazenamento de energia e veículos elétricos.
Fonte: Opinião e Notícia
Mudança climática levada a sério
Mudança climática levada a sério

EUA concentram maior incidência de desastres climáticos no mundo


EUA concentram maior incidência de desastres climáticos no mundo


As mudanças climáticas contribuíram para um aumento de cinco vezes nos desastres naturais identificados na América do Norte, durante os últimos trinta anos. A informação é da maior seguradora do mundo, Munich Re, que também avaliou os eventos climáticos ocorridos na Ásia e Europa.
De acordo com o porta-voz da empresa, Peter Hoeppe, “em nenhum lugar do mundo o aumento no número de catástrofes naturais é mais evidente que na América do Norte”. Os prejuízos financeiros também são enormes. O furacão Katrina, por exemplo, que atingiu Nova Orleans em 2005, culminou em uma perda de US$ 62,2 bilhões.
Hoeppe explica que a mudança climática altera o calor, as secas, as chuvas e também é bem provável que afete a intensidade dos ciclones tropicais. “A visão de que os extremos climáticos estão se tornando mais frequentes e intensos em várias regiões, devido ao aquecimento global, está em consonância com as atuais descobertas científicas”, explicou.
No primeiro semestre deste ano, a seguradora registrou que 85% dos pedidos foram originados nos Estados Unidos, o prejuízo somado neste período foi de US$ 10 bilhões. A somatória global não foi muito superior, registrando US$ 12 bilhões.
Esta base de dados serviu para que a empresa concluísse que os acidentes frutos de eventos climáticos extremos têm acontecido com maior frequência na América do Norte, já que os gastos com a reconstrução pós-desastres se concentram mais nessa região. Com informações da Bloomberg.
Fonte: Mercado Ético
EUA concentram maior incidência de desastres climáticos no mundo
EUA concentram maior incidência de desastres climáticos no mundo

Tubarão-touro é o que tem mordida mais forte


Tubarão-touro é o que tem mordida mais forte


As mordidas de tubarão são famosas - e temidas por muitos -, principalmente depois do filme do cineasta Steven Spielberg, no qual o predador era protagonista de muitos ataques. Mas você faz ideia de qual é a espécie de tubarão que morde com mais força?
Curiosos para descobrir, pesquisadores americanos e alemães, que trabalham na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, examinaram a mordida de 13 espécies de tubarão com maior potencial para morder com força. O campeão da disputa foi otubarão-touro (Carcharhinus leucas), um animal que se adapta facilmente a ambientes diferentes: a espécie pode viver tanto em água salgada quanto doce, em grandes profundidades ou em regiões mais rasas e, inclusive, no Brasil.
O resultado surpreendeu os cientistas. Sabe por quê? Eles imaginavam que os tubarões maiores, como o tubarão-branco ou o martelo - que podem chegar, respectivamente, a 7,5 metros e 6 metros de comprimento -, mordessem mais forte. Mas não. A mordida mais potente é mesmo a do tubarão-touro, que tem em média 2 metros de comprimento, mas em alguns casos pode ultrapassar os 3 metros - ainda assim, ele é pequenino em relação a essas outras espécies, né?
Os pesquisadores da Universidade da Flórida ainda não descobriram por que o tubarão-touro tem a mordida mais forte, mas eles têm uma desconfiança: essa espécie gosta de viver em águas turvas, onde é mais difícil de enxergar. Por conta disso, tem que desenvolver uma mordida mais forte para, quando abocanhar uma presa, não deixá-la escapar, já que encontrar outra pode ser muito difícil. Viu como a natureza é sábia?
Fonte: Meu Planetinha
Tubarão-touro é o que tem mordida mais forte
Tubarão-touro é o que tem mordida mais forte

Celular com formato de relógio armazena energia solar


Celular com formato de relógio armazena energia solar


Os designers Seungkyun Woo e Junyi Heo criaram um celular ecológico. O Leaf tem o formato de um relógio de pulso e armazenaenergia solar.
A ideia é que ele seja útil para aqueles usuários que costumam se esquecer de recarregar a bateria do aparelho. O Leaf consegue transformar a luz do Sol em energia para o celular funcionar com bateria extra.
Para isso, o produto tem um painel solar em sua traseira. Ele gera energia suficiente para abastecer e manter o celular funcionando. Além disso, o Leaf pode ser recarregado na tomada.
O gadget também tem um design tão flexível que o usuário pode colocar o celular no braço, como uma pulseira. Ele tem as características de um modelo simples: faz chamada e troca mensagens de texto.
A ideia futurista veio do processo de fotossíntese das plantas. Segundo os desenvolvedores, o objetivo do Leaf é lembrar que as pessoas podem contribuir para a eficiência energética e ainda ajudar o meio ambiente até mesmo com o celular.
Fonte: Planeta Sustentável
Celular com formato de relógio armazena energia solar
Celular com formato de relógio armazena energia solar

Operação retira garimpeiros de terras indígenas na fronteira do Amazonas


Operação retira garimpeiros de terras indígenas na fronteira do Amazonas


Garimpo estava localizado em terras indígenas na fronteira com a Colômbia (Foto: Divulgação/2ª Brigada de Infantaria de Selva)Garimpo estava localizado em terras indígenas na fronteira com a Colômbia (Foto: Divulgação/2ª Brigada de Infantaria de Selva)
A ‘Operação Curare’, do Comando da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, retirou garimpeiros que atuavam em terras indígenas no Amazonas, em uma área conhecida como Serra dos Porcos, na fronteira brasileira com a Colômbia, na região do alto Rio Içana, próximo à comunidade indígena de São Joaquim. A ação teve início na quinta-feira (8).
A área de garimpo de ouro possuía quatro abrigos e aproximadamente 80.000 m². Foram localizados ainda 21 indígenas, sendo eles homens, mulheres e crianças, e quatro de nacionalidade colombiana.
No local, foram encontradas baterias, gerador de eletricidade, painel de captação para energia solar, equipamentos de comunicações, balanças de precisão, mangueiras de água usadas em motobombas e uma pequena quantidade de ouro em pó.
Indígenas foram retirados da área e encaminhados à Polícia Federal  (Foto: Divulgação/2ª Brigada de Infantaria de Selva)Indígenas foram encaminhados à Polícia Federal (Foto: Divulgação/2ª Brigada de Infantaria de Selva)
De acordo com o Comando, não houve reação ou tentativa de fuga por parte dos garimpeiros durante a abordagem. Todas as 21 pessoas encontradas foram evacuadas do local do garimpo para a comunidade de Yauaretê, onde passaram por inspeção médica, receberam alimentação e ficaram hospedados nas dependências do 1º Pelotão de Especial de Fronteira.
Na manhã do dia 10 de novembro, eles foram conduzidos em aeronaves militares para a sede da 2ª Brigada de Infantaria de Selva na cidade de São Gabriel da Cachoeira, onde foram novamente conduzidos à inspeção médica e encaminhados à Polícia Federal. Eles foram liberados após prestar depoimento e continuam no município.
O tenente coronel Luís Alberto Diniz Oliveira, da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, informou aoG1 que as equipes do Exército deixaram o local para novas operações de combate a garimpos ilegais no interior do Amazonas.
Fonte: G1
Na área local encontrados quatro abrigos (Foto: Divulgação/2ª Brigada de Infantaria de Selva)
Na área local encontrados quatro abrigos (Foto: Divulgação/2ª Brigada de Infantaria de Selva)

Preservação do mico-leão-dourado recebe recursos não reembolsáveis do BNDES


Preservação do mico-leão-dourado recebe recursos não reembolsáveis do BNDES


O mico-leão-dourado, espécie ameaçada de extinção, vai ganhar mais espaço no seu habitat com o reflorestamento de 62 hectares de Mata Atlântica na Reserva Biológica de Poço das Antas, no município de Silva Jardim, na região norte fluminense. O trabalho está sendo feito pela Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD) que recebeu R$ 1 milhão de recursos não reembolsáveis do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O reflorestamento começou esta semana com a preparação do terreno para posterior plantio de árvores nativas e sua manutenção, disse hoje (14) à Agência Brasil o secretário executivo da AMLD, Luís Paulo Ferraz. A expectativa é concluir o trabalho em dois anos. Ferraz observou a importância da recuperação dessa mata de baixada dentro da Reserva Biológica de Poço das Antas, para preservação do primata. “É uma recuperação florestal dentro de uma reserva biológica. Isso é da mais alta importância porque aqui a gente tem um trabalho relevante com relação à conservação do mico-leão-dourado”.
Para salvar a espécie, entretanto, os pesquisadores trabalham em uma área bem mais ampla, que engloba oito municípios do estado do Rio de Janeiro. “A gente trabalha pensando em uma população mínima viável para manter o mico-leão-dourado a salvo da extinção a longo prazo em pelo menos 2 mil animais”. Alertou, porém, que não basta ter um número de indivíduos em um ambiente tão fragmentado como é a Mata Atlântica na região.
“A gente precisa ter uma área mínima de 25 mil hectares de florestas protegidas e conectadas”. Hoje, a estimativa é que estejam protegidos e conectados 10 mil hectares de Mata Atlântica. “Temos muito trabalho para fazer, embora a população de micos esteja próxima de 1,7 mil animais”, disse Luís Paulo Ferraz. Frisou que o problema maior hoje é a falta de florestas. “Por isso é tão importante esse trabalho de restauração florestal. Para nós, hoje, essa é uma estratégia extremamente importante”, ressaltou.
O secretário executivo da AMLD admitiu que a continuidade da parceria iniciada agora com o BNDES, por meio da Iniciativa BNDES Mata Atlântica, poderá trazer muitos benefícios para o projeto de preservação do mico-leão-dourado. “Se a gente puder construir uma parceria de longo prazo, seria muito bom para nós”. A associação conta hoje com 20 funcionários para um trabalho que é feito em parceria com instituições de ensino superior nacionais, caso da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e instituições estrangeiras. O ideal, estimou Ferraz, seria contar com 200 funcionários. Mesmo assim, estimou que “200 pessoas não dariam conta de toda a demanda que existe”.
A AMLD comemora este mês 20 anos de fundação com a realização, na reserva biológica, de um encontro técnico-científico entre os dias 23 e 25, do qual participarão pesquisadores, parceiros, produtores rurais. Estão previstas atividades abertas ao público. Ferraz ressaltou que o município de Silva Jardim detém o maior número de reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs), ou parques privados, graças ao trabalho incentivado pela associação com os proprietários rurais. Ele celebrou o fato de o número de micos já estar próximo de 2 mil, contra os 200 animais existentes quando a associação iniciou o seu trabalho de preservação da espécie.
Durante o evento, será lançada campanha para escolha do mico-leão-dourado como mascote dos Jogos Olímpicos de 2016. “Eu acho que o mico-leão-dourado, como uma espécie símbolo da conservação da Mata Atlântica, que tem uma história de recuperação brasileira de sucesso, um bicho que é carismático e bonito e é do Rio de Janeiro, onde ocorrerão as Olimpíadas, ele tem um potencial grande para ser mascote. E a gente quer participar desse processo e lançar a candidatura”, disse.
De acordo com dados fornecidos pela assessoria de imprensa do banco, a Iniciativa BNDES Mata Atlântica conta com 15 projetos aprovados em sete estados, cujo valor total alcança R$ 39,9 milhões, visando ao reflorestamento de área superior a 3.300 hectares do bioma.
Fonte: Agência Brasil
Preservação do mico-leão-dourado recebe recursos não reembolsáveis do BNDES
Preservação do mico-leão-dourado recebe recursos não reembolsáveis do BNDES

Obama diz que mudança climática será foco de seu segundo mandato


Obama diz que mudança climática será foco de seu segundo mandato


O presidente norte-americano, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (14) que o derretimento do gelo e o aumento das temperaturas globais são sinais de que a mudança climática é real e que ele tentará mitigar os danos deste fenômeno.
“O impacto do aquecimento global será oneroso e as medidas para reduzir o carbono na atmosfera também vão exigir grandes investimentos e, assim, enfrentar a mudança climática será um empreendimento político difícil”, disse Obama.
“Vocês podem esperar que ouvirão mais de mim nos próximos meses e anos sobre como podemos moldar uma agenda que tenha apoio bipartidário”, disse o presidente, em entrevista coletiva, lembrando que há uma maneira de enfrentar a mudança climática e ajudar o economia.
O presidente dos EUA, Barack Obama, dá sua primeira entrevista coletiva pós-reeleição, nesta quarta-feira (14), na Casa Branca (Foto: AFP)
Em julho, uma pesquisa divulgada informou que a maioria dos americanos já não vê a mudança climática como um problema ambiental global mais urgente para o planeta.
Segundo o levantamento feito pelo jornal “Washington Post” com a Universidade de Stanford (Califórnia), 29% dos entrevistados citam a poluição da água e do ar como a preocupação prioritária para o meio ambiente, enquanto apenas 18% referem-se ao aquecimento global. Em 2007, 33% dos entrevistados se preocupavam com a mudança do clima.
Pouco mais de 800 adultos americanos foram entrevistados por telefone para este estudo realizado entre 13 de maio e 21 de junho, duas semanas antes de uma grande onda de calor com temperaturas recordes provocar tempestades de extrema violência, que deixaram milhões de casas sem eletricidade em nove estados, principalmente na costa leste.
Fonte: G1
Obama diz que mudança climática será foco de seu segundo mandato
Obama diz que mudança climática será foco de seu segundo mandato

Estudo identifica motivo do aumento do gelo na Antártica


Estudo identifica motivo do aumento do gelo na Antártica


O congelamento recorde das águas na costa da Antártica, registrado no último inverno, foi causado por alterações nos padrões de vento da região. A explicação é de um estudo feito por especialistas do Programa Antártico Britânico e da Nasa e publicado neste domingo pela revista científica “Nature Geoscience”.
Devido à mudança climática, os verões têm registrado degelos recordes das águas polares, principalmente na região ártica. Em geral, os últimos anos registraram grande perda de gelo no Ártico, enquanto o volume gelo antártico teve um pequeno aumento.
O atual estudo comprovou que as diferenças acontecem porque as duas regiões polares têm padrões de ventos distintos. Enquanto o Polo Norte fica em um oceano cercado por terra, a Antártica é um continente rodeado por oceanos por todos os lados.
O aquecimento das temperaturas, que no Ártico provoca o derretimento do gelo, gera ventos mais fortes na Antártica. Esse vento sopra em direção ao norte e leva o gelo que se formou na costa do continente. Dessa forma, a crosta de gelo acaba abrangendo uma área maior do que o que acontecia 20 anos atrás.
Segundo Paulo Holland, pesquisador do Programa Antártico Britânico que liderou o estudo, essa é a primeira vez que dados de satélite confirmam uma hipótese que já havia sido especulada por modelos de computador.
As mudanças apontadas pela pesquisa afetam não só a Antártica, como também todo o oceano em volta. O gelo polar é importante tanto na reflexão do calor do sol quanto como um lar para várias espécies, e esse desequilíbrio representa uma séria ameaça ambiental.
Fonte: G1
Mapa mostra gelo ao redor da Antártica em 26 de setembro, dia de maior congelamento; traço amarelo mostra extensão média registrada de gelo (Foto: Divulgação/Nasa/NSIDC)
Mapa mostra gelo ao redor da Antártica em 26 de setembro, dia de maior congelamento; traço amarelo mostra extensão média registrada de gelo (Foto: Divulgação/Nasa/NSIDC)

Tubarões podem estar procurando novos habitats próximos à costa pernambucana


Tubarões podem estar procurando novos habitats próximos à costa pernambucana


Está virando rotina para pescadores artesanais pernambucanos encontrar tubarões cada vez mais próximo à costa. Dois animais de mais de dois metros foram capturados em quatro dias no Grande Recife, o que pode ser indício de que esses animais estão procurando novos habitats, mais perto das praias, afirma o engenheiro de pesca Bruno Pantoja, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e que integra o Projeto de Pesca e Monitoramento de Tubarões na Região Metropolitana do Recife (Propesca).
Uma fêmea da espécie Cabeça-chata com 2,2 metros foi pescada viva nesta terça-feira (13) na Praia de Pau Amarelo, em Paulista, a cerca de dois quilômetros da costa. No sábado (10), foi outra fêmea de Cabeça-chata, medindo 2,65 metros, que estava perto da entrada do Porto do Recife, em uma área conhecida como Boca da Barra, onde o Rio Capibaribe se encontra com o mar.

Cabeça-chata com mais de 150 quilos foi capturado na Praia de Pau Amarelo (Foto: Luiz Fabiano/Especial para o NE10)
De acordo com Pantoja, somente as duas ocorrências não são suficientes para fazer uma análise ou tirar conclusões sobre o que pode ter trazido os tubarões para a costa. No entanto acredita que pode apontar que, com a destruição dos ambientes de refúgio, reprodução e alimentação dos tubarões, os bichos podem estar procurando novos habitats.
O engenheiro de pesca acusa o desequilíbrio ambiental provocado pelo descontrole da pesca como principal fator para essa escassez de alimentos para os tubarões. “Os estoques pesqueiros locais estão em desequilibrio e muitas espécies estão em estágio de ameaça de extinção, como os cerranídeos”, explica.
Ele explica que, com o colapso dos manguezais, ambientes usados pelos tubarões para reprodução e refúgio, os bichos saem à procura de novos locais. Os da espécie cabeça-chata são territorialistas, ou seja, costumam dominar o espaço onde vivem. Para o engenheiro, isso quer dizer que as fêmeas encontradas podem já estar se reproduzindo ou já haver passado por esse processo. São solicitadas informações sobre o estágio gonadal, a fase de maturação e o conteúdo estomacal dos bichos para iniciar pesquisas.

O animal capturado no sábado foi levado pelos pequisadores do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) para a UFRPE para estudos (Fotos: Clemilson Campos/JC Imagem)
Pantoja afirma que a captura de tubarões por pescadores artesanais, que antes era um fenômeno raro, está afetando até a forma de trabalharem. Alguns passaram a usar até cabos de aço nas redes para que não sejam destruídas pelos animais. “Com a falta de outros peixes, muitos deles estão até saindo para pescar tubarões”, diz.
Uma proposta do engenheiro, que prepara um dossiê sobre o assunto, é a educação dos pescadores artesanais e, principalmente, a regulamentação e fiscalização do trabalho das empresas pesqueiras, para evitar o desequilíbrio. “O Propesca mostra que o risco está se potencializando”, afirma. O grupo cobra políticas emergenciais de prevenção de riscos ao Governo do Estado.
Fonte: NE10
Tubarões podem estar procurando novos habitats próximos à costa pernambucana
Tubarões podem estar procurando novos habitats próximos à costa pernambucana

Baratas podem ser futuro da produção de etanol, revela pesquisa


Baratas podem ser futuro da produção de etanol, revela pesquisa


Já pensou em abastecer seu carro com álcool produzido por baratas? Isso mesmo! O inseto conhecido pela sua resistência e por seus hábitos nada higiênicos já é usado por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para fabricar etanol.
A variada alimentação das baratas vem da capacidade de “moldarem” sua digestão. Quando uma nova alimentação é inserida, em dez dias, em média, ela começa a produzir uma série de enzimas especializadas para quebrar o novo alimento.
Os pesquisadores acrescentaram a cana-de-açúcar ao cardápio variado das baratas, que comem desde restos de comidas até cadáveres. A ideia é usar as enzimas do inseto para degradar o bagaço de cana e, com isso, obter açúcares, cuja utilidade pode vir a ser a produção de etanol.
Estão sendo utilizados na pesquisa dois tipos de baratas; a Periplaneta americana, espécie mais comum, encontrada em esgotos e escondidas nas casas; e a Nauphoeta cinerea, um tipo de barata da América Central, mas que já pode ser encontrada em diversos lugares do globo.
Segundo o professor Ednildo de Alcântara Machado, do Instituto de Biofísica da UFRJ, as baratas foram capazes de sobreviver por mais de 30 dias somente com o bagaço da cana.
Ele afirma que a pesquisa, por enquanto, encontra-se nas etapas de condicionar as baratas para consumir o bagaço e de identificação das enzimas especializadas. O etanol ainda não foi obtido. “Não é uma coisa distante”, explicou Machado ao G1. “Mas as etapas têm que ser trabalhadas em conjunto. Não sei dizer quando [vai ser produzido]“, observou.
Mas o pesquisador adiantou que algumas enzimas do sistema digestivo da barata já foram identificadas e agora estuda a forma de retirar partes do DNA delas que definem a produção destas substâncias, capazes de degradar a biomassa em escala industrial.
Produzir etanol a partir das enzimas das baratas pode diminuir a necessidade de se plantar cana-de-açúcar. De acordo com Machado, esse é o maior ganho ambiental, pois o corpo das células da planta seria aproveitado sem precisar plantar mais cana.
Fonte: EcoD
Baratas podem ser futuro da produção de etanol, revela pesquisa
Baratas podem ser futuro da produção de etanol, revela pesquisa

Amazônia Legal tem aumento no desmate em outubro, aponta Imazon


Amazônia Legal tem aumento no desmate em outubro, aponta Imazon


O desmatamento que atingiu a floresta amazônica no mês de outubro causou a perda de 487 km² de cobertura vegetal, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (14) pela ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Na comparação com o mesmo período de 2011, houve aumento de 377% na perda de floresta (foram devastados 102 km² em outubro do ano passado).
Informações de satélites utilizadas pela ONG para elaborar o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) apontam alta na devastação da região denominada Amazônia Legal (que abrange nove estados).
O governo federal utiliza apenas informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para monitorar o ritmo de degradação do bioma e organizar ações de fiscalização na Amazônia Legal.  A metodologia do Inpe, que utiliza o sistema de detecção do desmatamento em tempo real, o Deter, é diferente da utilizada pelo Imazon, portanto, os dados não podem ser comparados.
O índice oficial do desmatamento de outubro ainda não foi divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente. Em agosto, o governo informou que houve pico na degradação da Amazônia, com perda de 522 km² de vegetação. No mês seguinte, o Deter registrou queda para 282 km².
Na época, o ministério informou que o aumento foi consequência da seca forte e atípica que atingiu o bioma e favoreceu as queimadas, e de ações ilegais voltadas para o plantio de soja e exploração de ouro. Sobre os dados do Imazon, o MMA informou que não vai se pronunciar a respeito.
Infraestrutura na Amazônia
Segundo o SAD, de janeiro a outubro deste ano houve a redução de 1.630 km² de cobertura vegetal, enquanto que no mesmo período de 2011 foi detectada a derrubada de 1.359 km² de floresta (aumento de 20%).
“Os meses que mais registraram degradação em 2012 foram os três últimos (de agosto a outubro), quando foram detectadas ações principalmente na região entre Cuiabá (MT) e Santarém (PA), área que recebe investimentos públicos como o asfaltamento de rodovias e construção de usinas hidrelétricas, como o complexo de Tapajós”, disse Heron Martins, pesquisador do Imazon.
De acordo com Martins, áreas de conservação foram diminuídas para beneficiar os empreendimentos como o complexo de Tapajós, no Pará, e a usina de Santo Antônio, em Rondônia — o que pode ter contribuído para o aumento do desmate.
Em junho deste ano, o governo publicou no “Diário Oficial” alteração do limite de oito unidades de preservação ambientais da Amazônia para beneficiar as obras voltadas para a geração de energia.
Pará é líder no desmatamento
Segundo os dados do Imazon, o Pará foi o principal responsável pelo desmatamento do bioma (179 km²), seguido do Mato Grosso (144,5 km²), Amazonas (84 km²) e Rondônia (58 km²).
No ranking dos municípios que mais desmataram, Colniza, no Mato Grosso, lidera a lista com 35,9 km² de vegetação derrubada. São Félix do Xingu, no Pará, vem na segunda posição com 33,1 km². As duas localidades estão inseridas na lista “negra” das cidades que mais desmatam a Amazônia, divulgada pelo governo federal.
Fonte: G1
Imagem do Ibama mostra desmatamento ocorrido na região da Amazônia Legal em 2012 (Foto: Divulgação/IBAMA)
Imagem do Ibama mostra desmatamento ocorrido na região da Amazônia Legal em 2012 (Foto: Divulgação/IBAMA)

Bons ventos para o futuro


O Greenpeace Internacional e o Conselho Global de Energia Eólica lançam, hoje, o relatório bienal sobre o futuro da indústria eólica no mundo. A quarta edição do Cenário Mundial de Energia Eólica mostra que a energia eólica poderia fornecer até 12% de toda a eletricidade global até 2020, criando 1,4 milhão de novos trabalhos e reduzindo as emissões de CO2 em até 1,5 bilhão de toneladas por ano. Para 2030, o cenário é ainda mais positivo, 20% da demanda mundial de energia poderia ser atendida pelos ventos.
  • Clique aqui e leia o relatório na íntegra (em inglês)
O relatório traz um retrato com três futuros diferentes para a indústria de energia eólica para os anos de 2020, 2030 e para além de 2050 e compara esses cenários com duas diferentes projeções para o desenvolvimento da demanda de eletricidade: a primeira baseada no Cenário Mundial de Energia da Agência Internacional de Energia (IEA na sigla em inglês) e o segundo, em um modelo de futuro mais eficiente de energia desenvolvido pela consultoria ECOFYS e pesquisadores da Universidade de Utrecht.
“Está claro que a energia eólica desempenhará um papel fundamental no futuro energético”, disse Steve Sawyer, Secretário Geral do Conselho Global de Energia Eólica. “Mas para que todo o potencial da energia eólica seja completamente aproveitado, os governos precisam agir rapidamente para solucionar a crise do clima, enquanto ainda há tempo.”
No Brasil, o setor eólico vem crescendo consideravelmente e deve superar os 8 GW até 2016. Só no ano passado, foram adicionados 582 MW à matriz brasileira, capaz de atender uma cidade de aproximadamente 2 milhões de habitantes.
“Apesar do Brasil ser um dos mercados mais promissores para energia eólica nos próximos cinco anos, este bom momento depende da manutenção de condições de competitividade e desenvolvimento da fonte que deem segurança aos investidores e à própria indústria de que a energia eólica continuará a crescer no país”, afirmou Ricardo Baitelo, coordenadora da campanha Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
A possibilidade da descontinuação de isenções fiscais para equipamentos aliada ao câmbio desfavorável para sua importação preocupam a indústria da energia eólica. Também, o atraso da conexão dos parques construídos às linhas de transmissão e a ausência de um leilão para a fonte em 2012 são questões que interferem na continuidade do setor.
Hoje, a energia eólica é cada vez mais competitiva em diferentes mercados, mesmo quando compete com fontes de energia convencionais altamente subsidiadas. No Brasil, a fonte já vem mostrando competitividade mesmo em relação a térmicas, que costumavam dominar leilões de energia.
“O ingrediente mais importante para o sucesso de longo prazo da indústria de energia eólica é a estabilidade, uma política de longo prazo, enviando um sinal claro aos investidores sobre a visão do governo para o alcance e potencial desta tecnologia”, disse Sven Teske, especialista sênior de energia do Greenpeace. “O Cenário Global de Energia Eólica mostra que a indústria eólica poderia empregar 2,1 milhão de pessoas até 2030, três vezes mais do que hoje, com uma política adequada de apoio a esta fonte.”
Fonte: Greenpeace
Aerogeradores do Parque Eólico de Taíba em São Gonçalo do Amarante (CE). (©Greenpeace/Rogério Reis/Tyba)
Aerogeradores do Parque Eólico de Taíba em São Gonçalo do Amarante (CE). (©Greenpeace/Rogério Reis/Tyba)